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Economia e Finanças

Segunda-Feira, Dia 28 de Setembro de 2020 as 01:09:08



MARKET UPDATE SEMANAL, de 25.09.2020: Apresentação e Análise de Indicadores


Ata do Copom e Relatório Trimestral de Inflação apontam para Selic em 2,0% por um período mais longo; Acompanhe os destaques do Market Update desta semana
 
 
Ata do Copom
 
O Banco Central divulgou a Ata da última reunião do Copom. O documento detalha a conjuntura de fatores que levou à interrupção do ciclo de cortes nos juros.
 
Corte adicional poderia trazer instabilidade
 
► A Ata da última reunião do Copom detalhou a conjuntura de fatores que levou à decisão de manter a Selic no patamar de 2,0% ao ano. Nos cenários construídos pelo comitê, as projeções de inflação para o horizonte relevante da política monetária se mantém abaixo da meta. 
 
Além disso, há o entendimento de que o contexto atual de pandemia prescreve uma política estimulativa. No entanto, o Copom voltou a debater sobre a existência de um limite mínimo para os juros.
 
Considerando que os países emergentes possuem um prêmio de risco em relação aos países desenvolvidos e que, no caso do Brasil, há ainda um prêmio adicional em relação aos demais emergentes face à fragilidade fiscal, há o receio de que novas reduções poderiam vir acompanhadas de instabilidade nos preços dos ativos. Mantendo a cautela, o Copom decidiu, assim, interromper o ciclo de cortes, fixando a Selic em 2,00% a.a
 
RTI
 
O Banco Central também divulgou nesta semana o Relatório Trimestral de Inflação. No documento, a autoridade monetária reforçou o entendimento de que os juros devem permanecer baixos por um longo período.
 
BCB – PIB deve cair 5% em 2020
 
► No Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta semana, o Banco Central destaca a melhora nos indicadores econômicos das principais economias no trimestre encerrado em agosto, quando comparado com o trimestre encerrado em maio. 
 
O documento também destacou o menor nível de volatilidade nos preços de ativos financeiros que, de certa forma, torna o ambiente mais favorável para economias emergentes. 
 
O cenário de melhora também é observado domesticamente, mesmo diante das preocupações em torno da questão fiscal. Desta forma, a projeção para o crescimento do PIB deste ano foi revisada e passou de -6,4%, em junho, para -5,0%, agora em setembro, refletindo a melhora recente dos indicadores.
 
Quanto à inflação, mesmo considerando um aumento de preços nos próximos meses, a expectativa do BC é de que o IPCA encerre o ano na casa de 2,1%, bem abaixo da meta de 4,0%.
 
Confiança
 
O Índice de Confiança do Consumidor, medido pela FGV, avançou para 83,4 pontos em setembro. Este foi o quinto mês seguido de crescimento do indicador que já se aproxima dos níveis pré-pandemia.
 
Confiança do consumidor sobe 3,2 pontos em setembro
 
► A FGV Fundação Getúlio Vargas divulgou, nesta semana, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) referente ao mês de setembro. 
 
Pelo quinto mês consecutivo, o indicador registrou melhora nas expectativas dos consumidores. Com a alta de 3,2 pontos no mês, o índice alcançou a casa dos 83,4 pontos ficando mais próximo do índice de fevereiro (87,8 pontos). O índice que mede a situação atual fechou o mês com 72,6 pontos. O índice que mede as expectativas, por outro lado, registrou 91,5 pontos. 
 
A recuperação mais lenta do mercado de trabalho e a incerteza, sobretudo em famílias de baixa renda, quanto à continuidade do benefício emergencial são fatores que vem limitando a recuperação do indicador
 
Contas Externas
 
O Brasil registrou, no mês de agosto, um superávit em conta corrente de US$ 3,7 bilhões, quinto mês seguido com superávit. Com este resultado, o déficit acumulado em 12 meses caiu para 1,64% do PIB.
 
Transações correntes tem superávit de US$ 3,7 bilhões em agosto
 
► Pela quinto mês consecutivo, a balança de transações correntes - que agrega os saldos da balança comercial, da balança de serviços e das transferências unilaterais – fechou o mês com saldo positivo. No mês passado, o saldo das transações do Brasil com o resto do mundo foi superavitário em US$ 3,7 bilhões. Com este resultado, o déficit acumulado nos últimos doze meses caiu de US$ 32,2 bilhões (2,03% do PIB) em julho para US$ 25,4 bilhões (1,64% do PIB) em agosto. 
 
Desde o início da pandemia, a forte queda das importações vem contribuindo com o maior superávit da balança comercial que, na comparação anual, já cresceu quase 16%. Os ingressos líquidos de Investimento Direto no País (IDP) registraram US$ 1,4 bilhão em agosto e, no acumulado de doze meses, somam US$ 54,5 bilhões (3,51% do PIB).
 
Inflação
 
O IPCA-15 acelera com alta de 0,45% em setembro e acumula 2,65% nos últimos 12 meses. A alta nos preços dos alimentos e o reajuste no preço da gasolina puxaram a alta no mês.
 
► Nesta semana, o IBGE divulgou o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) que é considerado a prévia da inflação oficial do país. Após alta de 0,23% em agosto, o índice acelerou para 0,45% em setembro, maior resultado para o mês desde 2012. No ano, o índice acumula alta de 1,35% e nos últimos 12 meses subiu de 2,28% para 2,65%.
 
► O maior impacto no mês veio da alta dos preços de Alimentos e bebidas, que subiu 1,48% contribuindo com 0,30 pontos percentuais no indicador. Dentre os itens com maior alta, destacam-se; carnes (3,42%), tomate (22,53%), óleo de soja (20,33%), arroz (9,96%) e leite longa vida (5,59%). 
 
► O grupo Transportes, com alta de 0,83%, também teve um impacto significativo no índice. O reajuste de 3,19% no preço da gasolina influenciou a alta neste grupo.
 
► Por outro lado, a suspensão do reajuste dos planos de saúde por parte da ANS levou o grupo Saúde e cuidados pessoais a uma deflação de 0,69% no mês
 
Panorama Externo
 
PMI
 
O índice de gerente de compras (PMI) das principais economias do mundo mantém a tendência de recuperação. Na Zona do Euro, verifica-se ao mesmo tempo um avanço no PMI Manufatura e uma retração no PMI Serviços.
 
EUA
 
O número de novos pedidos de seguro desemprego nos EUA apresentou uma ligeira alta. Cerca de 870 mil novos pedidos foram registrados na última semana, nível ainda bem superior a média histórica do indicador.
 
EUA: 870 mil novos pedidos de seguro desemprego
 
► Na última semana, o número de pedidos de seguro desemprego no país foi de cerca de 870 mil, o que somado aos dados das 27 semanas anteriores totaliza 61,9 milhões de pedidos.
 
► O número de pedidos registrados nas últimas semanas segue bem acima da média histórica desse indicador. Na semana encerrada no último dia 12 de setembro, cerca de 12,6 milhões de pessoas estavam recebendo seguro desemprego, 167 mil a menos que o dado da semana anterior
 
Confira no anexo a integra do relatório a respeito, elaborado por HENRIQUE TOMAZ, CFA, Analista Sênior, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, Analista, ambos do BB Investimentos 

Clique aqui para acessar o aquivo PDF

Fonte: HENRIQUE TOMAZ, CFA, Analista Sênior, e RICHARDI FERREIRA, CNPI, Analista, ambos do BB Investimentos





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