Diário do Mercado na 5ª feira, 28.12.2017
Rali de fim de ano aproxima Ibovespa de recordes históricos
Resumo.
No último dia de pregão na bolsa brasileira, o Ibovespa confirmou melhor sequência positiva desde maio, com seis avanços consecutivos. O mercado aguardava ainda possível rebaixamento do rating brasileiro pela agência de classificação de risco S&P, o que acabou não ocorrendo.
Deste modo, o otimismo com a retomada econômica do país permaneceu sendo pano de fundo para o desempenho do índice doméstico, que, com o rali dos últimos dias, encerrou 2017 acima dos 76 mil pts, com valorização acumulada no ano superior a 26%.
Ibovespa.
Com volume abaixo da média do mês, o Ibovespa operou durante todo o pregão em terreno positivo. O índice chegou a perder força no meio da tarde, sofrendo leve correção, mas firmou tendência ascendente a caminho do fechamento e encerrou próximo às máximas da sessão. Petrobras, Vale e Bradesco foram destaques de alta dentre as blue chips, enquanto Ambev, Estácio e Hypermarcas registraram recuo relevante.
O Ibovespa encerrou aos 76.402 pts (+0,43%), acumulando +1,62% na semana, +6,16% no mês, +26,86% no ano e +27,80% em 12 meses. O volume preliminar da Bovespa foi de R$ 7,01 bilhões, sendo R$ 6,55 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa. Na 3ª feira, 26.12, a entrada líquida de capital estrangeiro foi de R$ 34,513 milhões na bolsa, aumentando o saldo positivo de dezembro para R$ 2,835 bilhões. No ano, o ingresso líquido de capital estrangeiro acumula R$ 12,597 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o resultado primário do setor público consolidado registrou déficit de R$ 909 milhões em novembro, ante superávit de 4,8 bilhões em outubro – acima do consenso que previa resultado negativo de R$ 5,8 bilhões.
O déficit acumulado nos últimos 12 meses é de R$ 148,999 bilhões. Já o resultado nominal do setor público consolidado registrou déficit de 30,0 bilhões em novembro, contra resultado negativo de R$ 30,5 bilhões em outubro – enquanto o mercado aguardava déficit de R$ 40,8 bilhões.
O coeficiente da dívida líquida em relação ao PIB do setor público subiu de 50,7% em outubro para 51,1% em novembro – ligeiramente abaixo da projeção de 51,2%.
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) navegou em campo negativo na maior parte da sessão, acompanhando cenário externo mais favorável aos emergentes. A moeda chegou a valer R$ 3,2960 (-0,48%) na mínima intradiária, mas, recuperou-se na última hora de pregão fechando praticamente estável.
A divisa encerrou cotada a R$ 3,3150 (+0,09%), acumulando -0,69% na semana, +1,38% no mês, +1,94% no ano e +1,16% em 12 meses. O risco medido pelo CDS Brasil 5 anos manteve-se a 163 pts pelo terceiro dia consecutivo.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com ajustes de baixa nas taxas de médio e longo prazos. O ambiente externo mais favorável e o recuo do dólar na maior parte do pregão influenciaram o movimento em dia de volume de negócios reduzido.
Para a sexta-feira.
Brasil: taxa de desemprego; zona do euro: Oferta monetária M3 A/A; Alemanha: IPC e núcleo do IPC.
Para sábado. China: PMI manufatura e PMI não manufatura.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento da bolsa na 5ª feira, 28.12.2017, elaborado por RAFAEL REIS, CNPI-P, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos integrantes da equipe do BB Investimentos
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