Câmbio e CDS em direções opostas intensificam a volatilidade dos juros domésticos
6 de março de 2017
Historicamente correlacionados, dólar e CDS Brasil se descolaram nos últimos dias, em uma configuração pouco comum, acompanhando uma semana de reunião do Copom e de pronunciamento do FED.
Como resultado, os agentes intensificaram seus ajustes no DI futuro, alternando as atuais expectativas com a baixa inflação doméstica e novas perspectivas de alta do juro básico norte-americano.
Na mesma linha, as principais referências da renda fixa brasileira repercutiram tais movimentos, ora elevando os yields em movimentos de aversão ao risco, ora regredindo a demanda por prêmios, mas culminaram em um recuo geral dos yields, corrigindo excessos, após a declaração da presidente do FED sinalizar um ritmo mais lento de alta dos juros básicos nos EUA.
Dessa forma, embora o risco-país tenha seguido a tendência baixista apontada desde a virada do ano – em direção ao suporte em 210 pontos –, a cotação do dólar frente ao real, porém, experimentou forte volatilidade e oscilou em movimento de alta, entre os extremos da banda calculada no último estudo – R$ 3,03 e R$ 3,15.
Para os próximos dias, a depender do resultado do emprego nos EUA (payroll), os juros nacionais continuam em tendência de queda e o dólar perde força, tendendo a se alinhar com o CDS.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise semanal do mercado de Renda Fixa, elaborado por RENATO ODO, CNPI-P, renato.odo@bb.com.br, e JOSÉ ROBERTO DOS ANJOS, CNPI-P, jrobertodosanjos@bb.com.br, ambos do BB Investimentos