Diário do Mercado na 3ª feira, 24.10.2017
Ibovespa torna a subir e praticamente apaga perdas da véspera
Resumo.
O índice doméstico avançou hoje, apoiado nas altas dos papéis ligados às commodities, com volume financeiro melhor do que o apurado na negativa sessão de ontem.
No cenário político interno, os agentes seguem atentos ao placar da votação de amanhã da segunda denúncia contra os membros do governo na Câmara. Uma maior folga no placar a favor do governo poderá sinalizar viabilidade da continuidade de reformas no curto prazo, mas, o oposto poderá ser interpretado negativamente.
A quarta-feira também trará a definição da taxa básica de juros (Selic) pelo Copom – majoritariamente, o mercado espera corte de 75 pts-base, para 7,50% a.a.
O dólar continuou subindo com o cenário externo, onde prosseguiram especulações sobre o possível nome que presidirá o Fed, a partir de fevereiro de 2018, e com o fortalecimento do plano de corte de tributos pelo governo local. Já a abertura da temporada de balanços de empresas nos EUA levou as bolsas a registrarem ganhos – fato que favoreceu também a ascensão do mercado bursátil brasileiro.
Ibovespa.
O índice principiou o pregão ascendente, mas, sem força, chegou a se aproximar da cotação de abertura no início da tarde. A partir daí, a tendência de alta fortaleceu-se novamente, com as positivas bolsa de Nova York, atingindo a máxima intradiária aos 76.419 pts (+1,33%) próximo das 16 hs. Destaque para as valorizações do setor de siderurgia e da Vale - apoiada na alta do minério de ferro. O setor bancário e a Petrobras também subiram.
O índice encerrou aos 76.350 pts (+1,24%), praticamente apagando as perdas da véspera, passando a acumular -0,05% na semana, +2,77% no mês, +26,77% no ano e +19,19% em 12 meses. O giro preliminar da Bovespa foi de R$ 8,615 bilhões, sendo R$ 8,330 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 5ª feira, 19.10, último dado disponível, os investidores estrangeiros ingressaram com R$ 13,884 milhões na bolsa, mas, o saldo de outubro permanece negativo em R$ 238,999 milhões. No ano, o ingresso estrangeiro líquido acumula R$ 14,544 bilhões.
Agenda Econômica.
Prévia dos PMIs Manufatura. Nos EUA, 54,5 pts em outubro ante 53,1 pts em setembro – acima do consenso de 53,4 pts. Na Alemanha, o índice cedeu levemente a 60,5 pts em outubro, ante 60,6 em setembro – mais alto do que a projeção, em 60,0 pts.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou em terreno positivo durante toda a sessão, fechando pelo quinto dia consecutivo em alta. A divisa apresentou o mesmo comportamento observado no exterior perante as moedas dos emergentes.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2500 (+0,56%), renovando sua máxima desde o início de julho, acumulando +1,91% na semana, +2,62% no mês, -0,06% no ano e +4,27% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos manteve-se em 171 pts - mesma pontuação da véspera.
Juros.
Os juros futuros encerraram com ajustes de posicionamentos na véspera da decisão do Copom, alguns em alta, outros em baixa, e também influenciados pela apreciação do dólar e dos juros dos Treasuries.
Para a quarta-feira.
No Brasil: IPC FIPE- Semanal, FGV Confiança do Consumidor e Taxa Selic. Nos EUA: Pedidos de bens duráveis, Bens duráveis exc. transporte e Vendas de casas novas. Na Alemanha: Expectativas IFO. No Reino Unido: PIB.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 24.10.2018, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, WESLEY BERNABÉ, CNPI, e RICARDO VIEITES, todos do BB Investimentos
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