Diário de Mercado na 3ª feira, 02.10.2018
Ibovespa avança na esteira de especulação com pesquisa eleitoral
Comentário.
Os agentes tiveram mais um dia envolvido com pesquisas eleitorais, que já vinham sendo a tônica recente que incrementava mais volatilidade aos mercados.
A reação de hoje dos investidores em relação a uma primeira pesquisa divulgada para a Presidência da República (ainda haverá outra mais tarde, após o fechamento dos negócios) foi de euforia, que levou a uma alta generalizada no Ibovespa, no qual somente três papéis encerraram em campo negativo.
A percepção doméstica suplantou até o mau humor externo com a Itália, que derrubou os mercados bursáteis pelo mundo.
Ibovespa.
O índice doméstico já abriu em firme alta e sua trajetória prosseguiu em evolução em direção ao fechamento. Destaques de alta das ações das empresas estatais, bem como da Qualicorp, que havia tido baixa significativa na véspera por conta de uma decisão do conselho de administração da companhia.
O Ibovespa fechou aos 81.612 pts (+3,80%), acumulando alta de 2,86% na semana, de 2,86% no mês e de 9,75% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 16,544 bilhões, sendo cerca de R$ 15,985 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No recente dia 28 (último dado disponível), houve entrada líquida de R$ 361,846 milhões em capital estrangeiro na bolsa, fechando setembro com saldo positivo de R$ 3,282 bilhões, tornando o saldo positivo em R$ 294,599 milhões em 2018.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IPC-Fipe, que mensura a inflação na cidade de São Paulo, encerrou setembro com variação de +0,39%, versus alta de +0,41% em agosto e +0,36% em relação a quadrissema anterior do mês. O grupo habitação mostrou desaceleração para +0,23%, de +1,12% em agosto. Já pela parcela de contribuição altista, o grupo transporte escalou para +0,59% ,ante deflação de -0,59% em agosto, e o grupo alimentação avançou para +0,08%, contra deflação de -0,49% em agosto.
Câmbio e CDS.
Se contraponto ao movimento da bolsa de valores brasileira, o dólar comercial no mercado doméstico já abriu com “gap de baixa”, mantendo tendência descente até o meio da tarde. A partir daí, houve uma zeragem de posicionamentos que trouxe apenas uma levíssima reação até o fechamento.
A moeda fechou cotada a R$ 3,9300 (-2,46%), acumulando -2,96% na semana, -2,96% no mês e -24,52% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos baixou para 256 pts, ante 266 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuro recuaram firmemente em todos os vértices, destacadamente a partir do DI Jan/21, derrubando como um todo a curva de estrutura a termo da taxa de juros. A movimentação acompanhou a tendência ao longo do dia do comportamento do decaimento do dólar norte-americano no mercado interno.
Para a semana.
Destaque agora para a inflação doméstica medida pelo IPCA na próxima sexta-feira, dia que também reserva a tradicional bateria de dados do mercado de trabalho norte-americano, se sobressaindo a criação de vagas na economia (payroll).
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 02.10.2018. elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos do BB Investimentos
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