China
Bom desempenho da balança comercial em março sugere que economia seguiu aquecida no primeiro trimestre
Sem sugerir desaceleração da economia chinesa, o resultado da balança comercial de março superou as expectativas do mercado. As exportações mostraram alta de 16,4% no mês passado em relação ao mesmo período de 2016, ficando acima da elevação esperada de 4,3%, após terem recuado 1,3% em fevereiro.
Essa melhora dos embarques chineses se deu de forma disseminada, com elevação das vendas para os EUA, a Europa e o Japão de 19,7%, 16,6% e 8,5%, respectivamente.
Na mesma direção, as importações avançaram 20,3% na comparação interanual, superando as expectativas (de crescimento de 15,5%), mostrando alguma moderação em relação a fevereiro quanto tinham subido 38,1% (em decorrência, principalmente, da queda dos preços das commodities).
Dessa forma, tanto a demanda externa como a interna têm indicado que as perspectivas para o crescimento da economia chinesa continuam bastante favoráveis.
Alemanha
Em linha com sua leitura preliminar, a inflação ao consumidor alemão desacelerou em março, diante de menor pressão dos preços de energia e de alimentos Em linha com sua leitura prévia e com a mediana das expectativas do mercado, o índice de preços ao consumidor na Alemanha
subiu 1,6% na comparação interanual, de acordo com os dados divulgados hoje pela Destatis.
A desaceleração em relação a fevereiro (quando a alta chegou a 2,2%) foi explicada pela menor pressão dos preços de energia, que oscilaram de uma elevação interanual de 7,2% para outra de 5,1% no período.
Além disso, os preços de alimentos subiram 2,3%, também abaixo da alta de 4,4% no mês anterior. Na margem, o índice cheio avançou 0,2%. O índice harmonizado, usado para comparações com demais países da Área do Euro, também desacelerou, de uma alta de 2,2% para outra de 1,5%, na comparação interanual.
Assim, apesar da aceleração da atividade econômica na Alemanha, que tem impulsionado o crescimento do PIB na Área do Euro, esperamos continuidade da desaceleração dos preços de energia nos próximos meses, devido ao efeito base, limitando as pressões inflacionárias no país.
Tendências de mercado
Os mercados globais operaram com tendência de baixa na 5ª feira, 13.04, véspera do feriado.
Bolsas - Na Ásia, as bolsas encerraram o pregão no campo negativo, com exceção de Shanghai, que subiu 0,2%.
As bolsas europeias recuam seguidas pelos índices futuros norte-americanos, que também apontam para a queda das bolsas nos EUA.
Câmbio - No mercado de câmbio, o dólar registra pequena variação ante as principais moedas dos países desenvolvidos, após ter depreciado ontem, refletindo a declaração do presidente Donald Trump de que o dólar está forte demais.
Commodities - Os preços do petróleo são negociados em baixa, após os dados da IEA (Agência Internacional do Petróleo) indicarem aumento dos estoques mundiais da commodity no primeiro trimestre, apesar de os países da Opep terem cumprido o acordo e cortado a produção.
As cotações das commodities agrícolas e dos metais estão subindo, com destaque para o preço do cobre que reverte parcialmente a queda de ontem.
Juros BR - No Brasil, o mercado deve juros deve reagir à decisão do Copom que cortou os juros em 1 p.p. Além disso, o IBGE divulga nesta 5ª feira, 13.04, os dados de fevereiro da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Por fim, o mercado deve permanecer atento ao noticiário político, em busca de indicações sobre o encaminhamento da reforma da previdência, lembrando que o parecer do relator deverá ser apresentação na semana que vem.