Diário de Mercado na 4ª feira, 08.11.2017
Possibilidade de andamento de reforma anima investidores
Resumo.
O Ibovespa recuperou hoje todas as perdas da véspera, quando findou em -2,55% - maior queda percentual em um dia desde o pregão do último dia 18 de maio, fechando com forte elevação de +2,69%.
A diligência do governo em prol da reforma da previdência, implementando mudanças no projeto a ser enviado ao congresso de modo a aumentar suas chances de aprovação, animou os agentes, que impuseram um rali na última hora de pregão.
As valorizações das bolsas norte-americanas também contribuíram para perspectivas positivas domésticas, com a cotação do dólar cedendo e os juros futuros recuando.
Ibovespa.
O índice principiou ascendente, mantendo-se com pequeno ganho durante boa parte do pregão, ainda que ficando abaixo do patamar dos 73 mil pts em alguns momentos. O movimento ascendente ganhou força na última hora de pregão, diante do empenho do governo objetivando a aprovação da reforma da previdência ainda em 2017 – mesmo que ainda mais enxuta que na tentativa anterior.
Quase todas as ações que compõe o índice encerraram positivas, exceto quatro papéis, a exemplo de Embraer e Cielo. Destaque para as vigorosas altas do setor bancário e da Petrobras.
O Ibovespa fechou aos 74.363 pts (+2,69%), acumulando +0,61% na semana, +0,07% no mês, +23,47% no ano e +15,91% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 9,403 bilhões, sendo R$ 9,098 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 2ª feira, 06.11, a saída líquida de capital estrangeiro foi de R$ 339 milhões. Em novembro, o saldo está negativo em R$ 814,753 milhões, mas, ainda tem entrada líquida de R$ 12,134 bilhões em 2017.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-DI (FGV) variou +0,10% em outubro, contra +0,62% em setembro – sendo a projeção em +0,08%. O índice segue denotando deflações de -1,94% no ano e de -1,07% nos últimos 12 meses. No desdobramento do indicador, o IPA (atacado) recuou -0,03% em outubro, já o IPC teve elevação de +0,33%, enquanto o INCC avançou +0,31%.
Na China, a balança comercial registrou superávit de $38,17 bilhões em outubro, contra $28,61 bilhões em setembro – próximo ao consenso de $39,10 bilhões. As exportações avançaram +6,9% em outubro, ante +8,0% em setembro – com projeção de +7,2%. Já as importações tiveram elevação de +17,2% no mesmo mês, frente a avanço de +18,6% em setembro - próximo ao consenso de +17,0%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) principiou a sessão em baixa e assim permaneceu durante todo o pregão. Com a queda da divisa frente às principais moedas no exterior, o dólar bateu na cotação de R$ 3,2440 na mínima intradiária, mas, voltou a se aproximar da cotação da abertura no fim da manhã.
A moeda encerrou cotada a R$ 3,2580 (-0,55%), acumulando -1,42% na semana, -0,40% no mês, +0,18% no ano e +2,68% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos manteve-se igual aos 177 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros fecharam a sessão regular em baixa, depois de alta nas taxas de médio e longo prazos na véspera. Mesmo com a alta no rendimento dos Treasuries, a desvalorização do câmbio e a movimentação do governo em direção à continuidade da agenda de reformas puxaram as taxas para baixo.
Para a quinta-feira.
Nos EUA: Novos pedidos seguro-desemprego, Seguro-desemprego, Estoques no atacado e Vendas de negócio no atacado;
Na Alemanha: Balança comercial, Exportações e Importações;
Na França: Balança comercial;
Na China: Investimento estrangeiro direto, Financiamento agregado e New Yuan Loans.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 4ª feira, 08.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos.
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