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Investimentos

Terça-Feira, Dia 12 de Junho de 2018 as 00:06:40



Investimentos AGRONEGÓCIO Perdas no Mercado de Capitais em Maio


Agronegócio

Em Maio de 2018

Greve, menor confiança econômica e questões políticas levaram o mercado de capitais a perdas significativas

 

Após 3 meses de estabilidade, o índice Bovespa encerrou maio com queda de 10,87%, atingindo 76.753 pontos. A turbulência interna, a estrutura eleitoral incerta e a greve inesperada dos caminhoneiros, que deverão afetar o balanço das empresas no 2T18, pressionaram o mercado global no período.

A questão da guerra comercial EUA-China e a maior probabilidade de aumentos das taxas de juros nos EUA geraram tensão adicional no mercado. Apenas mid e small caps -- fora do radar, mas com boas perspectivas para 2018 -- acabaram subindo.

Nesse sentido,  acompanhando a recuperação dos preços do etanol no mês, o SMTO3 cresceu 3,2% no período, seguido, mais uma vez, pelo SLCE3, com alta de 1,3% mês/mês, o último acumulando expressivo aumento de 145,1% no LTM. Por outro lado, a OFSA3 caiu 16,1% no mês.

Milho.

A seca em algumas regiões produtoras pode afetar a produtividade da 2ª safra. Assim, os produtores reduziram o ritmo das negociações, o que elevou os preços dos cereais.

Além disso, a greve dos caminhoneiros causou uma escassez de consumo, contribuindo para um aumento de preço ainda maior durante o mês. As exportações brasileiras em maio atingiram 56,9 mil toneladas (-81,7% aa).

Algodão.

Produtores focados em entregas relacionadas a contratos, a falta de estoques para negociar no mercado spot e a greve dos caminhoneiros levaram os preços a aumentar em maio. As exportações brasileiras no período atingiram 18,5 mil toneladas (-5,6% aa).

Soja.

Devido ao alto nível de estoques nos portos, as exportações de oleaginosas não foram prejudicadas durante a greve dos caminhoneiros. As expectativas de uma boa produtividade na safra brasileira e melhores condições climáticas nos EUA mantiveram os preços domésticos inalterados no final de maio. As exportações brasileiras no mês alcançaram 12.353,5 mil toneladas (+ 12,7% ano/ano).

Açúcar e Etanol.

A moagem no Centro-Sul, divulgada pela UNICA, atingiu 102,5 milhões de toneladas de cana (+ 27,3% ano/ano) até a 1ª quinzena de maio (último dado disponível), com um mix de 35,2% de açúcar (-9,0 pp ano/ano) e 64,77% de etanol.

Açúcar.

O esmagamento na região Centro-Sul foi interrompido devido à greve dos caminhoneiros que levou à falta de combustível nas usinas. Como resultado (e também após uma recuperação parcial dos preços dos adoçantes no mercado internacional), os preços subiram no período.

A produção de açúcar até a 1ª quinzena de maio (último dado disponível) divulgada pela UNICA atingiu 4,1 milhões de toneladas (+ 4,9% ano/ano). As exportações de adoçantes brasileiros atingiram 2,17 milhões de toneladas (-14,1% ano/ano) em maio, segundo o MDIC, no valor de US$ 634,5 milhões (-38,8% ano/ano).

Etanol.

A necessidade de caixa para cumprir as obrigações no final de abril e início de maio, juntamente com a necessidade de liberar espaço para a entrada da produção da nova safra, levou as usinas a vender etanol a preços mais baixos.

Mais tarde, usinas e distribuidores começaram a intensificar as negociações com novos níveis de preços, antecipando novos preços para os combustíveis fósseis.

A produção de etanol até a 1ª quinzena de maio (último dado disponível) divulgada pela UNICA atingiu 4,8 milhões de litros (+ 54,8% ano/ano), 1,2 milhões de litros de etanol anidro (+ 8,9% ano/ano) e 3,6 milhões de litros etanol hidratado (+81,3% ano/ano).

