Diário do Mercado na 6ª feira, 08.05.2020
Ibovespa avança com trégua entre EUA e China e inflação menor
Comentário.
O índice brasileiro subiu com a percepção externa dos agentes que os Estados Unidos e a China estão tentando entendimentos para manter seu acordo comercial chamado de “fase 1”.
Internamente, a deflação do IPCA em abril (-0,31%), que derrubou a taxa acumulada em 12 meses para +2,40% (+3,30% até março), ratificou as expectativas do mercado que existe espaço para a continuidade de cortes na taxa Selic na subsequente decisão, em 17 de junho próximo, induzindo a tendência de maior migração da renda fixa para a renda variável.
Os preços futuros dos barris de petróleo subiram, com o tipo Brent fechando em US$ 30,86 (+5,07%) e o tipo WTI encerrando em US$ 24,63 (+5,30%), impulsionando as ações de petrolíferas pelo mundo.
Neste panorama, as bolsas de Nova York avançaram e contagiaram positivamente os demais mercados acionários mundo afora.
O dólar comercial, após três pregões de altas, encerrou cotado a R$ 5,7410 (-1,68%). Os juros futuros findaram em baixa, derrubando como um todo a sua curva de estrutura a termo.
Ibovespa.
O índice já principiou em alta e oscilou basicamente ao redor de 80 mil pts (+2,41%), com pequenas variações, ascendendo um pouco mais na hora final. As ações da Petrobras, da Vale e do setor de bancos, de modo ponderado, impulsionaram o índice.
O Ibovespa fechou aos 80.263 pts (+2,75%), acumulando -0,30% na semana (e no mês), -30,60% ano e -16,04% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da bolsa foi de R$ 23,0 bilhões, sendo R$ 21,0 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 6 de maio, a Bovespa contabilizou saída líquida de R$ 898,054 milhões, acumulando retirada de -R$2,465 bilhão no mês (após saque líquido de -R$ 5,069 bilhões em abril).
Em 2020, acumula saldo negativo de -R$ 71,872 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Agenda Econômica.
No Brasil, o IPCA apresentou deflação de -0,31% em abril (menor taxa desde agosto de 1998, em -0,51%) ante +0,07% em março. O indicador acumula agora +0,22% ano e desacelerou para +2,40% em 12 meses (+3,30% até março).
Câmbio e CDS.
O dólar comercial (interbancário) iniciou em pequena baixa e pouco depois foi gradualmente decaindo, após três pregões consecutivos de elevações. A divisa seguiu o comportamento do mercado internacional, que denotou menor aversão ao risco sobre emergentes.
A moeda fechou cotada a R$ 5,7410 (-1,68%), acumulando +5,59% na semana (e no mês), +43,10% no ano e +45,97 em 12 meses.
Risco-País
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) cedeu a 319 pts ante 328 pts da véspera.
Juros.
Os juros futuros recuaram e derrubaram como um todo a sua curva de estrutura a termo. Internamente, a confirmação de um cenário mais ameno para a inflação e o melhor humor externo, com a trégua comercial entre EUA e China, foram os motivadores no dia. Assim fecharam as taxas em relação ao dia anterior:
DI julho/2020 em 2,77% de 2,79%;
DI outubro/2020 em 2,54% de 2,59%;
DI janeiro/2021 em 2,48% de 2,55%;
DI janeiro/2022 estável em 3,24% de 3,34%;
DI janeiro/2023 em 4,42% de 4,57%;
DI janeiro/2025 em 6,39% de 6,53%;
DI janeiro/2027 em 7,44% de 7,57%.
Agenda. vide página 3 do relatóporio anexo.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do cmportamento do mercado na 6ª feira 08.05.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, integrante do BB Investimentos
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