Diário do Mercado na 6ª feira, 20.10.2017
Sem notícia nova, bolsa opera em compasso de espera
Resumo.
No cenário doméstico, o fluxo permaneceu mais fraco do que o normal na bolsa nesta sexta-feira, mas, a sessão ainda terminou ligeiramente positiva, influenciada pelo desempenho favorável dos índices de Wall Street.
Em verdade, sem notícia nova que trouxesse um direcionamento novo, foi o 13º pregão que o índice cincundou os 76 mil pts.
No País, a inflação medida pelo IPCA-15 subiu este mês para 0,34%, conforme previra o mercado, mas, ainda permaneceu sob controle e com folga, abaixo do piso de 3,0% no acumulado em 12 meses.
No exterior, o fortalecimento da reforma tributária de Trump, com a aprovação pelo congresso dos EUA do orçamento de 2018, gerou apreciação generalizada do dólar perante a maioria das moedas pelo mundo e alta nos rendimentos dos Treasuries (títulos da dívida norte-americana).
Ademais, seguem as especulações sobre o substituto da chairwoman do Fed, Janet Yellen - desta vez, o nome aventado é de Jerome Powell, diretor do Fed com visão mais branda sobre a política monetária.
Ibovespa.
O índice doméstico operou durante toda a sessão em campo positivo, chegando próximo ao patamar dos 77 mil pts, sem força, entretanto, para ultrapassá-lo, em dia de volume mais baixo que a média do último mês.
A alta foi sustentada pela valorização de alguns papéis atrelados ao dólar e pela Petrobras, enquanto, por outro lado, Ambev, Bradesco e Santander recuaram.
O índice encerrou aos 76.390 pts (+0,14%), acumulando então -0,78% na semana (interrompendo sequência positiva de duas semanas), +2,82% no mês, +26,84% no ano e +19,66% em 12 meses.
O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,150 bilhões, sendo R$ 7,907 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa - Na 4ª feira, 18.10, último dado disponível, os investidores estrangeiros retiraram R$ 354,988 milhões da bolsa, diminuindo o saldo positivo do mês para R$ 122,426 milhões. No ano, o ingresso estrangeiro líquido acumula R$ 14,905 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IPCA-15 variou +0,34% em outubro (+0,11% em setembro) - consenso em +0,35%, acumulando +2,25% no ano (6,11% em 2016) e 2,71% em 12 meses (+2,56% em setembro). Grupos pela alta: Transportes (+0,60%) e habitação (+0,66). Grupo pela baixa: Alimentos e Bebidas (-0,15%). A 2ª prévia do IGP-M mostrou variação de +0,30% em outubro, ante +0,41% em setembro – abaixo da projeção de +0,40%.
Nos EUA, as vendas de casas usadas tiveram elevação de 0,7% em setembro, ante recuo de -1,7% em agosto – melhor do que o consenso de -0,9%.
Câmbio e CDS
O dólar comercial (interbancário) seguiu o comportamento de valorização da divisa e dos yields no exterior, encerrando cotada a R$ 3,1890 (+0,44%). Assim, passou a acumular +1,27% na semana, +0,69% no mês, -1,94% no ano e +1,59% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos cedeu ligeiramente aos 170 pts, ante 171 pts de ontem.
Juros.
Os juros futuros fecharam a sessão em modesta alta, em dia de influência externa, com apreciação do dólar e impulso à pauta de reforma tributária do governo norte-americano. Os ajustes de alta foram mais expressivos na ponta longa da estrutura da curva.
Para a próxima semana.
No Brasil: Confiança industrial CNI, FGV Confiança do Consumidor, Taxa Selic, Investimento Estrangeiro Direto, Saldo em conta corrente, Resultado primário do governo central e Taxa de inadimplência de empréstimos pessoais.
Nos EUA: Pedidos de bens duráveis, Vendas casas novas, PMI Manufatura, Balança comercial, PIB anualizado T/T, Consumo pessoal e Sentimento Univ. de Michigan.
Na China: Lucros industriais A/A.
No Japão: PMI Manuf.
Zona do Euro: Juros do BCE e PMIs Manufatura de Alemanha, França e da região.
Reino Unido: PIB 3T17.
Confira no anexo a integra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 20.10.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES.
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