Diário do Mercado na 3ª feira, 30.07.2019
Ibovespa acompanha baixas externas, antes de decisões de juros
Comentário.
O índice brasileiro, na véspera das decisões sobre a taxa Selic pelo Copom e da taxa de juros norte-americana pelo Fed, além de nenhuma notícia mais relevante no dia em relação aos panoramas econômicos interno e externo, ficou mais à mercê do desenrolar dos índices de Nova York.
Domesticamente, pesou o setor de bancos, com o resultado do Itaú Unibanco sendo considerado aquém do desejável pelos analistas.
Nos EUA, declarações do presidente Donald Trump, no sentido que tem pressa em realizar um acordo comercial com a China, não foi bem recebido e terminaram por motivar as perdas das bolsas em Wall Street.
Em relação ao Copom, firmou-se um pouco mais no mercado que pode prevalecer uma redução de 50 pts-base na taxa de juros em detrimento de baixa de 25 pts-base. Os agentes esperam comunicados mais suaves sobre a tendência futura das trajetórias dos juros, tanto do Bacen, como do Fed.
No Brasil, o dólar comercial findou cotado a R$ 3,7910 (+0,21%). Os juros futuros registraram ligeiras baixas na maioria de seus vencimentos, na véspera da decisão do Copom.
Ibovespa.
O índice acompanhou, basicamente a tendência negativa do S&P500 ao longo do dia e tão somente tentou um descolamento positivo no início da tarde, mas, sem sucesso.
O Ibovespa encerrou aos 102.932 pts (-0,53%), acumulando +1,95% no mês, +17,12% no ano e +28,22% em 12 meses. O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 14,799 bilhões, sendo R$ 14,282 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 26 de julho (último dado disponível), a saída líquida de capital estrangeiro foi de R$ 401,835 milhões na Bolsa, somando retirada líquida de R$ 5,072 bilhões em julho. Em 2019, o saldo acumulado está negativo em R$ 8,973 bilhões.
Agenda Econômica.
No Brasil, No Brasil, o IGP-M desacelerou em julho, registrando +0,40% frente a variação +0,80% de maio, divulgou a FGV. Nos últimos 12 meses, o índice passou a acumular oscilação de +4,79% no ano e de +6,39% em 12 meses.
Nos EUA, o núcleo do PCE (exclui alimentos e energia), variação de preços que é monitorada pelo Fed, teve alta mensal de +0,2% em junho e anual de +1,6%.
Câmbio e CDS.
A divisa norte-americana encerrou em alta frente ao real, com atenções voltadas às negociações comerciais entre Pequim e Washington.
O dólar comercial (interbancário) fechou cotado a R$ 3,7910 (+0,21%), acumulando variações de +0,50% na semana, de -1,28% em julho, -2,17% no ano e +1,66% em 12 meses.
Risco País
O risco-país medido pelo CDS Brasil passou de 125 pts da véspera para 127 pts.
Juros.
Os juros futuros encerraram a sessão regular com leves recuos na maioria de seus vencimentos, na véspera da decisão da taxa Selic pelo Copom.
Em relação à sessão anterior, assim findaram: DI janeiro/2021 estável em 5,42% de 5,44% ; DI janeiro/2023 em 6,30% de 6,30%; DI janeiro/2025 em 6,84% de 6,85%; DI janeiro/2027 em 7,16% de 7,17%.
Para a semana.
Brasil: Taxa de desemprego, Taxa Selic, Prod. industrial, Balança comercial mensal, Utilização da capacidade CNI, Dados de veículos (Anfavea) e IPC FIPE - mensal;
EUA: Decisão da taxa de juros FOMC (limite máx), PMI Manuf., Payroll (criação de vagas na economia), Taxa de desemprego e Índice Conf. Consumidor Univ. Michigan;
Alemanha: PMI Manuf.;
França: IPC e PMI Manuf.;
Zona do euro: PIB, IPC e PMI manufatuta;
Reino Unido: PMI Manuf. e Taxa de juros (BoE);
França: PMI manuf.;
China: PMI manuf.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 3ª feira, 29.07.2019, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos
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