Diário do Mercado na 6ª feira, 17.03.2017
Setor financeiro, óleo e gás e alimentos pesam nos negócios, em dia de zeragem de opções
Resumo do dia.
Em um dia de agenda econômica de pouco peso tanto interna quanto externamente, os investidores optaram pela defensiva no mercado de renda variável, mas vislumbraram espaço para montagem de posições vendidas no mercado de câmbio, enquanto os juros operaram estáveis.
Nos EUA, após a alta dos juros na quarta-feira, sem maiores novidades, os agentes detiveram-se a buscar direcionadores na agenda de Trump, que incluiu um encontro com a Chanceler Alemã Angela Merkel.
Mercado de Ações.
A bolsa brasileira viveu mais uma sessão de queda, refletindo fatores domésticos que pesaram nos negócios. Ainda que as ações do setor de proteína animal tenham sido penalizadas por noticiário envolvendo uma operação da PF, as principais contribuições à queda do índice vieram pela baixa das ações do setor financeiro e da Petrobras, que possuem maior peso. A sessão ainda contou com a zeragem das posições em opções sobre ações, cujo vencimento ocorrerá na 2ª feira.
Ao final dos negócios, o índice doméstico encerrou aos 64.209 pontos (-2,39%), e acumula agora -0,72% na semana, -3,68% no mês, 6,61% no ano e 26,12% em 12 meses. O volume transacionado na bolsa somou preliminarmente R$ 12,39 bilhões, sendo R$ 12,07 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
O capital externo manteve sua evasão da bolsa brasileira em março, até o último dia 15, com saldo negativo de R$ 2,28 bilhões. Já em 2017, no entanto, o acumulado está positivo em R$ 4,60 bilhões.
Agenda Econômica.
Domesticamente, houve elevação da confiança por parte dos empresários do setor industrial. O índice de confiança medido pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) atingiu em março 54 pontos, o maior valor desde janeiro de 2014.
Pelo terceiro mês consecutivo o número situa-se acima de 50, limiar acima do qual, segundo a metodologia do indicador, existe otimismo por parte dos industriários quanto às condições econômicas e a atividade do setor.
No âmbito inflacionário, a segunda prévia do IGP-M (FGV) mostrou aceleração de 0,08% no mês de março. Ainda que superior à margem apurada no mesmo período do mês de fevereiro (0,02%), o número ficou bastante aquém da média das estimativas dos analistas, que apontava para 0,24%.
Juros.
Com a pouco movimentada agenda econômica no final da semana, os juros futuros operaram com viés de estabilidade. Ainda assim, na parte da tarde, seguindo a aceleração da queda do dólar, os vencimentos na ponta longa acabaram cedendo.
Dólar e CDS.
Seguindo a tendência vista no mercado global de moedas, de desvalorização do dólar perante moedas de economias emergentes, a divisa norte americana perdeu terreno ante o real.
No interbancário a moeda fechou cotada a R$ 3,1040 (-0,71%), acumulando -1,90% na semana, 0,15% no mês, -4,76% no ano e -14,92% em 12 meses.
Risco Brasil
O CDS brasileiro de 5 anos, no horário apurado, oscilava em torno dos 213 pts, ante os 217 pontos da véspera.
Confira no anexo a íntegra do relatorio de análsie do comportamento do mercado na 6ª feira, 17.03.2017. elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RAFAEL REIS, CNPI-P
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