Diário do Mercado na 3ª feira, 12.09.2017
Ibovespa renova máximas históricas de pontuação
Resumo.
Mais um pregão no qual o índice doméstico perfez tanto um novo teto histórico intradiário, em 75.332 pts, como renovou sua máxima histórica de fechamento, em 74.538 pts.
O índice operou sempre em campo positivo e manteve tendência ascendente até pouco depois do meio da tarde, período no qual chegou a superar os 75 mil pts.
Todavia, como o exterior não seguiu colaborando tão positivamente como na véspera, justificaram-se realizações de lucros na hora e meia final de negócios, levando o índice a arrefecer e devolver parte da evolução do dia, finalizando com desempenho não distante das bolsas norte-americanas, que apresentaram pequenos elevações hoje.
A tendência de alta se mantém, mas, não seria surpresa caso ocorresse alguma realização, de curto prazo levando em conta que índice brasileiro suplantou esta semana seu recorde histórico que aconteceu faz 9 anos, em maio de 2008.
Ibovespa
O índice doméstico encerrou aos 74.538 pts (+0,29%), acumulando +2,00% na semana, +5,23% no mês, +23,76% no ano e +27,23% em 12 meses.
A Vale e papéis ditos de segunda linha apoiaram a alta do dia, enquanto a Petrobras e o setor de bancos pesaram negativamente. O robusto volume preliminar da bolsa atingiu R$ 9,882 bilhões, sendo R$ 9,452 bilhões no mercado à vista. No último dado disponível, em 8 de setembro, o ingresso de capital externo foi de R$73,004 milhões, acumulando R$ 1,250 bilhão em setembro. Em 2017, passou a contabilizar entrada líquida de R$ 12,235 bilhões.
Agenda Econômica
No Brasil, as vendas a varejo estrito ficaram estáveis (0,0%) em julho, versus 0,90% em junho, praticamente em linha com o consenso de mercado, em +0,2%, passando a cumular +0,3% no ano e -2,3% nos últimos 12 meses.
Na comparação com julho do ano passado, o indicador variou +3,1%. Já as vendas a varejo ampliado, que incluem veículos e material de construção, cresceram +0,2% em julho, ante +2,3% em junho, acima do -1,0% estimado pelos analistas, passando a acumular +1,1% em 2017 e -2,8% nos últimos 12 meses. Em relação a julho de 2016, o indicador ampliado variou +5,7%.
Em termos gerais, o comércio varejista ampliado performou melhor do que o estrito, mas, ambos permaneceram sinalizando que o pior já ficou para trás, mesmo como os dados tendo defasagem relação ao mês atual.
Câmbio e CDS
O dólar oscilou em alta, a princípio, mas, firmou-se ascendente na parte da tarde. O comportamento interno esteve interligado aos movimentos da divisa no mercado internacional e alguns temores com boatos de possível nova denúncia pela PGR (Procuradoria Geral da República), aliados a um recente patamar atual mais baixo de cotação.
A moeda encerrou valendo R$ 3,1270 (+0,74%), acumulando agora +1,13% na semana, -0,67% no mês, -3,84% no ano e -3,73% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos foi a 183 pontos, contra 181 pts de ontem.
Juros
As taxas mais curtas recuaram, na expectativa ratificada pela ata do Copom, divulgada nesta manhã, que o ciclo de afrouxamento monetário irá prosseguir, mesmo que em menor magnitude de reduções da taxa Selic. Já as mais longas subiram, com o ponto de inflexão no DI Jan/20, em um reajuste de posicionamentos.
Para a quarta-feira
No Brasil, volume do setor de serviços e IPC-Fipe semanal; nos EUA, orçamento mensal; e na China, de noite, vendas a varejo e produção industrial.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 12.09.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, analista senior, e RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, analista, ambos da equipe do BB Investimentos