Magazine Luiza - Atualização de Preços
Resultados impressionantes que deixam para trás nosso conservadorismo
Após dois trimestres consecutivos de resultados impressionantes, quando os números superaram as nossas previsões, o consenso da rua e a média do mercado, colocamos a nossa visão conservadora da Revista Luiza e revisamos nossas estimativas.
Na verdade, acreditamos que a empresa poderia fornecer números sólidos durante o 1S17, mas não em um nível tão alto. É verdade que as retiradas de fundos inativos (FGTS) de alguma forma beneficiaram vendas no segmento durante o período.
No entanto, podemos ter assumido a capacidade de execução impecável da empresa, que tem se traduzido em um crescimento robusto e lucrativo, mesmo contra um cenário macro ainda difícil.
Enquanto outros concorrentes no mercado parecem estar distraídos com transações de aquisição, mudanças em seu modelo de negócios e dificuldades financeiras, a Revista Luiza tem se concentrado exclusiva e exclusivamente na aceleração de vendas e na melhoria da lucratividade.
Embora acreditemos que o crescimento da linha superior de 13% aa no 2S06 é uma base sólida de comparação para o próximo semestre, acreditamos que a empresa está preparada para continuar seu ritmo de crescimento.
Nossas novas estimativas, portanto, refletem uma visão mais otimista em relação ao desempenho do MGLU nos próximos anos, especialmente em relação à linha superior.
Quanto à rentabilidade, prevemos margens operacionais estáveis, que, em nossa opinião, já alcançaram níveis sustentáveis. Acreditamos que a empresa deve aproveitar seu nível confortável de margens operacionais para investir mais ganhos na melhoria do atendimento ao cliente e competitividade.
Depois de colocar nosso TP em análise, agora estimamos um novo preço-alvo YE18 de R$515,00 / ação, com uma recomendação de Outperform.
De acordo com nossas novas estimativas, o MGLU3 está sendo negociado em 11,4x EV / EBITDA e 29,6x P / E YE18, contra uma média histórica (5 últimos) de 5,7x e 44,3x, respectivamente.
A MGLU superou os demais jogadores de forma consecutiva ...
Durante o 1S17, as vendas aumentaram 24,3% aa, totalizando R $ 6,6 bilhões, na parte de trás de um forte desempenho de ambos os Bricks & Mortars (SSS de + 13,0% aa) e o e -commerce channel (+ 55,8% ano/ano).
No mesmo período, o mercado de bens duráveis como um todo aumentou 5,6% aa, de acordo com o IBGE, e o comércio eletrônico + 7,5% aa, de acordo com a Ebit, o que significa que a revista Luiza vem ganhando consistentemente participação de mercado .
... como resultado de uma combinação de fatores externos e internos.
Olhando para o ambiente competitivo, o principal player da B & M foi colocado à venda pelo seu controlador, enquanto a principal plataforma de comércio eletrônico do mercado está se concentrando em mudar seu modelo de negócios para aumentar a participação na operação do mercado.
Embora essas empresas tentam manter seu foco em seus negócios principais, a distração acaba por ser inevitável. Quando consideramos os jogadores menores, a maioria deles não estava bem estruturada para enfrentar as crises econômicas. Alguns faleceram e outros enfrentaram dificuldades financeiras.
Por outro lado, quando olhamos dentro da Revista Luiza, vemos uma empresa totalmente focada em seu core business, com uma plataforma totalmente integrada de operações on-line e off-line.
Os investimentos permanecem em níveis elevados, tanto na tecnologia (para melhorar a plataforma de comércio eletrônico) quanto em novas lojas, enquanto a maioria dos varejistas vem reduzindo suas cadeias.
A digitalização das lojas vem melhorando o atendimento ao cliente e trazendo mais agilidade aos procedimentos de vendas. Investimentos de marketing assertivos têm impulsionado o download do aplicativo da Revista. A equipe parece estar motivada, uma vez que as boas vendas por muitos meses consecutivos significam maiores comissões e participação nos lucros.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, CNPI, analista senior do BB Investimento