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Economia e Finanças

28 de Novembro de 2012 as 21:11:49



ARTIGO - Da batalha ganha contra a FEBRABAN, uma candidata. De onde virá o troco? por Wilson R Correa


 

No início desta noite, de 28.11.2012, informa o COPOM Comitê de Política Monetária do Banco Central que está mantida a taxa SELIC de 7,25%, em votação unânime dos integrantes daquele Comite, com a seguinte justificativa técnica preliminar:
 
"Considerando o balanço de riscos para a inflação, a recuperação da atividade doméstica e a complexidade que envolve o ambiente internacional, o Comitê entende que a estabilidade das condições monetárias por um período de tempo suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta, ainda que de forma não linear."
 
Sob a ótica exclusivamente econômica, somente a perspectiva de um acentuado agravamento da crise mundial poderia levar o Banco Central a reduzir ainda mais a SELIC, objetivando incentivar investimentos empresariais e aumentar o nível de atividade econômica do País.
 
No momento presente, como a economia brasileira já cresce a 4,0% ao ano, neste 3º trimestre de 2012, está afastada a hipotese de continuidade de queda da SELIC. E a SELIC ficará assim enquanto o nível de atividade estiver bom, algo entre 4 até 5% ao ano de expansão do PIB, que é estimado mensalmente pelo Banco Central.
 
Sob a perspectiva política, pode-se também considerar pouco provável a retomada da redução da SELIC até o final desse Governo Dilma, diante do desgaste político sofrido, junto ao mercado financeiro, por seu governo em sua bem sucedida e corajosa jornada de redução da Taxa, desde agosto/2011, quando situava-se em 12,5%. A queda foi de 5,25 pontos percentuais, não é pouco.
 
Já são também bastante perceptíveis os ganhos políticos obtidos da redução da Taxa, configurados na ampla aprovação pública de sua reeleição, mesmo frente a eventual candidatura de Lula.
 
Além dessa medida, outras destinadas à redução do chamado Custo Brasil poderão tornar ainda mas palatável, às elites brasileiras, a reeleição de Dilma Roussef, frente a candidatos incertos, mesmo que a oposição busque vincular a Presidência com o Mensalão.
 
Corre em favor da estratégia de aprovação empresarial, o sucesso provável e os louros políticos advindos da incursão do Ministério da Fazenda em prol da racionalização do ICMS, em troca da renegociação da dívida dos Estados. 
 
No meio político, antevendo-se clima favorável à reeleição de Dilma Roussef, o PSD engrossa o grupo de apoio à presidente, abrigando ex-integrantes do PSDB, do DEM, do PTB e de outros partidos menores.
 
BATALHA VENCIDA CONTRA A FEBRABAN
 
Exitosa em manter-se distante do julgamento do STF, começando a colher os frutos dos programas PAC1, PAC2, tendo sucesso em manter o País longe dos efeitos recessivos da crise européia e, também, na preparação do Brasil para a Copa das Confederações, a presidente por ora surge perante a opinião pública como heróica  e exitosa gladiadora contra a FEBRABAN. 
 
Que melhor trunfo poderia ser obtido para sua reeleição ?
 
Mas, de onde poderá vir o trôco ? Que tipo de boicote ou ataque poderá ser feito ?
 
A oposição continuará patinando na busca de vinculá-la ao mensalão ou mudará de estratégia para algo mais denso ? Por enquanto, nenhum discurso com aderência popular, nenhuma estratégia que permita alimentar esperanças. Nada mudou nos últimos dez anos. Criatividade zero, curso célere à extinção.
 
Teria coragem e desprendimento para lançar um candidato negro ?
O ministro Joaquim Barbosa ?
Serra e Aécio iriam abrir mão de suas prerrogativas ? 
Pouco provável: seguindo um possível conselho do tio, Aécio fica no partido (o PSDB) e Serra muda de legenda para também lançar-se candidato à Presidência da República, fragmentando ainda mais a oposição ao governo Dilma.
 
No Brasil, o lançamento da candidatura de Jânio Quadros, em 1960, o próprio golpe militar de 64 e a campanha de Collor, em 1989, são exemplos contundentes de o quanto a direita utiliza-se do discurso da moralização da coisa pública, do combate à corrupção e aos marajás, para conseguir espaços de poder.
 
Caso o Ministro Joaquim Barbosa não tropece gravemente em 2013 e 2014, um passo importante nessa estratégia seria minar a candidatura Dilma.
 
Possibilidade muito remota de sucesso, pois Dilma vem com "muitas garrafas para trocar", com queda dos juros, estabilização inflacionária e regime de metas mantido, crescimento do PIB e do nível de emprego, chuva de investimentos externos produtivos, sucesso da estruturação da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, estaleiros brasileiros lançando navios e submarinos modernos, produção de helicópteros modernos em Minas Gerais,  Minha Casa Minha Vida funcionando bem, emprego e renda real em ascenção, demissão de corruptos ...  e por aí afora.
 
Pouco provável que o discurso de moralização venha a colar ... 
Arruma outro.

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Fonte: Wilson R Correa

 
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