Menor crescimento do PIB de Brasil e Argentina justifica a maior parte do declínio do crescimento da América Latina e do Caribe, em 2012.
A debilidade da economia mundial, causada principalmente pelas dificuldades enfrentadas pela Europa, EUA e China, refletiu-se no creescimento da América Latina e Caribe, região que terá uma expansão menor em 2012 que em anos anteriores, revelam estimativas apresentadas ontem, 02.10.2012, pela CEPAL.
Em seu Estudo Econômico da América Latina e do Caribe 2012, divulgado em Santiado do Chile, o organismo das Nações Unidas assinala que a desaceleração apresentada pelas economias durante 2011 estendeu-se durante todo o primeiro semestre de 2012, o que fez cair a projeção de crescimento para o ano como um todo a 3,2%, dos 3,7% anunciados em junho passado.
A região acumumulou valiosa experiência nos últimos anos, que lhe permitiu apresentar respostass adequadas às turbulências externas. O documento apresenta um elenco de medidas adotadas pelos governos para enfrentar as adversidades da economia internacional no período 2008-2012 e conclui que a maioria dos países tem hoje espaço fiscal para reagir com políticas contra cíclicas que permitam estabilizar a trajetoria do emrpego, os investimentos e o crdscimento.
Em 2012, grande parte dos países sulamericanos e centroamericanos, além do México, revela o Estudo, apresentará taxas de crescimento do PIB similares ou levemente inferiores às de 2011, em razão da expansão do consumo e, em menor medida, dos investimentos.
Argentina e Brasil, que tem peso consideravel dentro do PIB da região, e terão taxa de crescimento menor que o resto: 2,0% e 1,6%, respectivamente. Isso explica a maior parte da redução do crescimento da região em 2012, em comparação com 2011, quando registrou crescimento de 4,3%.