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Investimentos

26 de Abril de 2018 as 22:04:06



INVESTIMENTOS - VALE Resultados no 1º trimestre/2018: EBITDA Forte, US$ 3,97 BI


VALE - Resultados no 1º Trimestre/2018
 
Consolidando a estratégia
 
 
A Vale divulgou os resultados do 1T18 ontem à noite, trazendo números resilientes, seguindo a estratégia da companhia de melhorar margens. Assim, apesar da queda nos volumes vendidos no trimestre, a empresa conseguiu trazer um EBITDA forte de USD 3.971 milhões (3,4% abaixo t/t e 7,7% menor a/a). 
 
A surpresa positiva ficou com o negócio de carvão, o qual trouxe um EBITDA pro período de USD 104 milhões (+41% t/t e +51% a/a), resultado dos esforços da empresa em aumentar a rentabilidade da operação. Ressaltamos, ainda, a estratégia da empresa em consolidar a Vale como uma companhia premium também no segmento de níquel, que falaremos mais ao longo do relatório. 
 
No nosso relatório de prévias, reportamos um EBITDA de USD 4.387 mm, resultado de um cálculo errado no preço do MF CFR/FOB para a Vale. Usamos, primeiramente, um valor em USD 68,5/t, quando na verdade este valor era de USD 66,5/t, de acordo com nossas projeções. 
 
Assim, ao inserirmos o valor correto, nosso EBITDA esperado teria sido de USD 3.943 mm, devido a uma diferença no EBITDA de Minerais Ferrosos de USD 326 mm. Isto posto, a Vale reportou um EBITDA em linha com nossas expectativas e, desta forma, reafirmamos nosso call positivo para o papel.
 
A empresa confirmou sua posição prêmio no segmento de Minerais Ferrosos, com seus produtos de alta-qualidade sendo negociados com prêmios de USD 5,2/t sobre o Platts 62%. A participação dos produtos do sistema Norte alcançou 76% no trimestre, afetando positivamente o EBITDA. 
 
Adicionalmente, destacamos a nova estratégia para metais básicos, especialmente no que tange o negócio de níquel. Além da redução da produção e dos investimentos no segmento, a empresa deve agora focar no aumento do prêmio pago aos produtos de maior qualidade, como o níquel Classe I, usado principalmente em aplicações especiais, onde maior qualidade e pureza são necessárias.
 
Com a demanda por estes produtos crescendo – e a tendência parece positiva – as vendas da empresa deverão ser direcionadas ao mercado premium com maiores preços realizados. Desta maneira, acreditamos que o guidance da empresa de aumentar a participação de Metais Básicos para 30% nos resultados (atualmente 17%) seja facilmente alcançado, especialmente no caso de um boom na demanda por veículos elétricos.
 
Por estas razões, mantemos nosso preço-alvo 2018 para VALE3 de USD 16,5 por ação (BRL 56,00), mantendo nossa recomendação Outperform. Os principais riscos relacionados à companhia ficam em 
 
(i) preços de MF, que têm oscilado fortemente, 
(ii) os altos níveis de estoques nos portos Chineses e, 
(iii) falha da companhia em implementar sua estratégia no segmento de metais básicos, considerando que esta depende de maior demanda nosmercados premiums e maior disposição dos clientes em pagar maiores prêmios por produtos premium.
 
Minerais Ferrosos
 
EBITDA forte com aumento da participação de produtos de alta qualidade. No trimestre, os volumes vendidos chegaram a 71,2 mt, 11% abaixo do 4T17, seguindo a estratégia da companhia de valor sobre volume. 
 
As vendas de produtos premium representaram 76% do total vendido no trimestre, ante 70% no 4T17. O preço realizado CFR/FOB subiu para USD 66,4/t no período, espelhando os aumentos nos preços médios internacionais e aumento de volumes do sistema norte. 
 
Consequentemente, as receitas no segmento somaram USD 6,527 mm, -2,6% t/t e +0.5% a/a, apesar da queda nos volumes. Os custos vieram estáveis t/t, apesar dos volumes mais baixos. O Custo caixa C1 ficou em USD 14,8/t no período, em linha t/t. Como resultado, o EBITDA ficou em USD 3.408 mm,
caindo 0,5% t/t.
 
Metais Básicos: virando premium.
 
As receitas de níquel totalizaram USD 790 mm, USD 151 mm menor t/t impactado por menores volumes vendidos e parcialmente compensados por maiores preços realizados. O volume de vendas somou 58kton, 22kton abaixo do trimestre anterior. Como mencionamos, a Vale também decidiu focar no mercado premium para níquel. 
 
A empresa possui um produto de alta qualidade, classificado como Classe I, e sua estratégia agora deve ser melhorar os prêmios pagos por estes produtos, de acordo com sua qualidade, aproveitando a demanda crescente no segmento. Já para o cobre, as receitas totalizaram USD 511 mm, USD 233 mm abaixo do 4T17, num movimento similar ao do níquel. 
 
Os volumes vendidos ficaram em 88kton, 23kton abaixo do 4T17. Em geral, os COGS somaram USD 953 mm, (+USD 83 mm t/t). Por fim, o EBITDA pro segmento ficou em USD 644 mm.
 
Carvão: preços internacionais elevados ajudam o EBITDA.
 
As receitas somaram USD 380 mm no 1T18, comparado aos USD 402 mm do trimestre anterior, impactada por maiores preços, espelhando os esforços da empresa em aumentar o percentual de seus contratos vinculados ao preço spot do produto.
 
As vendas de carvão metalúrgico ficaram em 1.432 mt, 16.5% abaixo t/t. Já o carvão térmico teve vendas de 1.065 mt, queda de 13,3% t/t. Assim, o EBITDA do segmento somou USD 104 mm, 41% acima t/t e 51% a/a.
 
Endividamento e Lucro Líquido.
 
No período, a dívida bruta ficou em USD 20.276 bi, USD 2.213 bi abaixo de dez/17. A dívida líquida reduziu USD 3.242 bi, somando USD 14.901 bi.
 
A dívida líquida/EBITDA reduziu para 1,0x de 1,2x em dez/17. O lucro líquido, por sua vez, fechou em USD 1.590 mm no trimestre De acordo com a nova política de dividendos, a remuneração de acionistas do 1T18 deve ser de USD 1.033 bi, acrescida de 30% do EBITDA ajustado
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da VALE no 1º trimestre/2018, elaborado por Gabriela E Cortez, CNPI Analista Senior do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Gabriela E Cortez, CNPI Analista Senior do BB Investimentos





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