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Investimentos

Sábado, Dia 23 de Fevereiro de 2019 as 06:02:21



GERDAU Resultados no 4º trimestre/2018 Desapontam


GERDAU - Resultados no 4º trimestre/2018
 
ONs Brasil e Aços Especiais desapontam; negativo
 
A Gerdau divulgou na 5ª feira, 21.02, seus resultados do 4T18, os quais vieram impactos pela sazonalidade e menores volumes em função da venda de ativos.
 
Embora já estivéssemos esperando resultados fracos, os efeitos foram maiores que nossas projeções e, em conclusão, os resultados vieram abaixo das nossas estimativas. Em nossa visão, as ONs Brasil e Aços Especiais foram os destaques negativos no trimestre.
 
Os embarques da ON Brasil foram um pouco decepcionantes na comparação trimestral, apesar de ter desempenhado acima dos números do mercado, considerando os volumes totais para o ano. No segmento de Aços Especiais, os embarques foram impactados pela venda de ativos na Índia, assim como pela desaceleração econômica argentina que puxou para baixo as vendas na indústria automobilística brasileira, prejudicando os resultados desta ON.
 
Apesar disso, continuamos otimistas com a Gerdau e sua capacidade de gerar resultados positivos. Lembramos que a companhia concluiu seu plano de desinvestimento em 2018, do qual arrecadou cerca de R$ 7 bi.
 
A Gerdau é agora uma empresa mais enxuta e melhor estruturada, em nossa opinião, e deve ser capaz de se concentrar em negócios mais lucrativos, a serem convertidos em melhores resultados para os acionistas.
 
Destacamos também o nível de alavancagem da empresa, que atingiu 1,7x, preparando a companhia para sua nova fase de investimento.
 
A Gerdau anunciou um plano de investimento trienal, que vimos com olhos positivos (veja mais detalhes adiante), especialmente após um longo período de investimentos reduzidos, concentrados apenas na manutenção.
 
Mantemos nosso preço alvo 19 para GGBR4 em R$ 23,0 com a rating Outperform.
 
Resultados consolidados.
 
A receita somou R$ 10.900 mi, 7,3% abaixo das nossas estimativas, embora 11% superior a/a e 15,1% abaixo do 3T18. A redução t/t é explicada pelos menores volumes vendidos no período em razão de não apenas a sazonalidade, mas também das vendas de ativos ocorridas nos meses anteriores. O CPV foi afetado pelo aumento nos custos de matérias-primas, alta de 9,3% a/a, porém com queda de 12,6% t/t.. 
 
As despesas VG&A mantiveram sua tendência decrescente e atingiram o menor nível já registrado, em 3,6% da ROL. Dessa forma, o EBITDA atingiu R$ 1.404 mi, 18,9% superior ao 4T17, porém diminuiu 30,3% t/t, ficando 17% abaixo das nossas estimativas. A margem EBITDA atingiu 12,9%, melhorando anualmente. 
 
Brasil: menores volumes e maiores custos prejudicaram os resultados
 
O  embarque total foi impactado pela sazonalidade, caindo t/t. Na comparação anual, a queda foi justificada pelas menores exportações devido a uma pior rentabilidade. Em 2018, porém, vimos um avanço de 9,2% no total de embarques, acima do desempenho do mercado. 
 
A queda no volume no trimestre foi compensada pelo aumento da receita por tonelada e a receita líquida atingiu R$ 3.946 mi, 13,5% superior a/a (-10,1% t/t). O CPV foi afetado por maiores custos de matérias-primas, em especial carvão e sucata. O EBITDA recuou 27,4% t/t, mas avançou 6,9% a/a, atingindo R$ 647 mi (12% abaixo das nossas estimativas), com margem de 16,4% (-1,2 p.p. do BB-BI).
 
América do Norte: no caminho certo. 
 
