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Investimentos

05 de Maio de 2017 as 22:18:33



INVESTIMENTOS - EMBRAER - Resultados no 1º trimestre/2017


EMBRAER - Resultados no 1º trimestre de 2017 
 
Diminuição de entregas e redução das margens marcaram um trimestre fraco
 
 
Em nossa opinião, a Embraer apresentou resultados negativos no 1º trimestre/2017. Embora o primeiro trimestre seja sazonalmente o mais fraco do ano, na comparação anual, a Embraer entregou apenas 33 aeronaves contra 44 aeronaves no 1º trimestre/2016.
 
No entanto, a Embraer manteve sua orientação para este ano de entre 97 a 102 jatos comerciais e entre 105 a 125 jatos executivos. O backlog diminuiu US$ 400 milhões no 1º trimestre, totalizando US$ 19,2 bilhões no período, contra US$ 21,9 bilhões no 1T16 e US$ 19,6 bilhões no final de 2016.
 
Assim, a Receita Líquida no primeiro trimestre de 2017 foi de R$ 3,2 bilhões, queda de 36% aa. A variação cambial e também o adiamento do lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação, previsto para o 1º trimestre/2017, devido a uma paralisação geral na Guiana Francesa, resultaram em uma queda de 500 pontos base a/a na margem bruta, atingindo 15%.
 
O EBIT no 1T17 foi de R$ 72 milhões, queda de 92,1% aa, enquanto a Margem EBIT recuou de 6,3% no 1º trimestre/2016 para 2,3% no 1º trimestre/2017.
 
Excluindo as despesas não recorrentes de R$ 23,8 milhões referentes a um programa de demissão voluntária, a margem EBIT no 1º trimestre/2017 seria de 3,0%. Finalmente, o lucro líquido no período foi de R$ 134,9 milhões, queda de 65,0% aa.
 
 
Aviação Comercial.
 
Considerando os 33 aviões entregues no 1º trimestre/2017, 18 da divisão comercial (21 no 1T16), o que significa queda de 14,3% ano/ano e 43,8% inferior aos 32 aviões entregues no 4T16.
 
A carteira de pedidos firmes de aeronaves comerciais terminou o trimestre com 432 E-Jets, dos quais 275 pertencem à geração E-2. No mercado de aviação comercial, não vemos tais mudanças positivas no curto e no médio prazo, que devem continuar a crescer marginalmente em volume de entre 2% a 4% ao ano, de acordo com nossas estimativas, com uma contribuição significativa do mercado asiático.
 
 
Aviação Executiva.
 
Outro trimestre difícil para o mercado de aviação executiva. Apenas 15 aeronaves foram entregues no 1º trimestre/2017, revelando queda de 65,1% ano/ano e 34,7% trimestre/trimestre.
 
As entregas de grandes jatos no 1º trimestre/2017 atingiram apenas 04 aeronaves, contra 18 jatos no 4º trimestre/2016 (-77,8% trimestre/trimestre) e 11 aeronaves no 1º trimestre/2016 (-63,6% ano/ano).
 
Em relação aos Light Jets, 11 jatos foram entregues no 1º trimestre/2017, ante 12 jatos no 1º trimestre/2016 (-8,3% ano/ano) e 25 aviões no 4º trimestre/2016 (-56,0% período/período).
 
A Embraer anunciou recentemente Michael Amalfitano como novo CEO da unidade de Aviação Executiva. 
 
Em nossa opinião, espera-se que o mercado de aviação executiva permaneça abaixo do esperado nos próximos dois anos, estabelecendo um dos principais desafios da Embraer nos próximos trimestres.
 
 
Defesa e Segurança.
 
Na divisão de defesa e segurança, o mercado externo deve compensar o resfriamento nos negócios domésticos da Embraer. No 1º trimestre/2017, a Embraer entregou dois Super Tucanos para a Força Aérea dos EUA, enquanto o programa KC-390 avança as aprovações de certificação que devem ser concluídas em 2017.
 
Acreditamos que a divisão de Defesa e Segurança pode se beneficiar do atual cenário geopolítico. A Embraer é capaz de aproveitar as oportunidades que devem ser confirmadas no curto e médio prazo.
 
 
Endividamento.
 
A dívida bruta da Embraer encerrou o primeiro trimestre de 2017 em R$ 13,5 bilhões, um aumento de 10,6% em relação ao 4º trimestre/2016, devido à emissão de US$ 750 milhões no 1º trimestre/2017, o que contribuiu para aumentar sua média de prazo de 5,3 anos no final de 2016 para 6,3 anos no final do primeiro trimestre de 2017.
 
A dívida líquida no 1º trimestre/2017 foi de R$ 2,5 bilhões contra R$ 1,8 bilhão no 4º trimestre/2016 e a parcela da moeda local (R$) no endividamento total da Embraer caiu para 19% a partir dos 22% registrados no 4º trimestre/2016.
 
 
Perspectiva de longo prazo.
 
Aviação Comercial - Continuamos positivos no segmento de aviação comercial, sustentado pela expansão da frota de companhias aéreas regionais em todo o mundo, enquanto o segmento de aviação executiva deve continuar operando com margens pressionadas.
 
No entanto, dado o elevado número de jatos executivos que operam, o mercado secundário da aviação executiva pode contribuir, embora marginalmente, para a recuperação das margens deste segmento.
 
Por último, o cenário concorrencial deve continuar a estar sujeito a maiores pressões sobre os preços.
 
Segurança e Defesa - No segmento de segurança e defesa, acreditamos que uma maior contribuição para este segmento pode vir do exterior, considerando que o mercado interno reduziu novas encomendas.
 
A Embraer anunciou a parceria preliminar com a Uber, onde o Embraer Business Innovation Center irá operar a Uber Elevate Network para desenvolver veículos elétricos com decolagem e pouso vertical para deslocamentos no espaço Urbano. Este é um projeto de longo prazo e os testes são esperados para acontecer em 2020.
 
 
Preço Alvo
 
Mantivemos nossa recomendação de melhor desempenho e nosso Preço-alvo de R$ 22,50 para o final de 2017.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o desempenho da EMBRAER no 1º trimestre/2017, elaborado por  RENATO HALLGREN, CNPI Analyst, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RENATO HALLGREN, CNPI Analyst renatoh@bb.com.br, do BB Investimentos





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