Diário do Mercado na 6ª feira, 29.03.2019
Ibovespa torna a avançar, fechando março praticamente estável.
Comentário.
O índice brasileiro subiu pelo segundo pregão consecutivo e se recuperou da queda abrupta de dois dias atrás e do mês. O cenário político interno mais ameno neste momento e o panorama externo com nova onda de otimismo para um benéfico desfecho dos atritos comerciais entre EUA e China motivaram os investidores.
O Ibovespa fechou o primeiro trimestre do ano com variação de +8,56%. Já o Nasdaq e o S&P500 terminaram, respectivamente, em +16,49% e 13,07%. Aparentemente, a tendência ainda deverá ser de volatilidade, com os agentes monitorando o andamento da reforma da previdência.
No Brasil, o dólar comercial fechou em R$ R$ 3,9160 (0,00%), mas chegou a operar em baixa. Já os juros futuros se descolaram um pouco do comportamento do câmbio no final, mostrando na maioria de seus vencimentos pequenas elevações.
Ibovespa.
O índice mostrou disseminados ganhos, com apenas 15 papéis em baixa. O Ibovespa fechou aos 95.414 pts (+1,09%), acumulando +1,79% na semana, -0,18% no mês, +8,56% no ano e +11,77% em 12 meses.
O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 15,136 bilhões, sendo R$ 14,666 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 27 de março (último dado disponível), houve saída líquida de capital estrangeiro de R$ 480,230 milhões, acumulando R$ 3,207 bilhões em março e R$ 2,112 bilhões no ano.
Câmbio e CDS.
O dólar terminou “de lado”, com melhora do humor no mercado doméstico o leilão de linha do Banco Central, em dia de formação da PTAX que precificará os contratos cambiais que vencerão na próxima segunda-feira.
A divisa (interbancário) fechou R$ 3,9160 (-0,00%), com variações de +0,38% na semana, +4,34% no mês, +1,06% no ano e +18,56% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil cedeu a 179 pts ante 185 pts da véspera.
Juros.
As taxas de juros futuros chegaram a operar em baixa ao longo da sessão, mas, na última hora, reverteram para pequenas elevações, em um ajuste de posicionamentos.
Agenda Econômica.
No Brasil, a taxa de desemprego (PNAD/IBGE) registrou 12,4% na média móvel trimestral até fevereiro, atingindo 13,1 milhões de pessoas, acima do 11,6% da média móvel trimestral do período anterior (set-out-nov/18), mas abaixo do média móvel trimestral do mesmo período em 2018, de 12,6%.
O IBGE informou que “o rendimento médio real habitual (R$ 2.285) cresceu 1,6% frente ao trimestre anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. A massa de rendimento real habitual (R$ 205,4 bilhões) ficou estável em ambas as comparações”.
O déficit primário do setor público consolidado foi de R$ 14,931 bi em fevereiro (superávit de R$ 46,897 bi de janeiro), sendo o menor déficit para meses de fevereiro desde 2015 (R$ 2,3 bi). A dívida bruta do governo geral passou a R$ 5,337 trilhões, equivalente a 77,4% do PIB.
Nos EUA, o núcleo do PCE A/A (inflação monitorada pelo Fed) subiu a +2,0% em janeiro, ante 1,8% em dezembro, levemente acima do consenso de 1,9%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 29.03.2019, elaborado por HAMILTON ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos