Diário do Mercado na 3ª feira, 26.02.2019
Mercado acionário tem repique pontual, mas com menor liquidez
Comentário.
A proximidade do feriado prolongado do Carnaval na próxima semana tende a reduzir a liquidez do mercado acionário e trazer mais cautela por parte dos investidores nesta semana.
Hoje, o foco das atenções dos agentes se dividiu entre, internamente, a sabatina do futuro presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, cujas ponderações foram consideradas equilibradas pelo mercado, e, externamente, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que “choveu no molhado”.
Com este panorama mais ameno, o Ibovespa operou sempre em campo positivo e findou em alta, compensando parte das perdas da véspera – ligadas às preocupações sobre o trâmite da reforma da previdência, mesmo com as bolsas de Nova York operando voláteis. Enfim, nenhuma notícia mais vultosa no dia, que teve agenda esvaziada.
No Brasil, o dólar comercial terminou “de lado”, cotado a R$ 3,7450 (+0,08%) e as taxas de juros futuros subiram praticamente em toda a extensão de sua curva de estrutura a termo.
Ibovespa.
O índice abriu com propensão ascendente, mas chegou a perder forças na parte da tarde. Contudo, reagiu na hora e meia final, segurando a alta. Ponderadamente, o setor de bancos foi a principal contribuição. Individualmente, houve destaques de uma miscelânea de papéis de vários setores.
O Ibovespa fechou aos 97.602 pts (+0,37%), acumulando -0,29% na semana, +0,21% no mês, +11,05% no ano e +11,35% em 12 meses. O mais escasso giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 11,345 bilhões, sendo R$ 11,084 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 22 de fevereiro (último dado disponível), houve entrada de capital estrangeiro de R$ 470,236 milhões, com o saldo negativo de fevereiro cedendo a R$ 1,054 bilhão. O saldo acumulado está positivo em R$ 464,294 milhões no ano.
Agenda Econômica.
A dívida pública federal encerrou 2018 no maior patamar da série histórica que teve início em 2004, somando R$ 3,877 tri no último ano. Já a dívida federal em títulos, apresentou um recuo de 1,77% em janeiro, registrando R$ 3,808 tri, segundo informações da Secretaria do Tesouro Nacional.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou o dia praticamente estável frente ao real, sincronizada com o mercado externo, após o pronunciamento de Jerome Powell, presidente do Fed, reafirmando a política “paciente” do banco central dos EUA com relação ao aumento da taxa de juros.
O dólar comercial (interbancário) encerrou em R$ 3,7450 (+0,08%), acumulando variações de +0,13% na semana, de +2,38% no mês, - 3,35% no ano e +16,09% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil cedeu de 165 pts para 161 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram, basicamente, a sessão regular de hoje em leve elevação frente à sessão da véspera.
O DI para janeiro de 2020 encerrou em 6,48% de 6,46% de ontem. O DI para janeiro de 2021 passou de 7,08% para 7,13% hoje. O DI para janeiro de 2023 subiu de 8,21% para 8,23%. O DI para janeiro de 2025 finalizou em 8,76% de 8,73% no dia anterior.
Para a semana
Brasil: Criação de empregos formais, IGP-M, Pnad contínua, dados do mercado de crédito (Bacen), PIB, dados fiscais e balança comercial mensal.
EUA: Balança comercial, estoques no varejo e atacado, pedidos de fábrica, prévia do PIB, PCE e PMI manufatura.
Alemanha: IPC e PMI manufatura;
Japão: PMI manufatura.
China: PMI manufatura.
Confira no anexo a íntegra do relatório sobre o comportamento do mercado na 3ª feira, 26.02.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, e RICARDO VIEITES, CNPI, ambos integrantes do BB Investimentos
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