Diário do Mercado na 6ª feira, 29.09.2017
Bolsa: Indicadores internos e externos sustentaram mercado otimista.
Resumo.
Os indicadores nacionais permaneceram demonstrando melhoria e os estrangeiros trouxeram alívio. A taxa de desemprego (IBGE) recuou e o resultados consolidados do setor público apresentaram déficits menores do que os aguardados.
Nos EUA, os dados de inflação mostraram números que poderão levar a uma diminuição de chances de aumento de juros nos EUA ainda este ano e, caso continue nesta tendência de suavização, poderá também evitar maiores elevações pelo Fed no próximo ano. De outra mão, permanecem especulações para a sucessão de Janet Yellen, chairwoman do Fed.
Ibovespa.
O índice principiou o dia em forte alta e registrou sua máxima intradiária aos 74.517 pts no fim da manhã. Apesar de ensaiar movimento de realização no início da tarde, reagiu e seguiu operando em terreno positivo durante todo o pregão, terminado a sessão em alta e acima do patamar dos 74 mil pontos.
A valorização do índice foi puxada principalmente pelos setores de siderurgia e do bancário. No dia, a Vale fechou positiva – repique das recentes baixas e a Petrobras negativa - em dia de volatilidade do petróleo.
Enfim, o Ibovespa encerrou a maior sequência negativa (seis pregões) desde maio de 2016, fechando aos 74.293 pts (+0,99%), findando com -1,45% na semana e +4,88% no mês, além de acumular +23,36% no ano e +27,32% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,169 bilhões, sendo R$ 9,001 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
Na 4ª feira, 26.09, último dado disponível, houve saída de capital externo de R$ 446,308 milhões na bolsa, acumulando saldo positivo em setembro de R$ 3,834 bilhões e de R$ 14,818 bilhões no ano.
Agenda Econômica.
No Brasil, a taxa de desemprego (PNAD) ficou em 12,6% na média móvel trimestral encerrada em agosto, ante 12,8% em julho, em linha com o consenso. O resultado primário do setor público (BC) consolidado mostrou déficit de R$ 9,5 bilhões em agosto, contra resultado negativo de R$ 16,1 bilhões em julho e menor do que o previsto pelos agentes, em -R$ 14,5 bilhões.
Relação Dívida/PIB - O Bacen divulgou que a relação dívida líquida/PIB passou para 50,2% em agosto, ante 49,6% em julho, menor que o consenso de 50,6%.
Nos EUA, o principal índice de inflação acompanhado pelo Fed, o núcleo do PCE, recuou para +1,3% em agosto no dado ano contra ano, versus +1,4% em julho.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) fechou o mês com mais uma baixa depois de ter atingido o patamar de R$ 3,2000 na semana. A divisa apresentou recuo logo na primeira hora de negócios, em virtude da formação da PTAX que precificará os contratos vincendos em 2 de outubro para, em seguida, seguir operando em campo negativo ao longo de toda a sessão.
A moeda fechou cotada a R$ 3,1670 (-0,47%), passando a acumular +1,28% na semana, +0,60% no mês, -2,61% no ano e -2,64% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos recuou a 196 pts, contra 200 pts na véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram a última sessão do mês em baixa – tendência observada majoritariamente no mês, além de acompanhar movimentação do dólar no dia. Não houve influências negativas do exterior, predominando o otimismo do cenário doméstico benigno.
Para a próxima semana.
No Brasil: PMI Manufatura, Utilização da capacidade CNI, Balança comercial mensal, Vendas de veículos Fenabrave, Produção industrial, IPC FIPE – mensal, PMI Composto, PMI Serviços, Dados de veículos da (venda, produção e exportação) e o IPCA (destaque).
Na Alemanha, França, Reino Unido e Zona do Euro: PMI Manufatura.
Nos EUA: PMI Manufatura EUA, Manufaturados ISM, ADP Variação setor empregos, Pedidos de fábrica, Pedidos de bens duráveis, Payroll (criação de vagas na economia), Taxa de desemprego, Média de ganhos por hora e Crédito ao consumidor.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 29.09.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, RAFAEL REIS, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, Analista, todos da equipe do BB Investimento.
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