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Investimentos

09 de Março de 2020 as 11:43:22



PÂNICO nos mercados IBOVESPA cai 10% e Bolsa B3 interrompe operações


S&P500 cai 7% e Wall Street suspende operações;
Logo pela manhã o Ibovespa cai 10% e B3 aciona circuit breaker
 
Bolsas e Dólar 
 
Na manhã desta 2ª feira, 09.02.2020 ao atingir queda de 10%, a bolsa brasileira interrompeu os negócios, entrou em "circuit breaker" por 30 minutos. Antes, às 10h25, o Ibovespa operava a 88.656, configurando queda 9,5% em relação ao pregão de 6ª feira, quando desabou 4,14% a 97.996 pts, o menor índice desde agosto de 2019.   
 
As ações da Petrobras sofreram o maior impacto negativo: 24%.
 
Também Wall Street suspendeu suas operações nesta 2ª feira, após queda de 7% no índice S&P 500. 
 
O dólar bateu novo recorde ao alcançar R$ 4,79 no final da manhã.
 
Inoperante, mas com a frase pronta, Paulo Guedes, ministro da economia, disse que está "absolutamente tranquilo":
 
"Já vivemos isso várias vezes. Conhecemos isso. Sabemos lidar com isso. Estamos absolutamente tranquilos, serenos". 
 
Petróleo, a luta por market share 
 
Os preços do petróleo desabaram 31%, nesta mesma 2ª feira. Eles têm declinado lentamente nos últimos meses em razão da menor demanda da China, imersa no declínio sistêmico da atividade econômica e no declínio conjuntural decorrente do recente avanço das contaminações pelo COVID-19 e das paralisações decorrentes  da atividade econômica na China.
 
Os países da OPEP têm articulado a redução da produção global para conter esse declínio. Todavia, neste fim-de-semana, em reunião da OPEP, o governo russo negou-se a reduzir sua produção de petróleo e, em retaliação, o governo da Arábia Saudita reduziu o preço de seu óleo e está promovendo grandes descontos de preços.
 
Com essas medidas, ambos países acabam por promover entre si uma guerra de preços, com que objetivam manter e ou ampliar sua participação no mercado (market share), mas que têm efeitos negativos por todo o mercado.  Um deles é a inviabilização econômica, praticamente, da produção óleo de xisto, nos EUA.
 
Bolsas europeias apresentaram igualmente queda situada em torno de 7% no pregão desta 2ª feira, já acumulando perdas em torno de 20% neste mês de marçio.
 
Temores
 
O pânico desta manhã nas bolsas e a crise no mercado de petróleo acende um sinal de alerta para o mercado financeiro. Desde a crise de 2007-2008, que caracterizou-se pela gigantesca destruição de valores criados globalmente pelo mercado financeiro, esperava-se que as autoridades econômicas nacionais e as organizações internacionais multilaterais de controle financeiro desenvolvessem instrumentos regulatórios destinados a deter o processo de criação de valores fictícios.
 
O proprio mercado financeiro reconhece a insuficiência a regulamentação trazida pelos Acordos da Basileia para o sistema financeiro, o Basileia-I, de 1988, e o  Basileia-II,  de 2004, para favorecer o fortalecimento dos bancos de modo a fazerem frente, por si próprios, às crises de liquidez.
 
O mesmo com relação ao Basileia-III, dois documentos publicados em 2010 pelo Comitê da Basileia, nascidos do crash de 2007-2008, destinados  erigirem (1º) uma "estrutura regulatória global para bancos e sistemas bancários mais resilientes" e (2º) "umestrutura internacional para mensuração, padrões e monitoramento de riscos de liquidez". 
 
Destinados a viabilizar maior capacidade de instituições financeiras absorverem choques provenientes do próprio sistema financeiro ou dos demais setores da economia, reduzir risco de transferências de crises financeiras para a economia real.
 
Contudo, a regulamentação restritiva do mercado financeiro global não tem sido suficiente para deter a velocidade de criação de valor do sistema financeiro, muitas vezes superior à criação de valor na economia real, no setor de bens e serviços. Repetem-se, assim, as causas da crise de 2007-2008 sendo criadas "bolhas" de valor fictício, sem respaldo na economia real, ativos sujeitos à repentina desvalorização, até o limite do esgotamento total de valor, ao desaparecimento de bilhões e bilhões de dólares, euros, reais ...
 
Não são poucos os especialistas que prenunciam o "estouro das bolhas" e adiantam ser hoje um gigantesco agravante, não observado na crise de 2007-2008, o elevado nível de endividamento dos estados, derivado do fabuloso apoio que deram aos bancos privados naquela ocasião para que não quebrassem, algo que não poderia ser repetido. Isto é, quem estiver para quebrar, irá quebrar e, em bloco, arrastar a economia para uma gigantesca recessão.
 
Dias pouco promissores pela frente.
 
 
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Fonte: DA REDAÇÃO JF





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