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Investimentos

20 de Abril de 2017 as 07:04:44



INVESTIMENTOS O Mercado na 4ª feira: Bolsa cai 1,17%; Dólar sobe 1,09% a R$ 3,149


Diário do Mercado na 4ª feira, 19.04.2017
 
Adiada a votação do parecer do relator sobre a reforma da previdência na comissão especial da Câmara 
 
Resumo.
 
Os agentes operaram de olho na agenda interna, destacadamente, focados em Brasília. O humor dos agentes azedou depois que a votação na comissão especial da Câmara dos Deputados do relatório do relator sobre a reforma da previdência, que já teve vários aspectos modificados, foi postergada para o próximo dia 2 de maio.
 
Vale lembrar que ontem foi rejeitado o pedido de urgência da reforma trabalhista, mas, foi aprovado o texto-base do regime de recuperação fiscal dos Estados.
 
No front externo, o clima permanece de cautela. Além da tensão geopolítica entre EUA e Coreia do Norte, em especial, pairam incertezas com a iminente eleição presidencial francesa em 1º turno no próximo domingo, ainda que em pesquisas recentes o candidato centrista Emmanuel Macron tenha ganho terreno ante a candidata da direita Marine Le Pen – que é tida como ameaça à permanência da França na zona do euro. 
 
 
Ibovespa.
 
Refletindo uma sessão pautada pelo ceticismo dos investidores acerca da reforma da previdência, o Ibovespa fechou aos 63.406 pontos (-1,17%), com o preliminar giro financeiro da bolsa em R$ 6,99 bilhões, sendo R$ 6,73 bilhões no mercado à vista. 
 
O setor de bancos foi a maior contribuição ponderada negativa, repercutindo temores de contágio por conta de operação da PF envolvendo players do setor na manhã da quarta-feira.
 
Também, a Vale, que chegou a registrar ganhos calcada na recuperação da cotação do minério de ferro no mercado externo, sucumbiu ao mau humor interno e terminou pesando negativamente, junto com a Petrobras - que respondeu a forte queda do petróleo no mercado internacional e a uma inesperada disparada nos estoques da commodity nos EUA.
 
Capitais Externos na Bolsa - Com o ingresso de R$ 206 milhões no último dia 17, o capital estrangeiro na bolsa em abril passou a acumular evasão de R$ 217 milhões. Em 2017, o saldo está positivo em R$ 3,32 bilhões. 
 
 
Agenda Econômica.
 
A segunda prévia do IGP-M de abril mostrou deflação de 0,99% ante +0,08% na leitura da segunda prévia de março. Com isso, o IGP-M acumula no ano uma variação de -0,26% e de +3,48% em 12 meses.
 
Na decomposição do indicador, seus três subitens assim variaram ante as leituras do mês anterior: O IPA-M (atacado, peso 60%) recuou 1,60% ante queda de 0,08%; o IPC-M (varejo, 30%) elevou-se em 0,30% ante +0,32; e o INCC-M (construção civil, 10%) retraiu-se 0,09% contra +0,52% em março.
 
O processo de franco arrefecimento inflacionário em andamento, cujo dado de abril evidencia ao vir abaixo da média das projeções (consenso: -0,72%), apesar de trazer um viés positivo, representado pelo espaço para cortes mais agressivos na Selic por parte do Copom, em nossa visão, sinaliza até determinado grau uma extensão incômoda do cenário recessivo do país, que perdura mais do que anteriormente previsto.
 
A confiança do consumidor medida pela CNI (Confederação Nacional das Indústrias) elevou-se em abril, atingindo 103,4 ante 102,0 registrados no mês anterior. Apesar da elevação, o índice segue oscilando entre 100 e 105 – faixa onde se encontra há um ano – distante do pico de 120 pontos registrado em outubro de 2010.
 
Nos EUA, o Livro Bege não surpreendeu e fez pouco preço. Nele, evidenciou-se o “crescimento considerado moderado” nos 12 distritos do Federal Reserve, com avanços modestos nos salários e dificuldades dos empregadores em preencher vagas para pessoal de menor qualificação, embora a demanda por funcionários mais qualificados tenha aumentado.
 
As constatações chegam no momento em que o mercado identifica enfraquecimento pontual na economia norte-americana baseado em dados recentes, o que distancia cada vez mais a outrora assunção de quatro altas nos juros por lá em 2017, permanecendo o divulgado pelo Fed na ocasião da decisão de março – três altas no ano – o cenário base.
 
A probabilidade implícita na curva dos Fed Funds dá conta hoje de 44% de chance de alta na reunião de junho, ante 60% na semana anterior. 
 
 
Juros.
 
Acompanhando a elevação do dólar e em resposta à atribulada agenda da reforma da previdência, os juros operaram em majoritária elevação na sessão.   
 
 
Câmbio e CDS.
 
O dólar operou em alta ante a maioria dos pares globais no mercado de moedas, evidenciando as apreensões dos investidores, principalmente, por conta da proximidade e possível surpresa com o pleito presidencial na França e com a permanente tensão geopolítica no extremo oriente.
 
Perante o real houve também valorização, com a divisa findando a sessão a R$ 3,1460 (+1,09%).
 
Risco País - Na leitura do momento, o CDS Brazil 5 anos (CBIN) oscilava aos 228 pts ante a 227 pts ontem.
 
 
Para a 5ª feira.
 
No Brasil, em virtude do feriado nacional de Tiradentes na 6ª feira, 21.04, a 5ª feira já deverá reservar uma desaceleração dos negócios. O destaque da agenda econômica será a inflação medida pelo IPCA-15, bem como, possivelmente, seja divulgada a criação de vagas na economia (CAGED). 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 19.04.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T Analista Sênior, e RAFAEL REIS, CNPI-P, Analista, ambos do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T Analista Sênior, e RAFAEL REIS, CNPI-P, Analista, ambos do BB Investimentos





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