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Investimentos

18 de Maio de 2018 as 02:05:42



CSN Resultado no 1º Trimestre/2018: Abaixo de Estimativas


CSN  -  Resultado no 1º Trimestre/2018
 
Venda de Ativos, finalmente.
 
 
A CSN divulgou os resultados do 1T18 em 14.05, com um EBITDA de BRL 1.242 mm, 2% abaixo das nossas estimativas, apesar de 9,6% acima do trimestre anterior e 6,8% abaixo do mesmo período de 2017.
 
Os resultados foram impactados por melhor desempenho no mercado doméstico, principalmente em razão de maiores preços realizados e maior volumes vendidos, apesar da queda nas exportações e maiores custos no período. 
 
No segmento de mineração, houve melhoras em termos de preço realizado, mas a produção veio abaixo das nossas expectativas, assim como as vendas.
 
A alavancagem piorou um pouco no trimestre, mas, como mencionamos anteriormente, o impacto de uma Selic mais baixa (taxa de juros do Brasil) deve beneficiar as despesas financeiras da empresa, contribuindo para um resultado financeiro melhor a partir de agora.
 
A venda de ativos continua mandatória e, após um longo período sem notícias relevantes, ontem a CSN anunciou a venda de sua subsidiária nos EUA, a CSN LLC. O valor negociado soma USD 400 mm, ainda a serem ajustado pelo capital de giro e a serem pagos dentre 90 dias.
 
A companhia espera reduzir seu endividamento líquido em BRL 1,8 bi, com a conclusão do acordo. Importante mencionar que a CSN não pretende sair do mercado americano, como foi insistentemente informado no call de resultados, e deve manter suas operações comerciais e as atividades de distribuição.
 
A CSN tem se empenhado em entregar as promessas feitas no passado no que tange a desalavancagem, não só por meio de melhorar o desempenho operacional e rolando dívidas, mas também via as tão-esperadas vendas de ativos. O primeiro passo foi dado com o acordo da LLC e mais deve estar por vir, de acordo com a administração. 
 
A empresa espera que sua dívida líquida/EBITDA caia à 3,0x-3,5x até o fim do ano, resultante de BRL 3 bi em vendas de ativos. 
 
Os recursos deverão advir 
 
(i)   das ações da Usiminas, 
(ii)  TECON, 
(iii) a subsidiária em Portugal e, 
(iv) ativos de mineração não-principais. 
 
Com relação às condições macro, as perspectivas arrefeceram um pouco, com o Focus (BACEN) projetando um crescimento de PIB de 2,5% (antes 2,5%), ainda forte, mas lembramos que muito do desempenho das siderúrgicas é atrelado ao crescimento econômico. 
 
Ainda, devemos esperar incertezas para o período eleitoral no 2S18. Com isto em mente, mantemos nosso preço-alvo de 2018 em BRL 8,50, com a recomendação Market Perform. Este preço não incorpora o acordo da LLC.
 
 
Resultados consolidados. 
 
A receita líquida somou BRL 5,066 mm no trimestre, 5% abaixo das nossas estimativas, mas crescendo 2,9% t/t e 14,8% a/a, especialmente em razão de preços mais altos e volumes melhores de aço no período. Os custos no trimestre foram altamente impactados por preços mais altos de carvão e MF. 
 
Com relação às despesas G&A, houve melhora em percentual da receita (de 2,5% para 2,0%) devido à maior diluição. A companhia reportou um ganho na valorização das ações da Usiminas no trimestre, adicionando BRL 1.797 mm aos resultados da CSN. O EBITDA, como mencionado, somou BRL 1.242 mm no período, 2% abaixo das nossas estimativas e 6,8% abaixo do 1T17 (embora +9,6% t/t).
 
 
Segmento de siderurgia: custos de matéria prima afetam resultados. 
 
No trimestre, o segmento de aço foi negativamente afetado por custos mais altos de matéria prima, como carvão e MF. O aumento nos custos chegou a 8,6% t/t, para BRL 2,900 mm, comparado a um aumento de 7% t/t nas receitas, para BRL 3.674 mm. 
 
Assim, o EBITDA ficou em BRL 690 mm, uma queda de 3,2% t/t. Preços mais altos no mercado doméstico e nos mercados internacionais, somados a maiores volumes vendidos no Brasil, beneficiaram as receitas. 
 
Somados a estes pontos positivos, ressaltamos também a maior participação dos produtos revestidos como percentual do volume vendido. 
 
Os produtos galvanizados representaram 31% das vendas totais, espelhando a demanda aquecida no segmento automotivo.
 
 
Segmento de Mineração: vendas menores devido a menor produção. 
 
A produção de MF foi prejudicada por uma estação mais chuvosa que o esperado. Consequentemente, o total de Mf produzido pela empresa ficou em 6.129kton, 4% abaixo do 4T17. 
 
As compras de terceiros somaram 1.487kton, também caindo 19% t/t. Já para as vendas, estas somaram 7.474kton, uma queda de 22% comparado ao trimestre anterior. 
 
As receitas, então, foram afetadas negativamente por menores volumes vendidos, parcialmente compensados por melhores preços realizados e por um Platts mais alto no período, fechando em BRL 1.152 mm (-2% t/t). O preço do MF da CSN ficou em USD 55,9/t. O EBITDA ajustado, assim, somou BRL 442 mm, alta de 26% t/t.
 
 
Endividamento e Resultado Financeiro. 
 
A despesa financeira líquida somou BRL 594 mm no trimestre, 10% acima das nossas estimativas, mesmo com o efeito positivo de BRL 264 mm advindos de uma taxa Selic menor. Com relação ao endividamento, a dívida bruta somou BRL 29.577 mm no 1T18, diminuindo 3,3% ante o 4T17, enquanto a dívida líquida ficou estável em BRL 26.508 mm. 
 
A dívida líquida/EBITDA, por sua vez, ficou em 5,82x, contra 5,62x no 4T17 e 5,42x no 1T17. 
 
Finalmente, o lucro líquido fechou o trimestre em BRL 1.486 mm comparado aos BRL 378 mm no 4T, principalmente pelo efeito das ações da Usiminas. 
 
 
Riscos. 
 
Dentre os riscos que podem afetar nossa tese de investimentos, elencamos 
 
(i)    retomada mais longa que o esperado da economia brasileira, 
(ii)   desaceleração da economia chinesa, 
(iii)  queda nos preços do MF, 
(iv)  falha na rolagem das dívidas e, 
(v)   não efetivação do plano de desinvestimento da empresa.
 
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da CSN no 1º trimestre/2018, elaborado por GABRIELA E. CORTEZ, CNPI Analista senioor do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E. CORTEZ, CNPI Analista senioor do BB Investimentos. Chamada de Capa da Redação JF





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