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Política

24 de Janeiro de 2017 as 15:01:40



CNI apresenta a Meirelles a fatura do Apoio ao governo Temer


Indústria quer retirar juros e multas da renegociação de dívidas
 
 
Representantes da indústria pediram aos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, e do Planejamento, Dyogo de Oliveira, nesta 3ª feira, 24.01, a retirada de juros e multas da renegociação de dívidas prevista no programa de regularização tributária para empresas, instituído pela Medida Provisória 766/2017, editada no início do mês.
 
O vice-presidente da CNI Confederação Nacional da Indústria, Marcos Guerra, disse que a retirada dos juros é necessária para aumentar a adesão ao programa.
 
“Entendemos que ela [MP] não atende à indústria e para a gente ter uma adesão maior precisa ser revista. Não só no Congresso, mas o governo federal também tem que estar aberto para receber a sugestão da indústria”,
 
afirmou após o encontro com os ministros, que também reuniu senadores.
 
Segundo Guerra, os empresários não terão condições de arcar com a renegociação da maneira como está proposta na MP.
 
“Os valores de face vão dobrar. Automaticamente os devedores não terão condições de pagar, principalmente porque a economia do país não sinalizou crescimento para 2017, 2018. Quem está devedor não consegue fazer financiamento em bancos públicos, se habilitar em licitações.”
 
De acordo com o representante da CNI, Meirelles recebeu “bem” a sugestão dos empresários.
 
“O ministro é um grande técnico, conhecedor dos problemas do Brasil. Eu acredito que [a proposta] será bem avaliada”,
 
disse.
 
 
Multas
 
Guerra criticou outros pontos da MP 766, entre eles o que cria um bônus de eficiência para auditores fiscais da Receita Federal e do Trabalho.
 
“Temos a preocupação que essa medida pode incentivar a indústria da multa e não é o momento para isso. Quando você cria um incentivo às multas, pode ser dificultador para a criação de emprego e recuperação do país.”
 
A MP 766 estabelece que a base de cálculo do valor global do bônus para os auditores virá da arrecadação de multas, impostos, taxas, contribuições e alienação de bens apreendidos no caso da Receita. Para os auditores do trabalho, o bônus será composto das receitas decorrentes de multas pelo descumprimento da legislação trabalhista.
 
 
Reforma Tributária
 
O presidente da FIESC Federação das Indústrias de Santa Catarina, Glauco José Côrte, disse que o setor também pediu à equipe econômica para ser ouvido antes de o governo encaminhar ao Congresso Nacional a reforma tributária.
 
“Há disposição do governo para esse diálogo. A carga [tributária] é altíssima, o sistema é muito complexo. Temos que simplificar a legislação”,
 
disse.
 
Outros assuntos da reunião foram a reforma trabalhista, proposta pelo governo em dezembro, e a convalidação dos incentivos fiscais concedidos à revelia do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). O Projeto de Lei do Senado 54/15, que trata da convalidação, atualmente tramita na Câmara dos Deputados.
 
 
Senadores
 
Além da CNI e Fiesc, estavam no encontro representantes das federações das indústrias do Paraná, Alagoas, Bahia e Pará, além dos senadores José Medeiros (PSD-MT), Rose de Freitas (PMDB-ES), Marta Suplicy (PMDB-SP) e Cristovam Buarque (PPS-DF)
 
Ao comentar a questão das multas, Marta Suplicy disse que “você não pode matar a galinha que está produzindo. As multas dificultam muito as empresas entrarem no Refis [programa de refinanciamento de dívidas]”.
 
Já o senador José Medeiros afirmou, sobre a reforma tributária, que é preciso tirar os entraves do arcabouço jurídico brasileiro para fomentar o investimento estrangeiro e nacional no país.
 
Cristovam Buarque disse que o sistema fiscal precisa ser mais igualitário.
 
“Fiz questão de falar que as reformas que estão sendo feitas, e que acho positivas o Brasil, não têm ainda a cara do povo. É preciso algumas reformas que atendam a vontade do povo de ver, por exemplo, mais justiça fiscal. É preciso que o Imposto de Renda tenha elevação nas camadas mais altas e redução nas camadas mais baixas da renda”,
 
sugeriu.


Fonte: AGENCIA BRASIL. Chamada de Capa da Redação JF





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