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Investimentos

26 de Julho de 2018 as 23:07:19



VALE Resultados no 2º trimestre/2018: Robustos e Consistentes


VALE Resultados no 2º trimestre/2018
 
Previsibilidade é agora uma realidade 
 
 
A Vale anunciou seus resultados do 2T18 na noite passada, 25.07, trazendo, uma vez mais, desempenho robusto, consistente com nossas expectativas, com EBITDA em linha t/t, apesar da queda observada nos preços de MF e os impactos negativos da greve dos caminhoneiros no período.
 
Na comparação anual, houve melhora em todas as linhas, especialmente beneficiado pelo ramp up de S11D e a performance do segmento de metais básicos.
 
Tivemos outros destaques no período: com relação a dividendos, a Vale confirmou o pagamento de US$ 2.054 mm como remuneração de acionistas, ou R$ 1,48036/ação, resultado de sua nova política de remuneração de acionistas, a serem pagos em setembro.
 
Adicionalmente, a empresa anunciou um programa de recompra de ações limitado a 80,000,000 ações ON ou ADSs, até o limite de US$ 1 bilhão. 
 
Ainda, visando a minimizar os efeitos de sua posição geográfica nas taxas de frete, a empresa fechou contrato de frete de longo prazo, o qual deverá trazer um ganho de US$ 5/t comparado ao custo de frete atual da empresa (aprox. US$
17,2/t). 
 
Para o curto-prazo, contudo, devemos ver um leve aumento nos custos de frete.
 
Em nosso relatório de Prévias, mencionamos que os resultados deveriam ter forte impacto de maiores preços realizados para ambos os segmentos de minerais ferrosos e metais básicos, juntamente com melhores preços de pelotas. 
 
De fato, a contribuição de qualidade e prêmios médios pagos ao MF da Vale chegou a US$ 7,1/t no período, contra US$ 5,2/t no 1T18 e US$ 1,2/t no 2T17. Já para o níquel, o prêmio pago ficou em torno de US$ 1.430/t para os produtos Classe I, alta de 2,87% t/t e 81% a/a.
 
A empresa tem seguido à risca sua estratégia relacionada a 
 
(i)  lucratividade sobre volume, 
(ii) foco no mercado premium, 
(iii) melhor alocação de capital, 
(iv) controle de custos, 
(v) desalavancagem e finalmente, 
(vi) diversificação dentro de casa. 
 
Como resultado, vemos a Vale agora como uma empresa mais previsível que antes, menos suscetível à s oscilações do mercado e melhor preparada para seguir seu caminho rumo à perpetuidade. O EBITDA ajustado da companhia ficou em US$ 3.902 mm, em linha com nossa projeção de US$ 3.966 mn.
 
Por estas razões, mantemos nosso preço-alvo 2018 para VALE3 de US$ 16,5 por ação (BRL 56,00), mantendo nossa recomendação Outperform. Os principais riscos relacionados à companhia ficam em 
 
(i)   queda brusca nos preços de MF, e nos prêmios pagos por qualidade, 
(ii)  os altos níveis de estoques nos portos chineses e, 
(iii) falha da companhia em implementar sua estratégia no segmento de metais básicos, considerando que esta depende de maior demanda nos mercados premiums e maior disposição dos clientes em pagar maiores prêmios por produtos premium.
 
 
Minerais Ferrosos: desempenho positivo, mesmo com quedas de preços do MF. As venda de produtos premium no trimestre responderam por 77% de toda a venda do trimestre, ante 76% no 1T18. Os preços realizados CFR/FOB ficaram em US$ 62,6/t no período, apesar da queda no Platts, que ficou em média em US$ 65,3/t.
 
Consequentemente, as receitas no segmento somaram US$ 6.321 mm, queda de 3,2% t/t, mas 23,6% maior a/a. Os COGS foram impactados, em menor proporção, por 
 
(i) maior valor do bunker de petróleo, 
(ii) maiores fretes e 
(iii) a greve dos caminhoneiros. 
 
O Custo Caixa C1 ficou em US$ 14,7/t no trimestre, em linha t/t. O Custo Caixa C1 deve cair para US$ 13/t no 2S18 em razão de
 
(i)  maior produção,
(ii) ramp up de S11D,
(iii) menor custo de manutenção e (iv) fim dos efeitos não-recorrentes da greve.
 
O EBITDA somou US$ 3.228 mm, queda de 5,7% t/t, mas em linha com nossas estimativas.
 
Metais Básicos: visando ao futuro com ajustes na produção.
 
A Vale reduziu seu guidance para 2018 de produção de níquel para 250 kton ante 263 kton, como complemento a sua estratégia de um negócio mais premium no futuro. A demanda pro produtos Classe I ainda é limitada e o potencial vindouro bastante considerável.
 
Assim, a Vale decidiu por preservar seu ativo premium para um momento mais oportuno. Mesmo assim, as vendas de produtos Classe I e II ficaram em 86%, como no 1T. 
 
As receitas de níquel somaram US$ 911 mm, alta de US$ 121 mm t/t, impactada por maiores volumes vendidos e melhor preço realizado. No cobre, as receitas totalizaram US$ 570 mm, US$ 59 mm acima 1T18, em movimento parecido com o níquel. O EBITDA para o segmento veio em US$ 778 mm.
 
 
Carvão: afetado por menor entrada do corredor Nacala.
 
As receitas somaram US$ 356 mm no 2T18, comparado aos US$ 380 mm do 1T18, impactada por maiores volumes vendidos, mas menor contribuição de carvão metalúrgico. O EBITDA foi  afetado por menor entrada de receita do corredor Nacala. 
 
 
Endividamento.
 
No período, a dívida bruta ficou em US$ 17.906 bi, US$2.370 bi abaixo de mar/18. A dívida líquida reduziu US$ 3.382 bi, somando US$ 11.519 bi, aproximando-se do alvo de US$ 10 bi da companhia.
 
Parte da redução veio da conclusão da venda das operações de Fertilizantes e da transação de stream de cobalto; entretanto, outra parte importante veio de amortizações antecipadas feitas no trimestre.
 
A melhora na alavancagem e, consequentemente, a melhor percepção quanto ao risco de crédito da Vale contribuíram para uma revisão para cima do rating da empresa pela Moody’s, que agora avaliou a Vale como grau de investimento, seguindo as outras grandes agências de rating do mercado.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho da VALE no 2º trimestre/2018, elaborado por GABRIELA E. CORTEZ, Analista Senior do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: GABRIELA E. CORTEZ, Analista Senior do BB Investimentos





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