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Investimentos

19 de Abril de 2017 as 00:04:31



INVESTIMENTOS - O Mercado na 3ª feira: Bolsa cai 0,27%; Dólar sobe a R$ 3,112


Diário do Mercado na 3ª feira, 18.04.2017
 
 
Parecer da reforma da previdência adiado e Ata do Copom fortalece antecipação do afrouxamento monetário Resumo. Com a apresentação do parecer da reforma da previdência adiada para a 4ª feira, 19.04, a Ata do Copom teve seu teor esmiuçado e foi considerada dovish (branda), impactando sobretudo o mercado de juros. 
 
No front da previdência, viu-se a expectativa do ministério da fazenda mais positiva, manifestanto sua probabilidade de aprovação de 80% do conteúdo da reforma após concessões, ante cerca de 70% precificado pelo mercado. 
 
No front externo, já estava no foco dos agentes a atmosfera de uma maior aversão ao risco, advinda das tensões geopolíticas entre EUA e Coréia do Norte, ocorrendo ainda a surpresa do anúncio de antecipação das eleições no Reino Unido, pela premiê conservadora Theresa May, para o próximo dia 8 de junho, antes prevista tão somente para 2020.
 
Assim, o panorama adverso do dia manteve os investidores majoritariamente na defensiva.
 
 
Ibovespa. 
 
O índice doméstico operou mais aderido ao mercado externo, que por sua vez espelhou a cautela dos investidores com as questões relativas às ameaças entre a Casa Branca e a Coreia do Norte, assim como negativos balanços corporativos divulgados. 
 
A Vale foi a principal contribuidora ponderada para a baixa, respondendo à forte retração da cotação do minério de ferro na China, mas o setor financeiro também pesou, contaminado pelo exterior, com o balanço considerado fraco do banco Goldman Sachs nos EUA. 
 
O Ibovespa terminou o pregão aos 64.158 pontos (-0,27%), com o giro financeiro preliminar da bolsa em R$ 7,52 bilhões, sendo R$ 7,021 bilhões no mercado à vista. 
 
 
Agenda Econômica. 
 
A Ata referente à 206ª reunião do Copom, ocorrida na última 4ª feira, 12.04, trouxe mais detalhes acerca dos dados que embasaram a decisão pelo comitê pelo corte de 100 pontos–base na Selic, para 11,25% a.a., sendo seu conteúdo considerado dovish (brando).
 
Os destaques positivos do documento foram a visão que, segundo o colegiado, a desinflação corrente terá efeitos duradouros e também a revelação de que cogitou-se um corte mais agressivo, embora abandonado pelas ainda elevadas incertezas tanto internas quanto externas. 
 
O contraponto negativo foi salientado pela necessidade de evidências quanto à eficácia das decisões passadas, bem como de avanços no front fiscal, em especial com a reforma da previdência. 
 
Apesar do viés menos restritivo sugerido pela análise da ata, acreditamos, nesse momento, em um corte análogo de 100 pontos-base na decisão de 31 de maio próximo, mas, não causará estranheza uma redução maior.
 
Nos EUA, a produção industrial cresceu 0,5% no mês de março ante fevereiro, dado em linha com as projeções de mercado. No comparativo anual, houve avanço de 1,5%, enquanto a produção de fevereiro foi revisada de estável para 0,1%. 
 
 
Juros. 
 
A Ata do Copom derrubou os juros ao longo de toda a curva da estrutura a termo, em especial nos vencimentos curtos, mais sensíveis às mudanças na política monetária.
 
Os agentes observaram espaço para recalibrar suas apostas em um provável corte mais agressivo na reunião de 31 de maio próximo, justificado pela informação que, segundo o comitê, as condições econômicas apuradas na reunião de 12 de abril já se mostravam propícias para tal movimento.
 
Com o deslocamento da curva, a probabilidade implícita de um corte de 125 pontos-base passou agora de 20% para 25%.
 
 
Câmbio e CDS. 
 
O dólar operou em queda no início das negociações, ecoando a sinalização na véspera da rolagem integral dos contratos de swap por parte do Bacen.
 
Na parte da tarde, no entanto, a divisa recuperou o terreno ante o real, movimento justificado pelo incremento dos temores com o andamento da reforma da previdência, bem como o fortalecimento do dólar ante demais moedas mundiais, e findou a sessão a R$ 3,1120 (+0,19%).
 
Na leitura do momento, o CDS Brazil 5 anos (CBIN) oscilava aos 229 pts ante a 228 pts ontem.
 
 
Para a 4ª feira. 
 
No Brasil, a 2ª prévia do IGP-M de abril deverá manter a leitura deflacionária vista em sua 1ª prévia e no IGP-10. Nos EUA, haverá a divulgação do Livro Bege, compilado de dados econômicos das diversas unidades distritais do Fed, que auxilia a tomada de decisão de política monetária pelo Fomc, cuja decisão ocorrerá 3 de maio próximo. 
 
A agenda dividirá espaço com noticiários do momento: Externamente as ameaças bélicas (e nucleares) entre EUA e Coreia do Norte e, internamente, o andamento da reforma da previdência, cujo parecer da proposta reformatada após discussões com lideranças políticas na semana passada será apreciado na Câmara dos Deputados. 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 18.04.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, Analista Sênior, RAFAEL REIS, Analista, ambos do BB Investimentos.


Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T Analista Sênior, e RAFAEL REIS, CNPI-P Analista, ambos BB INVESTIMENTOS





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