 

Outlook Agro:

Milho.

O fim da greve dos caminhoneiros exigiu uma oferta adicional pelos centros de consumo. No entanto, o aumento nos preços de frete e a seca observada no outono em algumas das principais regiões produtoras do país serão os principais responsáveis ​​pelo reajuste do preço do cereal. Apesar das perspectivas de uma menor 2ª safra, acreditamos em uma retração nos preços em junho, devido ao forte aumento de maio.

Algodão.

A contração dos compradores nos níveis atuais de preços e a intensificação da colheita de algodão ao longo de junho, com o consequente aumento da disponibilidade, deverão proporcionar uma retração nos preços do algodão nas próximas semanas.

Soja.

Esperamos que a soja aumente ao longo de junho devido a:

i) a substituição de sementes oleaginosas pela indústria,

(ii) a compra de farelo pelos mercados de aves e suínos,

(iii) a maior demanda externa devido à quebra de safra na Argentina, e

(iv) o lento ritmo das negociações pelos produtores, aguardando melhores preços durante a segunda metade do ano; ano.

 

Açúcar e Etanol.

Açúcar

O início do ano-safra 2018/19 mostrou um mix fortemente voltado para a produção de etanol. O maior ritmo de esmagamento, devido à falta de chuvas na região Centro-Sul, que responde por cerca de 90% da moagem de cana-de-açúcar, levanta dúvidas sobre os números de produção e produtividade a serem alcançados nesta safra (626,0 milhões de toneladas). cana a ser moída e 35,5 milhões de toneladas de açúcar a serem produzidas), segundo a Conab

Em seu último relatório mensal, a Organização Internacional do Açúcar (ISO) observa que o mês de maio mostrou um aumento nos preços do açúcar após 5 meses consecutivos de queda, bem como uma redução na posição líquida dos lotes de açúcar vendidos pelos fundos de hedge de 160,8 k lotes em 1º de maio a 79,6k lotes em 29 de maio, o que pode indicar alguma reversão na tendência dos preços.

A entidade também comentou a greve dos caminhoneiros, que interrompeu a produção de adoçantes na região Centro-Sul. Esse conjunto de fatores nos leva a acreditar na recuperação dos preços dos adoçantes. No entanto, a perspectiva de um superávit de produção continua trazendo alguma volatilidade de preços ao longo de junho.

Etanol.

Devido à alta acentuada do preço do etanol em maio e à queda do preço do petróleo verificada no início de junho, esperamos alguma pressão sobre os preços do etanol em junho, parcialmente compensados ​​pelos efeitos da greve dos caminhoneiros.

 

Resultados divulgados em maio:

Ouro Fino (OFSA3).

A empresa divulgou os resultados do 1T18 em 8 de maio, registrando lucro líquido de R $ 3,6 milhões, devido ao aumento de vendas em animais de produção (+ 20,8% ano/ano), animais domésticos (+ 15,9% ano/ano) e operações internacionais (+38,8 % ano/ano) segmentos. Maior volume negociado, aumento de preços, valorização do câmbio em suas operações internacionais e melhores margens completaram positivamente o cenário.

SLC Agrícola (SLCE3).

A empresa divulgou seus resultados do 1T18 em 9 de maio, mostrando um grande aumento de 101,6% aa em seu lucro líquido, que atingiu R $ 169,3 milhões. O aumento nas vendas de algodão (+ 115,2% ano/ano), o milho (+ 40,5%) e os efeitos dos ativos biológicos levaram a empresa a alcançar um recorde em termos de rentabilidade.

Fertilizantes Heringer (FHER3).

A empresa divulgou seus resultados do 1T18 em 14 de maio, registrando perdas de 46,7 milhões, devido ao aumento nos custos e despesas, apesar do aumento de 1,2% ano/ano no volume entregue.

 

Confira no anexo a pintegra do relatório preparado por MÁRCIO MONTES, CNPI, Analista do BB Investimentos  


Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: MÁRCIO MONTES, CNPI, Analista do BB Investimentos





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