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Investimentos

14 de Agosto de 2020 as 22:08:41



SLC - Resultado no 2º Trimestre/2020: NEUTRO, com Perspectivas Favoráveis


SLC - Resultado Trimestral e Revisão de Preço
 
2º Timestre/2020
 
Custos e Despesas pressionam Margens, mas perspectivas continuam favoráveis  
 
A SLC reportou mais um resultado neutro no 2T20. Os maiores volumes de soja comercializados e maiores preços médios a/a para todas as culturas elevaram a receita líquida em 36% a/a.
 
No entanto, apesar dos incrementos em receita, maiores custos por conta da desvalorização cambial (63% dos insumos são dolarizados), e maiores despesas relacionadas aos royalties da soja semente, às exportações, e gastos com ajuste de quadro, pressionaram a margem EBITDA que caiu para 25,7% de 26,8 no 2T19.
 
Ao mesmo tempo, a variação nos ativos biológicos de soja (efeito não-caixa) trouxe um impacto adverso e levou o lucro líquido a uma queda de 8% a/a.
 
A fim de garantir níveis confortáveis de liquidez, a empresa reduziu investimentos para o ano de 2020 e tem trabalhado fortemente a gestão de passivos. Nesse sentido, destacamos como positivo a queda no custo de dívida de 5% no 4T19 para 3,2% no 1S20.
 
Por outro lado, a concentração de pagamento de insumos agrícolas e de dividendos no 1S20 impulsionou a alavancagem, que fechou o semestre em 1,86x vs. 1,22 no 4T19.
 
Assim, apesar de considerarmos a posição de caixa da empresa bastante confortável, vamos monitorar de perto a evolução do indicador e possíveis impactos na liquidez da empresa.  
 
A política de comercialização antecipada, garantindo preços mais altos, tem beneficiado a SLC na safra de 19/20. Acreditamos que essa estratégia deve continuar favorecendo os resultados nos próximos trimestres.
 
Além disso, a política de hedge e a compra antecipada de insumos para a safra de 20/21 também gera maior previsibilidade para empresa em termos estratégicos, bem como de geração de caixa futura.
 
Segundo a empresa, praticamente toda a necessidade de fertilizantes e defensivos já foi adquirida para safra 20/21 e a preços em dólar mais baixos, ajudando assim na rentabilidade da próxima safra.
 
Assim, diante do cenário de pandemia em 2020, do novo patamar para o dólar, e de novas perspectivas favoráveis para rentabilidade da empresa conforme mencionamos na próxima página, revisitamos nossas estimativas e introduzimos nosso preço alvo para 2021e de R$ 30,0/ação. Considerando, ainda, o potencial de valorização de 18% em relação ao preço registrado no fechamento de ontem, 13.08, alteramos nossa recomendação de Neutra para Compra.
 
Valuation – Revisão de Preço
 
Revisitamos nossas estimativas para a SLC Agrícola e introduzimos nosso preço-alvo para 2021e de R$ 30/ação. O modelo de valuation deriva de um método de fluxo de caixa descontado (DCF) em termos nominais, com uma taxa de crescimento na perpetuidade (g) de 3% e WACC de 9,84%, e considera o cenário abaixo descrito para cada cultura, além da estratégia de hedge, antecipação de vendas, e compra de insumos da empresa, que vêm beneficiando seus resultados, ao nosso ver.
 
De fato, o cenário para algodão é mais desafiador, devido principalmente à redução da demanda. O cenário de pandemia teve impacto negativo no setor têxtil, o que puxou o consumo de pluma para baixo. Assim, como os estoques mundiais atingiram seu maior nível dos últimos 5 anos, as cotações foram pressionadas. 
 
Apesar de observarmos certa recuperação nos preços médios, eles ainda devem ficar em patamares mais baixos na comparação entre safras, devido ao consumo ainda fraco e também ao aumento da competição com a fibra sintética derivada do petróleo.
 
Nesse cenário, a SLC deve também ter impacto da menor produtividade para a cultura, embora em menor grau, dado sua flexibilidade em distribuir sua produção no mercado internacional e ainda contar com o benefício da valorização do dólar, que compensa parcialmente a redução nos preços.
 
A soja, por outro lado, deve seguir tendência positiva observada até o momento, devido à demanda internacional consistente, principalmente da China, que tem sustentado preços em patamares mais altos safra/safra. Assim, esperamos maiores investimentos em tecnologia aumentando a produtividade da cadeia no Brasil. 
 
Como resultado, dado seu diferencial em produtividade, esperamos que a SLC capture mais rapidamente esse incremento em rentabilidade desta cultura na próxima safra. Adicionalmente, a perspectiva de maior rentabilidade para soja pode ainda aumentar a demanda por terra para aumento de área de plantio, o que pode valorizar as terras e beneficiar a SLC em sua estratégia de venda das mesmas para o próximo ano.
 
O milho, por sua vez, deve avançar em produtividade, embora em um ritmo mais moderado comparado à soja. Para a cultura, o consumo interno puxado pela indústria de proteína animal, somado ao dólar mais forte, que impulsiona as exportações, devem continuar sustentando preços em patamares mais altos.
 
Riscos
 
Destacamos os pontos que podem afetar a performance da companhia e nos levar a revisitar nossas estimativas: 
 
(i)   perdas por condições climáticas adversas; 
(ii)  progressos nos acordos entre EUA e China, impactando negativamente a demanda por grãos brasileiros; 
(iii)  menor demanda por algodão em virtude do preço do petróleo, beneficiando a fibra sintética, e a demora em sua retomada; e 
(iv)  mudança na taxa de câmbio, o que pode impactar a competitividade da companhia. 
 
No aspecto micro, destacamos o 
 
(i)   atraso no desenvolvimento de novas culturas; e 
(ii)  possível falha na estratégia de comercialização de propriedades.
 
Confira no anexo a íntegra do relatório a respeito, preparado por LUCIANA CARVALHO, analista senior do BB Investimentos

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: BB INVESTIMENTOS





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