A ON América do Norte foi o destaque do trimestre, trazendo novamente ganhos de margem de dois dígitos, resultado do processo de reestruturação abordado na ON no ano passado. No trimestre, a produção e os embarques foram afetados pela desconsolidação de operações de vergalhão e totalizaram 1.179 kton. 
 
No entanto, a receita líquida totalizou R$ 4.335 mi (+11,1% a/a, apesar de queda de 25% t/t), devido aos maiores preços internacionais e melhor receita líquida por tonelada. O CPV foi afetado pelos maiores custos de matéria-prima, quando comparado ao 4T17. O EBITDA totalizou R$ 437 mi, melhorando 162% quando comparado ao mesmo trimestre de 2017 (embora 22% abaixo das estimativas do BBBI). A margem EBITDA foi de 10,1%.
 
América do Sul e Aços Especiais: resultados mistos. 
 
A ON América do Sul trouxe números com a desconsolidação das operações chilenas, portanto, a produção e os embarques caíram na comparação anual. Mesmo assim, o EBITDA atingiu R$ 128 mi, 15% acima das nossas estimativas. A margem EBITDA ficou em 15,6% ante nossa expectativa de 16,1%. 
 
Quanto à ON Aços Especiais, a temporada de festividades no Brasil, juntamente com a piora da situação econômica argentina, afetou diretamente a indústria automotiva brasileira, prejudicando os volumes vendidos no período. 
 
Lembramos que a desconsolidação dos ativos na Índia também impactou os volumes no trimestre. O CPV também sentiu o efeito dos preços de insumo mais altos. O EBITDA, então, somou R$ 226 mi (25% abaixo do BB-BI), com margem de 11,4% (ante 14,5% do BB-BI).
 
Resultados Financeiros e Endividamento. 
 
O resultado financeiro foi negativo em R$ 392 mi no trimestre, refletindo
 
(i)   R$ 181 mi em ganhos cambiais devido à variação cambial,
(ii)  negativo em R$ 224 mi devido a recompra de Bonds,
(iii) resultado financeiro de R$ 82 mi e
(iv) despesas financeiras de R$ 425 mi.
 
Como resultado, a Gerdau registrou um lucro líquido de R$ 389 mi, comparado aos R$ 791 mi registrados no 3T18. A dívida bruta totalizou R$ 14.907 mi, caindo drasticamente t/t. Quanto à dívida líquida, esta somou R$ 11.582 mi. 
 
A alavancagem medida pela dívida líquida/EBITDA caiu para 1,7x (-0,5x t/t), levando a companhia a um patamar muito confortável e preparando-a para um ciclo de expansão e novos investimentos, em nossa visão.
 
O anúncio de um CAPEX trienal surpreendeu ao considerar o montante a ser investido: R$ 7,1 bi de 2019-2021. No entanto, vemos isso com bons olhos, especialmente após o longo período de investimentos reduzidos focando apenas na manutenção. O novo plano inclui 
 
(i)   manutenção geral nos ativos operacionais existentes, 
(ii)  manutenção e melhorias de Ouro Branco, uma vez que haverá um cronograma de 60 dias de paralização no Alto Forno I e outras duas em 2020 e 2021, e 
(iii) expansão e atualização tecnológica. 
 
Durante a teleconferência com analistas, a empresa informou que 
 
(i)  R$ 456 mi serão destinados a aumento de capacidade de produtos laminados na ON norteamericana, 
(ii)  R$ 380 mi para BQ em Ouro Branco, e 
(iii) R$ 800 mi para 560 kton adicionais para aciaria e 50 kton em produtos laminados.
 
 
Confira no anexo a íntegra do relatóriod e análise do desempenho do mercado no 4º trimestre/2018, elaborado por GABRIELA E. CORTEZ, Analista Senior, e CATHERINE KISELAR, analista, ambos integrantes do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: Gabriela E Cortez, Analista Senior, e Catherine Kiselar, analista, ambos integrantes do BB Investimentos





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