Informativo FOCUS do Banco Central estima inflação oficial em 5,69% para 2013
O centro da meta do Banco Central é de 4,5%, com limite máximo até 6,5%
Analistas de mercado consultados pelo Banco Central estimam que a inflação deverá atingir 5,69%, em 2013, medida pelo IPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, noticia o Informativo Focus divulgado pelo Banco Central na 6ª feira, 22.02.2013.
A meta de inflação estabelecida pelo governo é de 4,5% para 2013, com oscilação limite máximo de 2,0% para cima, ou seja, até 6,5%.
Semanalmente o Banco Central renova a pesquisa. Na semana passada, a pesquisa Focus a estimativa era de 5,70% e, há um mês, de 5,67%.
A estimativa de inflação para o próximo ano, 2014, permanece estabilizada em 5,5% há várias semanas, ainda segundo o Relatório FOCUS.
Como se pode observar pelo comportamento da grande imprensa brasileira, em sua grande ênfase sobre o temor de descontrole da inflação, os bancos privados anseiam pela elevação da taxa SELIC para a elevação de sua rentabilidade, sob o discurso de isso é imprescindível para o controle da inflação.
O Banco Central, por sua vez, para o controle inflacionário, tem feito uso do que denominou medidas macroprudenciais, tais como a contenção da velocidade de multiplicação da moeda, através da elevação do depósito compulsório dos bancos no Banco Central. Essa medida desagrada os bancos pois reduz sua rentabildade.
Outra medida utilizada pelo Banco Central é a valorização controlada do Real frente ao dólar norteamericano, nas última semana.
Também o Ministério da Fazenda conteve os governos de São Paulo e do Rio de Janeiro na elevação das passagens de ônibus e de metrô, além de ter desautorizado a Petrobras em sua intensão de elevar o preço dos combustíveis para além de 6,6% nas refinarias.
Já lançadas as candidaturas presidenciais de Dilma Roussef, Marina Silva e Aécio Neves, a criação de imagem pública de descontrole inflacionário favorece as oposições ao Governo Federal.
Não há, contudo, elementos concretos que apoiem a visão alarmista de descontrole da inflação. Ao contrário, o Banco Central e o Ministério da Fazenda acompanham e interferem, com relativo êxito, nos fatores influentes sobre a inflação. Apenas deixaram de fazer uso, por um tempo, da elevação da SELIC, reduzindo assim os lucros astronômicos dos bancos e viabilizando o investimento privado produtivo. Como afirmou Delfim Neto em sua coluna na Folha, agora banqueiros "terão de trabalhar um pouco para ganhar dinheiro".
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