Diário de Mercado na 5ª feira, 09.11.2017
Indefinições interna e externa induzem realizações
Resumo.
Após forte alta na véspera (+2,69%), que terminou por recuperar as perdas da segunda-feira (-2,55%), o índice tornou a realizar com vigor na sessão de hoje.
Internamente, o mercado ainda vislumbra dificuldades com o andamento da reforma da previdência e, externamente, o mau humor se acentuou no mercado norte-americano em razão de novos desdobramentos incertos em relação à reforma tributária do governo Trump. Ambas as questões seguem dando o tom e pesaram no pregão do Ibovespa.
A volatilidade dos últimos dias deverá perdurar até que haja uma definição, que tanto poderá levar o índice para cima, como para baixo – próximos suporte em torno de 71.300 pts e de 68.700 pts, com resistências próximas de 74.400 pts e de 77.000 pts.
Ibovespa.
O índice abriu decaindo e manteve tendência de baixa ao longo de todo o pregão Em termos de contribuições, pode-se dizer que hoje foi o inverso da véspera. Itaú, Bradesco, Vale e Petrobras foram os destaques de baixa. Por outro lado, alguns papéis ligados ao câmbio encerraram com valorizações, em um comportamento defensivo dos gestores, a exemplo de de Fibria e Suzano.
O Ibovespa fechou aos 72.930 pts (-1,93%), acumulando agora -1,33% na semana, -1,85% no mês, +21,09% no ano e +15,29% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 8,855 bilhões, sendo R$ 8,660 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 3ª feira, 07.11, a saída líquida de capital estrangeiro foi de R$ 962 milhões. Em novembro, o saldo está negativo em R$ 1,777 bilhão, mas, ainda tem entrada líquida de R$ 11,181 bilhões em 2017.
Agenda Econômica. Nos EUA, os estoques no atacado mantiveram-se com crescimento de +0,3% em setembro, ante +0,3% em agosto – em linha com o consenso de +0,3%. No Brasil, o destaque da semana é o IPCA, que será divulgado na manhã de amanhã, 10.11.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) teve comportamento volátil durante a sessão. A divisa principiou em tendência de baixa, mas, entre idas e vindas, fechou com ligeira valorização, descolando-se do comportamento da divisa frente a maioria das moedas no exterior.
O dólar encerrou cotado a R$ 3,2590 (+0,03%), acumulando -1,39% na semana, -0,37% no mês, +0,22% no ano e +1,12% em 12 meses.
Risco País. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos subiu ligeiramente aos aos 178 pts, ante 177 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros fecharam a sessão regular com ajustes de alta em quase toda a estrutura da curva. O receio em relação ao andamento da reforma da previdência continuou afetando as taxas nesta quinta-feira.
Para a sexta-feira.
No Brasil: IPC FIPE- Semanal, IGP-M 1ªP e IPCA / IBGE;
Nos EUA: Sentimento Univ de Michigan;
Na França: Produção do setor de fabricação e Produção industrial;
No Reino Unido: Balança comercial visível GBP/Mn, Produção industrial e Estimativa PIB NIESR.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 5ª feira, 09.11.2017, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, ambos da equipe do BB Investimentos