Diário do Mercado na 6ª feira, 18.01.2019
Bom humor externo eleva Bolsa aos 96 mil pts
Comentário.
Sinalizações sobre avanços no acordo que encerraria a guerra comercial entre EUA e China elevaram o apetite ao risco no exterior, favorecendo os ativos de risco globais.
De um lado, a China poderá aumentar substancialmente as importações de produtos norte-americanos, ao passo que os EUA acenaram com a possibilidade de retirar as tarifas impostas aos asiáticos.
Contribui ainda com o contexto doméstico a expectativa sobre o andamento da agenda de reformas e a provável reiteração pelos representantes do governo do compromisso com a mesma em Davos.
Deste modo, o Ibovespa caminhou para seu quarto avanço semanal, encerrando em novo topo histórico, acima dos 96 mil pts. Já o dólar seguiu tendência de fortalecimento no exterior e fechou aos R$ 3,7520 (+0,11%), ao mesmo tempo que a curva de juros encerrou entre a estabilidade e ligeiros recuos.
Ibovespa.
O índice abriu a sessão em alta, superando os 96 mil pts ainda pela manhã, mantendo-se neste patamar até o fechamento, puxado pela Vale e pelo setor de bancos. Na ponta oposta, Embraer e Kroton contabilizaram as maiores perdas.
O Ibovespa fechou aos 96.096 pts (+0,78%), acumulando alta de 9,34% no mês e de 18,69% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 16,8 bilhões, sendo R$ 15,6 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 16 de janeiro (último dado disponível), houve ingresso líquido de capital estrangeiro em R$ 442 milhões, com o resultado, o saldo de janeiro passou a ficar positivo pela primeira vez no ano em R$ 12 milhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, o IGP-M apresentou queda de 0,01% na segunda prévia de janeiro, segundo dados da FGV, abaixo do consenso que previa alta de 0,12%.
Nos EUA, a produção industrial avançou 0,3% em dezembro na comparação com novembro de 2018, ficando levemente acima das previsões elevação em 0,2%. Em dezembro, a capacidade de utilização da indústria subiu para 78,7%.
Câmbio e CDS.
A divisa norte americana encerrou em sua quarta alta consecutiva, acompanhando o movimento majoritário de fortalecimento da moeda no exterior.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,7520 (+0,11%), acumulando uma queda de -3,17% no mês e alta de 16,92% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos desceu a 174 pontos ante 180 pontos da última sessão.
Juros.
As taxas de juros futuros encerraram a sessão regular próximas da estabilidade, com viés de baixa na ponta longa da curva.
O DI para 2020 fechou em 6,54% ante 6,55% da véspera. O DI para janeiro de 2021 passou e 7,38% para 7,34% hoje. O DI para janeiro de 2023 caiu de 8,50% para 8,47%. O DI para janeiro de 2025 passou de 8,99% para 8,95%.
Para a semana que vem.
No Brasil: Balança comercial, Caged, Arrecadação de impostos, IPCA-15, Confiança do consumidor.
Nos EUA: PMI. Zona do euro: Decisão BCE.
Na Alemanha: PMI e IPP A/A.
Na China: PIB.
Confira no anexo a íntegra do reatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 18.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, CNPI-P, ambos integrantes do BB Investimentos