Estádio do Corinthians Paulista poderá não ficar pronto, o Itaquerão, por problemas na liberação de recursos do BNDES pelo BB. O novo estádio de Brasília, o Mané Garrincha, poderá ficar com a posição.
Em qualquer operação indireta de crédito com recursos do BNDES, o banco repassador do recurso arca com o risco de crédito. Isto é, se o tomador do empréstimo não pagar, o banco repassador deverá, mesmo assim, devolver os recursos ao BNDES.
Uma operação indireta do BNDES é aquela em que um banco credenciado faz a intermediação da operação de financiamento. Nesse tipo de operação, o Banco recebe o pedido de empréstimo, analisa o potencial de crédito do cliente, bem como a viabilidade econômica do projeto, negocia com o cliente sua comissão, que é cobrada além dos juros normalmente cobrados pelo BNDES. E também determina o tipo de garantia a ser oferecida pelo tomador do empréstimo.
No caso da operação de financiamento ao Corinthians, para a construção de seu novo estádio para os jogos da Copa de 2014 , o ITAQUERÃO, o Banco do Brasil tornou-se o banco repassador dos recursos do BNDES em uma operação indireta.
O Banco do Brasil analisou o pedido e enviou comunicado a seu respeito ao BNDES, provavelmente comunicando-lhe a regularidade da operação. O passo seguinte foi o BNDES autorizar o financimento e liberar os recursos ao BB. E o Jornal O Estado de São Paulo noticia, neste sábado, que o BNDES realmente autorizou a operação e liberou os recursos.
O beneficiário desses recursos é a empresa ODEBRECHT. Mas essa empresa, noticia aquele jornal, nega-se a oferecer bens para servir de garantia para esse empréstimo.
Impasse gerado, o dinheiro não sai, o Itaquerão não é concluído e este estádio do Corinthians perde a primazia de inaugurar o primeiro jogo da Copa de 2014.
Os desdobramentos não parão por ai, pois o Corinthians obteve benefícios fiscais no valor de R$ 90 milhões; e os perderá caso aquele jogo programado não possa ser realizado no Itaquerão. Trata-se de isenções tributárias para a compra de materiais de construção e o valor terá de ser devolvido ao governo, caso o estádio não fique pronto.
O tipo de solução para esse problema demonstrará o quantum de poder político é ainda detido por essa empresa construtora, que tem ocupado papel importante nos últimos trinta anos, nas obras civis governamentais.