Diário do Mercado na 3ª feira, 26.12.2017
Ibovespa tem quarto avanço seguido com Embraer e varejistas
Resumo.
Mesmo diante da característica redução de liquidez no fim de ano, o índice doméstico subiu pelo quarto pregão consecutivo, igualando sequência positiva de setembro.
Dentre os direcionadores da alta estiveram o forte avanço da Embraer (+6,18%) - ainda em meio a expectativas sobre possível venda para a Boeing, a valorização do preço do barril de petróleo, bem como os ganhos auferidos na sessão pelas varejistas.
O cenário benigno da economia doméstica seguiu como alicerce do otimismo no mercado, fortalecido pela divulgação de dados favoráveis do relatório Focus - que trouxe revisões das projeções para baixo da inflação e para cima do PIB em 2018.
Ibovespa.
Em dia de poucos negócios, o índice principiou a sessão em baixa, marcando a mínima intradiária abaixo dos 75 mil pts nos primeiros dez minutos de pregão.
Não obstante, o movimento foi revertido ainda pela manhã e o Ibovespa passou a acumular ganhos durante a tarde, renovando máximas até o fim, do pregão. Embraer, Petrobras, Ambev, o setor de bancos e o varejista puxaram o avanço do índice. Na outra ponta, Eletrobras, Fibria e Suzano recuaram.
O Ibovespa encerrou aos 75.707 pts (+0,69%), acumulando +5,19% no mês, +25,70% no ano e +29,15% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 5,061 bilhões, sendo R$ 4,791 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa.
Na 5ª feira, 21.12, a entrada líquida de capital estrangeiro foi de R$ 230,129 milhões na bolsa, aumentando o saldo positivo de dezembro para R$ 2,176 bilhões. No ano, o ingresso líquido de capital estrangeiro acumula R$ 11,938 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, os custos da construção (FGV) desaceleraram a +0,14% em dezembro, ante alta de +0,28% em novembro – com consenso em +0,28%. O IPC-S (FGV) variou +0,27% na terceira quadrissemana de dezembro, contra oscilação de +0,34% na leitura anterior – sendo a projeção de +0,29%.
Já o governo central apresentou superávit de R$ 1,3 bilhão em novembro, frente a R$ 5,2 bilhões em outubro – acima do déficit esperado pelo mercado de R$ 7,3 bilhões.
Focus.
O ano de 2017 adentrou sua semana final, o que tende a manter predominante morosidade nos mercados mundo afora, mas a percepção dos agentes quanto à melhora do clima econômico brasileiro permanece em constante escalada positiva.
No Focus desta semana, o PIB projetado continuou protagonizando tal viés ao marcar o quarto avanço consecutivo para este ano e o sexto para 2018. De forma análoga, permanecem auspiciosas as projeções de inflação ao consumidor (IPCA) e juros (Selic), com a primeira solidificando-se abaixo da meta do governo para este ano – e em queda pela quinta semana consecutiva – e a segunda denotando mais espaço para cortes conforme consenso de mercado visto na curva de juros futuros.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) operou durante toda a sessão em campo negativo, alinhado ao recuo da divisa face a alguns pares emergentes. A mínima intradiária foi atingida no início da tarde, quando a divisa chegou a valer R$ 3,3110 (-0,81%).
A moeda fechou cotada a R$ 3,3140 (-0,72%), acumulando +1,35% no mês, +1,91% no ano e +1,13% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos teve ligeira queda a 163 pts, ante 164 pts da última sexta-feira.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão com ajustes de baixa na maior parte da estrutura da curva, com movimentos mais relevantes nas taxas de médio e longo prazos. Em dia de liquidez reduzida, a queda do dólar e o rebaixamento das projeções da Selic e do IPCA no relatório Focus para 2018 influenciaram o recuo dos vértices.
Para a terça-feira.
Brasil: CAGED - criação de empregos formais;
EUA: Conf. Board confiança do consumidor e vendas de casas pendentes;
Alemanha: vendas a varejo;
Japão: construção de casas novas, vendas a varejo e produção industrial;
China: saldo da conta corrente.
Confira no anexo a íntegr do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 26.12.2017, elaborado por Rafael Reis, CNPI-P, e Ricardo Vieites, CNPI, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos
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