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Economia e Finanças

23 de Agosto de 2012 as 00:08:55



DÍVIDA PÚBLICA FEDERAL - Estoque da DPF cai para R$ 1,876 trilhão em julho/2012 (-4,8%)


Com taxa Selic menor, investidor migra para títulos públicos com taxas prefixadas ou corrigidas por índice de preço

 
Em julho/2012, as emissões da Dívida Pública Federal (DPF) atingiram o montante de R$ 36,34 bilhões, maior volume de emissões em ofertas públicas desde igual mês de 2011, enquanto os resgates alcançaram R$ 145,79 bilhões, maior volume de resgate da série iniciada em 2006.
 
“Esses volumes já estavam previstos devido à tradicional concentração de vencimentos de títulos prefixados nas chamadas cabeças de trimestre (janeiro e julho)”,
 
comentou o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Fernando Garrido. Em compensação, acrescentou, nos demais meses do ano os vencimentos previstos serão bastante reduzidos.
 
Segundo o coordenador, até dezembro/2012, os vencimentos dos títulos devem totalizar cerca de R$ 104 bilhões, dos quais aproximadamente R$ 47 bilhões em agosto, R$ 26 bilhões em setembro, R$ 20 bilhões em outubro, R$ 11 bilhões em novembro e o restante no último mês do ano.
 
Tesouro Direto – As emissões do Programa Tesouro Direto atingiram R$ 225,92 milhões no mês de julho, sendo que os títulos mais demandados pelos investidores foram aqueles indexados a índice de preços (61,4% do total vendido). A participação dos títulos prefixados foi de 32,90%, enquanto os indexados à Selic representaram 5,36% do montante.
 
Cerca de 4 mil novos participantes se cadastraram no mês passado, um incremento de 22,5% nos últimos doze meses. O estoque do Tesouro Direto atingiu R$ 8,8 bilhões em julho.
 
“O desempenho confirma o ritmo de crescimento bastante acentuado, indicando mais uma vez que é uma opção de investimento seguro e rentável”,
observou Fernando Garrido.
 
Estoque da Dívida Federal – O estoque da DPF apresentou redução, em termos nominais, de 4,76% , passando de R$ 1,970 trilhão em junho para R$ 1,876 trilhão em julho.
 
O valor está abaixo da banda prevista para dezembro no Plano Anual de Financiamento (PAF), mas a expectativa da Secretaria do Tesouro Nacional é de que até o final do ano o estoque esteja dentro das bandas (mínimo de R$ 1,950 trilhão e máximo de R$ 2,050 trilhões).
 
Composição – Garrido destacou que o vencimento expressivo de títulos no mês de julho/2012 foi basicamente de títulos prefixados (LTN com vencimento em 1º/07/ 2012) que representaram uma queda de aproximadamente 4 pontos percentuais na participação no total da dívida.
 
Com isso, na composição da DPF por indexador, a parcela com remuneração prefixada caiu de 39,45% em junho para 35,86% em julho.
 
“A queda na participação de prefixados leva automaticamente a uma ampliação da participação dos demais indexadores. Mas a tendência é que os prefixados volte aumentar nos próximos meses e fique dentro das bandas do PAF (entre 37% e 41%)”,
explicou o coordenador.
 
A participação dos títulos remunerados pela taxa flutuante no total da DPF passou de 23,37% para 24,57% de junho para julho. Já a participação dos títulos corrigidos por índices de preços passou de 32,83% em junho para 34,98% em julho.
 
Vencimentos -  Os vencimentos da DPF para os próximos 12 meses apresentaram redução, passando de 28,01% ao final de junho para 26,03% em julho. Fernando Garrido lembrou que o Tesouro Nacional alertou para essa queda de forma que os vencimentos em 12 meses chegariam a patamares próximos das bandas do PAF (22% a 26%).
 
Já o prazo médio da DFP registrou aumento em julho na comparação com junho, passando de 3,78 anos para 3,99 anos (acima das bandas do PAF  - entre 3,6 e 3,8 anos). “O vencimento de uma parcela expressiva da dívida em julho, que tinha um prazo bastante curto, provocou esse aumento do prazo médio”, explicou o coordenador.
 
O custo médio acumulado nos últimos doze meses da DPF manteve-se estável, passando de  12,81% a.a. em junho para 12,88% a.a. em julho.
 
Fernando Garrido destacou que, em relação às taxas dos leilões dos títulos, observou-se que as taxas de juros pagas nos papéis prefixados continuaram com uma tendência de queda ao longo de julho e também no mês de agosto.
 
Ele citou que a LTN com vencimento em janeiro de 2016, negociada em 05/07/2012 no mercado secundário, foi emitida com taxa de juros de 9,17% enquanto no último leilão, realizado no dia 16/08/2012, esse mesmo título foi emitido com taxa de juros de 9,5% em média.
 
Outro título que teve as taxas de juros reduzidas foi a NTNF com vencimento em janeiro de 2023, que o papel mais longo negociado pelo Tesouro. Em leilão realizado no ainda 05/07/2012 a taxa de juros foi de 10,08% e no último leilão, no dia 09/08/2012, ela foi vendida a uma taxa média foi de 9,7%.
 
Essa queda tem se dado basicamente em função da expectativa do mercado da manutenção de taxas de juros em patamares mais baixos, durante um período mais prolongado de tempo”,
explicou Garrido.
 
Rentabilidade – Em relação ao volume financeiro de títulos negociados no mercado secundário, o coordenador destacou que no mês de julho a venda de títulos corrigidos por índices de preços (basicamente NTN-B e NTN-C) superou, pela primeira vez na série, a negociação de títulos prefixados.
 
Segundo ele, um dos principais fatores para esse resultado foi, mais uma vez, a concentração de vencimentos de uma parcela expressiva de prefixados (LTN julho 2012).
 
“O volume dessas LTNs no mercado secundário caiu em relação aos meses de maio e junho, por exemplo”.
 
Garrido salientou que, por outro lado, o crescimento da negociação de NTN-B  é atribuído também  ao interesse do investidor por um produto não indexado a taxas de juros overnigth, como CDI e taxa Selic.
 
“Esse movimento que nós estamos incitando nos últimos meses de migração de taxas CDI e Selic para taxas prefixadas e títulos corrigidos por índices de preços está tendo um reflexo na negociação no mercado secundário.”
 
Outro fator que pode estar levando a essa migração é a rentabilidade dos títulos públicos. Com base no Índice de Mercado Anbima (IMA), que afere a rentabilidade da carteira de títulos públicos, o Tesouro observou que o IMAs, que avalia principalmente a rentabilidade das LFTs, que é proxima à Selic e ao CDI, rendeu 10,5% a.a. no acumulado em 12 meses, terminado em julho de 2012.
 
Por outro lado, o IMA Geral (composição da rentabilidade de todos os títulos públicos) rendeu 19% no mesmo período, enquanto IRF-M (dos prefixados)  rendeu 18% e o IMA-B (títulos atrelados ao IPCA – NTN-B), 27%.
 
“Então, nós observamos que a queda da rentabilidade do CDI e da taxa Selic tem feito os investidores migrarem cada vez mais para os títulos prefixados e corrigidos por índice de preços”,
finalizou Fernando Garrido.
 


Fonte: Ministério da Fazenda





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