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Investimentos

26 de Outubro de 2018 as 22:10:48



LOJAS RENNER Resultado no 3º trimestre/2018 Crescimento acima do mercado


Lojas Renner  -  Resultado no 3º trimestre/2018
 
Crescimento segue acima do mercado, com rentabilidade maior que o esperado
 
 
O resultado do 3T18 da Lojas Renner veio positivo, na nossa opinião, com números sustentáveis do top line ao bottom line. As vendas vieram um pouco abaixo das nossas estimativas (-2,5% A/E), mas tanto o EBITDA ajustado (+0,3% A/E) quanto o lucro líquido (+9,6% A/E) vieram acima do nosso.
 
Olhando para o acumulado dos 9M18, as vendas de mercadorias cresceram 11,7% a/a, contra uma média de mercado de -1,6% (em receita, até agosto, de acordo com o IBGE), evidenciando que a empresa segue ganhando participação de mercado.
 
Este fator, adicionado aos ganhos substanciais de rentabilidade durante o período, nos leva a continuar otimistas com o case de investimento da companhia. 
 
Assim, mantemos a recomendação de Outperform para LREN3, com preço alvo de R$ 46,50 19E. LREN3 está sendo negociada a 27,1x P/L e 15,7x EV/EBITDA 19E, de acordo com as nossas estimativas, contra uma média histórica (últimos 5 anos) de 25,2x e 13,7x, respectivamente.
 
 
Desempenho do varejo veio sólido, com ganho de rentabilidade mesmo desconsiderando os créditos tributários.
 
A receita líquida aumentou 13,1% a/a durante o 3T18, chegando a R$ 1.711 mi (-0.7% A/E), refletindo uma performance sustentável de vendas em mesmas lojas de +6.9%, mesmo frente a uma forte base comparativa de +13,4% do ano anterior. 
 
De acordo com a divulgação do resultado, este desempenho foi reflexo de uma boa precisão da nova coleção e de um mix adequado de produtos. Olhando para cada bandeira, todas apresentaram uma boa performance de vendas, com a Renner crescendo 12,8% a/a, a Camicado 10,0% a/a e a Youcom 46,5% a/a. 
 
A margem bruta aumentou em 0,4 p.p. a/a, para 54,3% (-0,2 p.p. A/E), beneficiada pela precisão dos estoques dentro das lojas e um efeito cambial positivo de contratos de hedge. 
 
Ainda assim, a margem bruta veio pressionada tanto na Camicado quando na Youcom, em 0,2 p.p. e 0,8 p.p., respectivamente, ainda refletindo a revisão de sortimento nas marcas. Em relação à margem EBITDA ajustada, a mesma aumentou em 1,9 p.p. a/a, refletindo os ganhos de margem bruta e uma maior alavancagem  operacional. 
 
As despesas com vendas cresceram apenas 9,5% a/a, dado o bom nível de execução nas operações comerciais e um controle efetivo de custos. As despesas com G&A, por outro lado, aumentaram em 21,4% a/a, em decorrência dos maiores investimentos em projetos chave dentro da companhia, como o processo de digitalização. Além disso, a empresa registrou R$ 20 mi em recuperação de créditos fiscais, que foram responsáveis por 1,2 p.p. do crescimento da margem EBITDA ajustada. 
 
 
Segmento financeiro foi uma surpresa negativa. 
 
A receita líquida oriunda dos produtos financeiros caiu 1,4% a/a no trimestre, para R$ 225 mi (-14,4% A/E), impactada pela desaceleração do crescimento da carteira do cartão Co-branded, após o produto atingir uma fase de maior maturidade, e pela redução da participação do Cartão Renner nas vendas totais.
 
Do 3T17 para o 3T18, os pagamentos com o Cartão Renner reduziram de 45,7% para 45,2% das vendas. Adicionado a isso, as despesas operacionais do segmento financeiro expandiram 19,1% a/a, devido principalmente aos maiores custos de compliance por conta da criação da Realize CFI (a instituição financeira da Renner). 
 
Do lado positivo, destacamos a redução de 4,4% a/a nas perdas em crédito, refletindo uma política de cobrança mais efetiva. Mesmo assim, o resultado líquido do segmento financeiro reduziu em 11,5% no 3T18, para R$ 87 mi (-13,0% A/E).
 
 
Resultados consolidados e lucro líquido vieram sustentáveis... 
 
Juntando os resultados dos segmentos de varejo e financeiro, o EBITDA ajustado consolidado chegou a R$ 347 mi no trimestre (+0,3% A/E), uma expansão de 16,0% a/a, representando um aumento de 0,5 p.p. a/a na margem EBITDA ajustada, que atingiu 20,3% (+0,2 p.p. A/E).
 
No bottom line, a companhia se beneficiou ainda de menores despesas financeiras líquidas, bem como de menores despesas com depreciação e de uma alíquota efetiva mais baixa. As despesas financeiras líquidas reduziram em 18,0% a/a, para R$ 17 mi (+30,8% A/E), em decorrência de uma menor taxa Selic e de um menor endividamento no período: de 0,6x dívida líquida/EBITDA no 3T17 para 0,5x no 3T18. 
 
As despesas com depreciação e amortização, por sua vez, caíram 1,8% a/a, para R$ 81 mi (-0,8% A/E), após uma revisão para cima da vida útil dos ativos fixos, autorizada por alterações feitas nos CPCs 04 e 27 (desde dezembro do ano passado).
 
Finalmente, a menor alíquota efetiva no período foi reflexo do reconhecimento de R$ 25 mi em créditos fiscais, seguindo uma decisão judicial que permitiu a dedução fiscal de gastos com o “programa de alimentação do trabalhador” (PAT). No todo, o lucro líquido terminou o trimestre em R$ 194 mi (+9,6% A/E), um aumento de 38,4% a/a e representando uma margem líquida de 11,3% (+1,1 p.p. a/a).
 
 
… e o fluxo de caixa finalmente se normalizou. 
 
Após a pressão observada no 1S18, a geração de caixa livre somou R$ 205 mi nos 9M18, contra R$ 137 mi nos 9M17, refletindo a normalização da estrutura financeira do segmento de produtos financeiros.
 
Embora o fluxo de caixa operacional tenha melhorado em 29,2% a/a nos 9M18, o capital de giro piorou em 28,8% a/a, pressionado pelo maior nível de estoques devido à decisão da companhia de operar com mais produtos em estoque desde o início do ano, visando evitar problemas de ruptura.
 
 
 
Confira o anexo a íntegra do relatório de análise do desempenho das LOJAS RENNER, no 3º trimestre/2018, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, analista senior, do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: LOJAS RENNER, no 3º trimestre/2018, elaborado por MARIA PAULA CANTUSIO, analista senior, do BB Investimentos





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