Diário do Mercado na 6ª feira, 22.02.2019
Ibovespa avança acompanhando panorama externo favorável
Comentário.
O índice brasileiro perseguiu a tendência altista dos índices de Nova York hoje. Em um primeiro momento, passadas as primeiras impressões da proposta da previdência, o mercado doméstico passou a focar no cenário externo.
Os investidores ficaram otimistas com o encontro entre Estados Unidos e China, que estão reunidos tentando chegar a um acordo em relação às questões que envolvem a guerra comercial entre os dois países, que se iniciou no primeiro trimestre do ano passado.
Também houve declaração favorável do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre a reunião se estender pelo próximo final de semana. As altas em Wall Street contagiaram os demais mercados acionários pelo mundo.
No Brasil, o dólar comercial encerrou cotado a R$ 3,7400 (-0,51%) e as taxas de juros futuros mostraram estabilidade nos contratos de prazo curtíssimo e pequenas baixas nos vencimentos a partir de outubro de 2020.
Ibovespa.
O índice já abriu com rápida ascensão e navegou a boa parte do dia ao redor dos 97.500 pts (+0,59%), acrescentando impulso na hora fina,l para encerrar próximo de 1,0%. A ação da Vale e alguns papéis dos setores de siderurgia e do varejo foram os destaques que alavancaram a vertente positiva do pregão.
O Ibovespa fechou aos 97.885 pts (+0.98%), acumulando +0,37% na semana, +0,51% no mês, +11,38% no ano e +12,92% em 12 meses. O apenas razoável giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,074 bilhões, sendo R$ 13,720 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 20 de fevereiro (último dado disponível), ocorreu saída líquida de R$ 453,758 milhões de capital estrangeiro, com retirada líquida em fevereiro subindo a R$ 1,304 bilhão. O saldo positivo acumulado no ano baixou para R$ 214,318 milhões.
Agenda Econômica.
O índice de Confiança do Consumidor regrediu 0,5 pts em fevereiro, registrando 96,1 pts no período, após apresentar uma sequência de quatro meses de altas, acumulando um aumento de 13,5 pts, segundo dados da FGV.
O PIB alemão ficou estável em 0,0%, no quarto trimestre de 2018, apresentando uma contração de 0,2% ante trimestre anterior.
Dados do IPC da Zona do Euro, vieram em linha com as projeções do mercado, acumulando uma alta de 1,4% no ano, e uma queda de 1% no mês.
Câmbio e CDS.
Em meio as expectativas de um alinhamento entre EUA e China em relação à guerra comercial entre os países, a divisa norte-americana perdeu força ante o real, seguindo o comportamento do cenário externo de desvalorização do dólar frente a outras moedas.
O dólar comercial (interbancário) encerrou cotado a R$ 3,7400 (-0,51%), acumulando variações de +0,94% na semana, +2,24% no mês, -3,48% no ano e +15,11% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil passou de 165 pts ontem para 164 pts hoje.
Juros.
O bom humor externo gerando principalmente pela expectativa de trégua da guerra comercial entre EUA e China, influenciou o encerramento em baixa dos juros futuros na sessão regular de hoje.
O DI para janeiro de 2020 passou de 6,44% para 6,43% hoje. O DI para janeiro de 2021 encerrou em 7,05% de 7,08%. O DI para janeiro de 2023 foi de 8,19% para 8,15%. O DI para janeiro de 2025 caiu de 8,71% da véspera, para 8,68%.
Para a semana
Brasil: Criação de empregos formais; IGP-10; Atividade Econômica; Coleta de impostos.
EUA; Produção industrial.
Alemanha: PIB;
Japão: IPP; PIB T/T; Produção industrial.
China: Importação; Exportação; Balança Comercial; IPC; IPP.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 6ª feira, 22.02.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos integrantes do BB Investimentos.
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