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Investimentos

15 de Abril de 2020 as 17:04:47



RENDA FIXA - Debêntures, CRA e CRI no Mercado Secundário em 13.04.2020


RENDA FIXA - Debêntures, CRA e CRI no Mercado Secundário
 
Sob a Ótica dos Retorno
 
1. Dinâmica do Mercado
 
    Paradoxo histórico - O risco de crédito das empresas emissoras passa a ser mais tolerável do que o risco de mercado de suas emissões.
 
    Cenário
 
Ainda sob influência de matizes de incerteza, a precificação dos ativos está longe de consenso em âmbito global, o que leva os mercados a sofrer com os elevados níveis de volatilidade. Neste influxo de dúvidas e realizações, a sensibilidade dos agentes se torna ainda mais aguçada, repercutindo qualquer notícia sobre possíveis tendências da Pandemia e de seus reflexos na economia.
 
Nos últimos dias, algumas dessas notícias foram recebidas positivamente pelos investidores, animados com possíveis, ou hipotéticas, melhorias da crise sanitária na Europa e alguma previsibilidade de tendência nos EUA. 
 
Ainda é muito pouco, mas já houve reações positivas nas Bolsas, com abrandamento da alta do dólar e recuo do índice VIX de volatilidade global.
 
Também a curva dos US Treasuries melhorou o perfil da expectativa de risco no horizonte dos próximos dois anos.
 
Quanto ao Brasil, tanto o CDS soberano como a inclinação da curva de juros DI recuaram, em linha com o cenário global mais benigno, mas, a análise de seus movimentos ainda revela a prevalência dos vetores de risco.
 
De fato, enquanto o CDS se mantém em uma banda superior de oscilação, iniciada com a chegada do vírus no País, a inclinação positiva da curva DI continua em nível historicamente elevado de prêmio de risco. 
 
Dessa forma, a cada movimento de ajuste nas precificações dos ativos, o investidor deverá estar preparado para assimilar a alternância de altas e baixas intensas em curtos intervalos de tempo.
 
E, ainda, para o mais importante: sem configuração de tendência
 
     Mercado de Renda Fixa
 
A curva dos juros futuros DI recuou nos contratos médios e longos, com maior intensidade a partir de abr/2022 e relativa estabilidade entre os curtos, apresentando volume mediano (média diária de 1.508,6 mil) e redução da inclinação positiva, mas ainda em nível historicamente elevado. A configuração se mantém levemente negativa até jan/2021 e se torna positiva a partir de fev/2021.
 
O momentâneo contexto de menor aversão ao risco, observado no mercado global, influenciou os juros domésticos, recuando os yields longos, juntamente com um abrandamento do dólar em âmbito internacional.
 
Entre os vencimentos curtos e médios, também exerceram influência os índices de inflação enfraquecidos no varejo, em março (IPCA em 0,07% e os componentes IPC do IGP-DI e IGP-M), com pouco impacto dos dados da produção, como a alta das vendas no varejo, em 0,7% no indicador amplo e 1,2% no restrito, ambos acima das projeções para fevereiro (portanto, anteriores aos efeitos do Coronavírus); e o recuo da produção (189.958 unidades) e venda (163.625 unidades) de veículos pela Anfavea em março, frente a fevereiro. 
 
Os rendimentos da NTN-B também se abrandaram em praticamente toda curva, de modo mais acentuado nos títulos de vencimento até ago/2030. O retorno conjunto dos papéis variou de 3,647% para 3,463% (considerando o yield médio da curva em todos os vencimentos), com o maior em 4,868% e o menor em 1,570%; os mais voláteis foram os títulos de ago/2024 e ago/2026.
 
Apesar de abrandamentos pontuais, a aversão ao risco ainda é elevada, impondo maior volatilidade aos ativos; no entanto, a liquidez bate sucessivos recordes e o conjunto das 50 debêntures monitoradas renova altas em preço
 
    Debêntures no Secundário
 
Assim como em outros mercados, o momento é histórico na renda fixa privada, a qual, paradoxalmente, vem combinando novos recordes mensais de volume de negociação no secundário, com preços em retomada de alta, mas em cenário de elevada aversão ao risco.
 
De fato, após bater a máxima de R$ 27,1 bilhões de reais negociados em março, este mês de abril também registra novos picos de negociação diária, mesmo no contexto dos feriados da Semana Santa. No entanto, o risco medido pelo CDS soberano persiste em campo de alta e se mostra acompanhado de elevada inclinação positiva da curva DI, incorporando um nível incomum prêmio de risco.
 
Ocorre, porém, que as elevadas perdas sofridas na Bolsa, nos fundos imobiliários e no câmbio situaram o mercado de renda fixa privada em posição relativa mais atraente, especialmente nas estratégias de carregamento dos títulos até os vencimentos. Em outras palavras, o risco de mercado, com sua intensa volatilidade de preços, passou a atemorizar os investidores mais do que o risco de crédito dos emissores. 
 
Neste ambiente, a lógica de análise dos investimentos deve privilegiar a análise econômico-financeira das companhias emissoras, preferencialmente entre aquelas que disponham de melhor gestão do capital de giro, menores ciclos financeiros e, obviamente, maior geração de caixa. Sob a ótica patrimonial, caberia especial destaque para as empresas de melhor relação ROE por ROI, frente ao seu desempenho em captação.
 
3. Monitoramento dos Retornos
 
    Março
 
Mês marcado por forte recuo dos retornos de praticamente todas as carteiras teóricas de renda fixa de emissão pública (exceto a IMA-S, atrelada à Selic), mas, mesmo assim, a carteira IPCA curta continuou com o melhor perfil de retorno-volatilidade
 
    09.04.2020
 
Debêntures monitoradas – Análise dos Retornos em Preço e Yield (Posição em 09/04/2020) – Incentivadas pela Lei 12.431
 
As séries monitoradas repetiram o movimento altista das últimas semanas, ampliando a valorização em preços, com 36 papéis em alta (em média de 0,9%) e 14 em baixa (em média de -0,6%), perfazendo uma variação conjunta total de 0,5% na semana
 
As séries incentivadas variaram positivamente 0,9%, em preço, ao passo que as não incentivadas recuaram em -0,1%; Destacam-se nesta recuperação os papéis de Rumo Malha Norte, Engie e Vale (incentivadas); Raposo Tavares e Sabesp (não incentivadas)
 
Na medida do percentual do PU ao par, os ativos monitorados continuam em nível historicamente baixo, com média geral de 100,6% e 22 papéis abaixo de 100% (e destaque para DASAC0 na menor porcentagem, em 82,8%).
 
4. CRA e CRI no Secundário
 
    Títulos monitorados - Análise dos Retornos em Preço e Yield - Posição em 09.04.2020
 
Embora ainda não contem com histórico significativo, os Certificados de Recebíveis ganham destaque no mercado, com ampliação do acompanhamento e divulgação de dados pela Anbima.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório RENDA FIXA - Debêntures, CRA e CRI no Mercado Secundário, de 13.04.2020, elaborado por Renato Odo, CNPI-P, integrante do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: RENATO ODO, CNPI-P, integrante do BB Investimentos





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