O chefe do GSI Gabinete de Segurança Institucional, ministro Sérgio Etchengoyen, ofereceu à presidente do STF Supremo Tribunal Federal, ministra Carmem Lúcia, ajuda do governo federal para apurar as responsabilidades sobre o ataque ao prédio no qual a ministra tem apartamento em Belo Horizonte.
Nesta 6ª feira, 06.04, o edifício foi todo pichado de vermelho com frases que atacavam o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato na primeira instância, e o presidente Michel Temer.
Segundo a assessoria de imprensa do GSI, o general Etchengoyen telefonou para Carmem Lúcia para prestar solidariedade e apoio e ressaltou que considerou "lamentável" o ocorrido.
Procuradas pela Agência Brasil, nem a assessoria do STF, nem a assessoria do GSI informaram se a ministra aceitou a ajuda.
Repercussão
Ontem, várias entidades manifestaram-se sobre o ocorrido. A AMB Associação dos Magistrados Brasileiros repudiou os atos de vandalismo e destacou que
"tem advertido constantemente para os riscos que a democracia brasileira tem corrido, pela intolerância que determinados segmentos tem pregado, com incitações à quebra da normalidade democrática".
Já o vice-presidente da OAB Ordem dos Advogados do Brasil, Luís Cláudio Chaves, disse que qualquer ataque a magistrados no exercício da função jurisdicional tem que ser repudiado.
A Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra), por sua vez, afirmou que nenhum magistrado pode ser constrangido ou punido por suas decisões.