O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, anunciou nesta 3ª feira, 22.01, que totalizaram R$ 156 bilhões os empréstimos concedidos para projetos empresariais, em 2012. O montante foi recorde na história do Banco e superior em 12% às concessões realizadas em 2011.
Coutinho considera que o bom desempenho do BNDES resultou majoritariamente das políticas e ações adotadas pelo Governo Federal, em 2012, para estímulo da economia do País.
Para 2013, R$ 150 bilhões é a meta do BNDES, que estima expansão de 60% do número de consultas ao Banco e de 58% na quantidade de projetos aprovados.
Aquele montante representa uma estabilização relativamente aos empréstimos concedidos em 2012, uma vez que o próprio BNDES pretendia alcançar esse mesmo número no ano passado, mas o ultrapassou em 4,0%.
Esse número revela, também, que o BNDES pretende reduzir o valor médio dos empréstimos em 2013. Considerada a meta de crescimento de 58% na quantidade de projetos aprovados, o valor médios dos projetos aprovados em 2013 deverá ser reduzido em 36,7%, em relação a 2012.
Para tanto, o BNDES deverá conceder menor número de empréstimos gigantescos, como fez em 2012, concentrando-se nas operações com micro, pequenas e médias empresas, algo bastante louvável.
A intensão do BNDES, aqui detectada, de não elevar ainda mais o montante dos empréstimos, em 2013, responderia positivamente ao pleito dos bancos privados que demandam, desde 2011, a redução da presença dos bancos públicos na economia brasileira, sob o argumento da necessidade do desenvolvimento, no País, de mecanismos privados de financiamento de investimentos.
O BNDES estaria demonstrando, assim, que Banco e o Governo Federal não pretendem reduzir sua presença no mercado financeiro em termos absolutos, em 2013, mas apenas deixar de crescer, cabendo aos bancos privados elevarerm o montante de seus empréstimos concedidos para obterem maior participação no mercado (share).
O Banco sinalizaria, também, que R$ 150 bilhões seriam, na visão do Governo e do BNDES, um patamar mínimo de apoio creditício necessário ao desenvolvimento empresarial e do País, que poderia estar sendo oferecido pelos bancos privados, caso não tiverssem se omitido desse papel, por meio da agudização dos critérios de avaliação de risco dos clientes, pelos temores de inadimplência empresarial, conforme têm justificado.