Diário de Mercado - 14 agosto de 2020
Ibovespa tem dia de recuperação com visão corporativa favorável
Comentário.
O índice brasileiro principiou ascendente, reagindo às perdas da véspera, e se manteve positivo ao longo de todo o pregão. A alta tão somente não foi maior por conta da performance não favorável das bolsas de Nova York. Em verdade, a volatilidade está maior no dia a dia em agosto, mas o Ibovespa vem flutuando nessas duas primeiras semanas do mês se sustentando em uma range basicamente entre 100.000 pts e 104.500 pts, após ter encerrando julho em 102.912 pts.
Internamente, a percepção pelos agentes de balanços corporativos do segundo trimestre do ano melhores do que as expectativas traz indícios que a queda do PIB no mesmo trimestre pode não ter sido tão nefasta como precificada. Inclusive, isto abre espaço para recuperação econômica mais consistente ao longo do restante de 2020, após o estrago maior causado pela pandemia do coronavírus.
Externamente, além da agenda carregada nos EUA, a incerteza sobre uma maior reação econômica pairou no ar, dado que ainda não houve acerto entre republicanos e democratas, travando medidas de estímulos mais vigorosas pelo governo local. Os índices de Wall Street encerraram divergentes, mas não distantes da estabilidade.
O dólar comercial tornou a subir, encerrando cotado a 5,4270 (+1,10%). Os juros futuros encerraram divergentes ao longo de sua curva de estrutura a termo, mas os longos cederam.
Ibovespa.
O índice abriu e oscilou em campo positivo ao longo de toda a sessão, basicamente ao redor de +0,75%. Ponderadamente, a Vale contribuiu positivamente, mas a Petrobras pesou novamente sobre o índice.
O Ibovespa fechou aos 101.353 pts (+0,89%), acumulando -1,38% na semana, -1,51% no mês, -12,36% no ano e +1,09% em 12 meses. O preliminar giro financeiro da Bovespa foi de R$ 28,8 bilhões, sendo R$ 25,3 bilhões no mercado à vista.
Capitais Externos na Bolsa B3
No dia 8 de agosto, a Bovespa apurou saída líquida de R$ 412,934 milhões em capital estrangeiro, mas acumulando ingresso líquido de R$ 1,884 bilhão no mês (após saída líquida de R$ 8,408 bilhões em julho).
Em 2020, o saldo negativo agora está em -R$ 83,028 bilhões (acima a saída líquida anual recorde de -R$ 44,517 bilhões em 2019).
Câmbio e CDS.
O dólar tornou a subir no dia, fechando uma semana de pequena elevação na qual a média foi em torno de R$ 2,42, acompanhando o comportamento do mercado internacional.
A divisa encerrou cotada a R$ 5,4270 (+1,10%), acumulando +0,30% na semana, +4,03% no mês, +35,27% no ano e +34,40% em 12 meses.
Risco-Pais
O risco-país (CDS Brasil de 5 anos) aumentou para 228 pts versus 221 pts do dia anterior.
Juros.
Os juros futuros findaram com sinais divergentes ao longo de sua curva de estrutura a termo, mas a ponta longa cedeu levemente. A semana foi de elevação, mas houve uma trégua no dia - tão somente com ajustes de posicionamentos dos agentes. Assim fecharam as taxas em relação a sessão anterior:
DI set/2020 estável em 1,90%;
DI outubro/2020 em 1,89% de 1,90%;
DI Janeiro/2021 em 1,91% de 1,89%;
DI Janeiro/2022 em 2,80% de 2,81%;
DI janeiro/2023 em 4,01% de 4,00%;
DI janeiro/2025 em 5,81% de 5,82%;
DI janeiro/2027 em 6,83% de 6,85%.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 6ª feira, 14.08.2020, elaborado por HAMILTON MOREIRA ALVES, CNPI-T, e RENATO ODO, CNPI-P, integrantes do BB Investimentos
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