Home   |   Expediente   |   Publicidade   |   Cadastre-se   |   Fale Conosco             

Meio Ambiente

12 de Janeiro de 2017 as 21:01:54



SAMARCO apresenta plano para recuperação ambiental da Barragem de Fundão


Samarco apresenta plano para recuperação ambiental da Barragem de Fundão
 
 
A Mineradora Samarco informou nesta 5ª feira, 12.01, que entregou o PRAD Plano de Recuperação de Áreas Degradadas da Barragem de Fundão.
 
O documento foi protocolado na SEMAD MG Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais. Ele prevê a estabilização definitiva das encostas, das estruturas e dos rejeitos remanescentes, seguida do plantio de vegetação.
 
A Barragem de Fundão, pertencente à Samarco, se rompeu em 5 de novembro de 2015 e liberou mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos. Considerado a maior tragédia ambiental do país, o episódio provocou devastação da vegetação nativa, poluição da bacia do Rio Doce e destruição dos distritos de Bento Rodrigues e de Paracatu, além de outras comunidades. Dezenove pessoas morreram.
 
A recuperação ambiental da área afetada é parte do acordo assinado entre a mineradora, suas acionistas Vale e BHP Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e Espírito Santo. A Justiça ainda não decidiu se irá homologar o acordo. 
 
 
O acordo prevê o investimento de aproximadamente R$20 bilhões ao longo de 15 anos, mas é contestado pelo MPF Ministério Público Federal, que estima os prejuízos em R$155 bilhões. Mesmo assim, as partes que o assinaram afirmam estão cumprindo os termos.
 
O Prad apresentado pela Samarco foi elaborado pela Amplo Engenharia e Gestão de Projetos. Nele, estão diretrizes baseadas em estudos geotécnicos. Segundo nota divulgada pela mineradora, é prevista a
 
"utilização de material arenoso estabilizando a área e criando uma superfície regular e segura, que permitirá o acesso para as ações de revegetação".
 
Segundo a Samarco, as estruturas remanescentes do Complexo de Germano, onde se situa a Barragem de Fundão, estão estáveis. No entanto, como ainda há no local cerca de 13 milhões de metros cúbicos de rejeitos, o uso de material arenoso foi considerado a forma mais eficiente para garantir uma estabilização definitiva.
 
As ações previstas no Prad só serão iniciadas após análise e aprovação da Semad. A mineradora acrescentou que o plano não prevê a utilização de Fundão novamente como barragem. Para voltar a operar, a Samarco espera obter o licenciamento da Cava de Alegria do Sul como depósito de rejeitos.
 
 
Reflorestamento
 
A recuperação ambiental da Barragem de Fundão é parte do processo de reflorestamento de toda a região atingida, que deve ter início neste ano. Desde a tragédia, em novembro de 2015, ocorreu apenas uma revegetação inicial com gramíneas e leguminosas em algumas áreas para combater a erosão e estabilizar o solo.
 
Para fiscalizar os trabalhos de reparação dos danos causados, o acordo assinado entre as mineradoras e os governos estabeleceu a criação do Comitê Interferativo formado por órgãos estatais. Um dos órgãos que integram esta estrutura é o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
 
Em entrevista à Agência Brasil no fim do ano passado, a presidente do órgão, Suely Araújo, ressaltou que a recuperação ambiental envolve programas que vão levar anos e terão abrangência sobre uma área de 40 mil hectares.
 
"O primeiro plantio de gramíneas é de uma fase emergencial e é de contenção. Na etapa seguinte é que teremos o plantio de árvores propriamente dito. Ela começa assim que for considerado que a parte de controle foi finalizada",
 
disse.
 
Segundo a Fundação Renova, criada pela Samarco para administrar as ações de reparação dos anos, o reflorestamento finalístico numa área de 2 mil hectares entre a barragem de Fundão e a Usina de Candonga deverá começar a partir de setembro de 2017. Por enquanto, estão sendo realizados testes piloto em quatro fazendas para entender o comportamento do reflorestamento em diversos aspectos.
 
Os resultados balizarão a tomada de decisão sobre as espécies, condições de solo e metodologia de plantio, etc.
 
"Além disso, em caráter compensatório, estamos recuperando as nascentes degradadas na bacia do Rio Doce. Essas atividades contemplam o plantio em 785 hectares até o fim de 2017",
 
acrescentou a fundação por meio de nota.


Fonte: AGENCIA BRASIL





Indique a um amigo     Imprimir     Comentar notícia

>> Últimos comentários

NOTÍCIAS DA FRANQUEADORA E EMPRESAS DO SEGMENTO


  Outras notícias.
ANP aprova adição obrigatória de Corante ao Óleo Diesel Marítimo 12/04/2024
ANP aprova adição obrigatória de Corante ao Óleo Diesel Marítimo
 
FUNDO CLIMA financiará Projetos com Juros de 1% a 8% aa 02/04/2024
FUNDO CLIMA financiará Projetos com Juros de 1% a 8% aa
 
RIO - Norte e Noroeste podem ter até 200mm de chuvas até domingo 22/03/2024
RIO - Norte e Noroeste podem ter até 200mm de chuvas até domingo
 
CÓDIGO FLORESTAL - Projeto de Lei vai desproteger 48 Milhões de hectares 22/03/2024
CÓDIGO FLORESTAL - Projeto de Lei vai desproteger 48 Milhões de hectares
 
RIO registra Sensação Térmica Recorde de 60,1ºC neste sábado 16/03/2024
RIO registra Sensação Térmica Recorde de 60,1ºC neste sábado
 
NANOPLÁSTICOS na Água e em Alimentos são relacionados a Ataques Cardíacos 10/03/2024
NANOPLÁSTICOS na Água e em Alimentos são relacionados a Ataques Cardíacos
 
CHUVAS deixam pelo menos 2 mortos no estado do RIO 22/02/2024
CHUVAS deixam pelo menos 2 mortos no estado do RIO
 
Governo LULA tira Unidades de Conservação do Programa Nacional de DesestatizaçãoND 10/02/2024
Governo LULA tira Unidades de Conservação do Programa Nacional de DesestatizaçãoND
 
RIO tem Recorde Histórico de Chuvas em janeiro 02/02/2024
RIO tem Recorde Histórico de Chuvas em janeiro
 
VALE, SAMARCO e BHP condenadas a pagar R$ 47,6 BI em Indenizações 26/01/2024
VALE, SAMARCO e BHP condenadas a pagar R$ 47,6 BI em Indenizações
 
Escolha do Editor
Curtas & Palpites