Diário do Mercado na 2ª feira, 11.09.2017
Ibovespa: fechamento em pontuação histórica recorde
Resumo.
O dia foi de quebra de recordes históricos na bolsa, tanto o recorde intraday (73.920 pts), quanto o recorde de fechamento (73.516 pts), ambos em 2008, foram suplantados.
O otimismo no dia foi impulsionado pela melhora nos índices econômicos nacionais e pelo noticiário político doméstico. O movimento da bolsa brasileira também espelhou as valorizações no cenário internacional, à exemplo das bolsas norte-americanas, que fecharam em alta, entre outros fatores, pelos prejuízos abaixo das expectativas provocados pelo furacão Irma e pelo arrefecimento das tensões entre EUA e Coreia do Norte.
Ibovespa.
O índice iniciou o dia com forte alta, ultrapassando logo após a primeira hora de negócios os 74 mil pontos, ultrapassando o recorde histórico intraday de abril de 2008 (73.920 pts).
A alta foi generalizada, com a tendência ascendente refletindo o cenário de recuperação nacional e se fortalecendo até o início da tarde, quando registrou nova máxima histórica intraday em 74.635 pts, tendo leve correção até seu fechamento, que foi em 74.319 pts (+1,70%), acumulando +4,92% no mês, +23,40% no ano e +28,14% em 12 meses. O volume preliminar negociado na bolsa atingiu R$ 6,522 bilhões, sendo R$ 6,361 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No último dado disponível (06/set), o ingresso de capital externo atingiu a marca de R$ 781 milhões, levando o saldo resultante no mês a R$ 1,177 bilhão e elevando a entrada líquida no ano a R$ 12,162 bilhões.
Agenda Econômica.
A agenda da segunda-feira não previa grande grande movimentação - ganhou destaque no dia o resultado da prévia para setembro do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), medido pela FGV, que registrou alta de 0,34%, razoavelmente acima das expectativas (0,22%) dos analistas. O índice acelera após recuo em agosto, de -0,03%, acumulando deflação de -2,22% no ano e de -1,57% nos últimos 12 meses.
Focus.
O relatório semanal Focus do Banco Central, com as projeções de mercado, denotou uma clara melhoria na percepção dos agentes em relação ao cenário para o Brasil, tanto para o curto prazo, como para o longo prazo. Para 2017 e para 2018, a inflação ao consumidor prosseguiu decaindo, a taxa básica de juros tornou a recuar e o otimismo se refletiu ainda mais na melhoria da perspectiva de crescimento.
Câmbio e CDS.
O cenário externo foi o direcionador do dólar na sessão. Na esteira de uma cada vez menos provável elevação dos juros nos EUA, o dólar manteve a tendência de queda ante diversos pares globais.
Perante o real, a moeda fechou cotada a R$ 3,0929 (-0,34%), o menor nível desde março deste ano.
Risco País - O CDS brasileiro de 5 anos fechou a 181 pontos ante os 186 pts de ontem.
Juros.
À imagem do dólar, os juros futuros fecharam o dia em alta, movimento que reflete especialmente o longo prazo, liderado por realizações de lucros pelos investidores estrangeiros. No curto prazo, os juros permaneceram praticamente estáveis.
Para a terça-feira.
O mercado permanecerá monitorando o noticiário político e os desdobramentos da passagem do furacão Irma nos EUA. A bolsa vem acumulando ganhos, mantendo tendência de alta com o cenário político positivo e os indicadores favoráveis. Em relação à agenda econômica interna, haverá a divulgação pelo IBGE das vendas no varejo estrita e ampliada, sendo acompanhada de perto pelo mercado.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feir, 11.09.2017 elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, analista senior, RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, analista, e RICARDO VIEITES, analista, da equipe do BB Investimentos.