Diário do Mercado na 3ª feira, 26.09.2017
Agentes não digeriram bem os discursos de Yellen e Trump.
Resumo.
Os discursos de Janet Yellen (Fed) e de Donald Trump estiveram no foco dos investidores nesta terça-feira. A chairwoman do Fed reiterou seu discurso da última reunião do FOMC, reforçando a perspectiva de aumento gradual da taxa de juros norte-americana.
Já o presidente norte-americano acenou novamente com as requentadas prováveis medidas de corte de impostos para as famílias americanas. Em vista destas circunstâncias, o dólar acabou tendo um dia de valorização generalizada ao redor do globo.
No cenário doméstico, a fala otimista do Ministro da Fazenda Henrique Meirelles, em evento com investidores em Londres, colaborou com novo arrefecimento nos juros futuros brasileiros.
Na câmara dos deputados, a análise da segunda denúncia da PGR contra o presidente segue para a CCJ, depois de concluída sua leitura no parlamento. O Ibovespa tentou reagir as baixas dos últimos pregões, porém, encerrou o dia com leve recuo.
Ibovespa.
O índice iniciou a sessão em alta, encontrando resistência no patamar dos 75 mil pts, atingindo máxima intradiária aos 74.971 pts no fim da manhã. Já durante a tarde, gravitou ao redor dos 74.700 pts até a última hora de pregão, momento em que perdeu força e seguiu realizando até seu fechamento, perfazendo a quarta sessão seguida negativa.
A Vale e o setor de siderurgia, que vinham sendo destaques negativos nos últimos dias, valorizaram durante a sessão, empurrados pela alta do minério de ferro na China.
Em razão da queda doe preço do petróleo, a Petrobras recuou, mesmo caminho seguido por parte do setor bancário, com quedas de Bradesco e Santander.
O Ibovespa encerrou o pregão aos 74.318 pts (-0,17%), acumulando -1,42% na semana, +4,92% no mês, +23,40% no ano e +28,02% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,746 bilhões, sendo R$ 9,446 bilhões no mercado à vista. Na sexta-feira (21), último dado disponível, o investidor estrangeiro retirou R$ 123,431 milhões da bolsa, diminuindo o saldo positivo em setembro para R$ 4,165 bilhões. O acumulado do ano apresenta superávit de R$ 15,150 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o saldo em conta corrente registrou déficit de US$ 302 milhões, próximo ao consenso de US$ 375 milhões, contra resultado negativo de US$ 3,418 bilhões em julho. Em 2017, registra agora déficit de US$ 3,013 bilhões e o saldo nos últimos 12 meses está negativo em US$ 13,457 bilhões (0,68% do PIB).
Já os investimentos diretos no país alcançaram a soma de US$ 5,138 bilhões em agosto, abaixo da mediana dos analistas, em US$ 6,550 bilhões, ante US$ 4,132 milhões em julho. O indicador passou a acumular US$ 45,543 bilhões no ano e US$ $ 82,470 bilhões (4,18% do PIB).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) bateu a máxima de um mês, acompanhando alta da divisa no exterior. A moeda fechou cotada a R$ 3,1660 (+0,32%), passando a acumular +1,25% na semana, +0,57% no mês, -2,64% no ano e -2,34% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos teve ligeiro recuo a 204 pts, contra 205 pts na véspera.
Juros.
Os juros principiaram em alta nesta terça-feira. Todavia, houve bastante volatilidade durante a sessão, havendo correção em relação ao comportamento da alta de ontem. Deste modo, os juros encerraram o pregão em baixa, tanto na ponta curta, como na ponta longa.
Para a quarta-feira.
Brasil: IPC FIPE- Semanal, Fabricação PPI, Empréstimos pendentes, Taxa de inad. de emp. pessoais e CNI Confiança do consumidor.
EUA: Pedidos de bens duráveis e Vendas de casas pendentes.
França: Confiança do consumidor.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira,26.09.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, RAFAEL FREDA REIS, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, todos do BB Investimento,
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