Diário do Mercado na 2ª feira, 21.01.2019
Ativos domésticos fecham estáveis em compasso de espera com Davos
Comentário.
Após uma manhã de perda de valor para os ativos locais, a recuperação se deu paulatinamente até o fim da sessão, com alta expectativa dos investidores com os discursos da comitiva do governo no Fórum Econômico Mundial de Davos.
Ibovespa, dólar e juros futuros encerraram praticamente estáveis e os aguardados mais significativos avanços dos ativos parecem atrelados aos anúncios e medidas mais concretas acerca da agenda de reformas, especialmente da Previdência.
O mau humor no exterior, que induziu as perdas domésticas pela manhã, teve origem no arrefecimento chinês, preocupações com o Brexit e a revisão para baixo da projeção de crescimento da zona do euro pelo FMI.
Assim, os mercados acionários europeus encerraram em queda, já os pares de NY não funcionaram em razão do feriado de Martin Luther King, reduzindo a liquidez pelo mundo.
Ibovespa.
O principal índice local abriu a sessão em queda firme, registrando a mínima intradiária (-1,28%) ainda pela manhã, perdendo inclusive os 95 mil pts. A partir daí passou a desacelerar as perdas e encerrou praticamente estável.
Entre as altas, destaques para Suzano, Cielo e Vale. Já na outra ponta, o setor varejista, Bradesco e Ultrapar recuaram firmemente. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 19,4 bilhões, sendo R$ 8,9 bilhões no mercado à vista e 10,2 bilhões no exercício de opções sobre ações.
Agenda Econômica.
O PIB chinês apresentou crescimento de 6,6% em 2018, após avançar 6,8% em 2017, levemente acima da projeção de 6,5% feita pelo governo chinês – esta é a menor taxa desde 1990. Em dez anos, o país apresentou aceleração no crescimento em relação ao ano anterior apenas em duas ocasiões, em 2010 (10,6%) e em 2017 (6,8%). Já a produção industrial chinesa avançou de 5,4% para 5,7% em dezembro – melhor que o consenso em 5,3%.
Câmbio e CDS.
A divisa norte americana seguiu em movimento de alta moderada (+0,21%), pela quinta sessão consecutiva, em sessão de menos negócios em razão do feriado nos EUA.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,7600 (+0,21%), acumulando uma queda de -2,97% no mês e alta de 17,50% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos desceu a 172 pontos ante 174 pontos da última sessão.
Juros.
Em dia de baixa liquidez, devido ao feriado nos EUA, as taxas de juros encerraram a sessão regular próximas da estabilidade ou com viés de baixa, principalmente nos contratos de longo prazo.
O DI para janeiro de 2020 encerrou em 6,54%, mesma taxa de sexta-feira. O DI para janeiro de 2021, encerrou estável em 7,34%. O DI para 2023, encerrou em 8,44%, na mínima do dia, ante8,47% do último ajuste. O DI para janeiro de 2025 caiu de 8,95% para 8,92% (mínima do dia).
Para a semana.
No Brasil: Balança comercial, Caged, Arrecadação de impostos, IPCA-15, Confiança do consumidor. Nos EUA: PMI. Zona do euro: Decisão BCE. Na Alemanha: PMI.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 21.01.2019, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e RAFAEL REIS, ambos integrantes do BB Investimentos.
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