BB Investimentos analisa 1T13 de EZTEC - Potencial de valorização 1,43%
Market Perform
Ticker EZTC3
Setor Construção Civil
Preço de mercado em 13/05/2013 R$ 30,17
Preço para 31/12/2013 R$ 30,60
Venda da torre A do EZ Towers impulsiona trimestre
O resultado da EZTEC do 1T13, como esperado, foi marcado por um forte crescimento de receitas e lucros decorrentes da apropriação do resultado oriundo da venda da torre A do empreendimento EZ Towers.
Essa venda, no valor total de R$ 564 milhões, representou 69% dos lançamentos do trimestre, mas não foi considerada no guidance para o ano, que prevê o intervalo de R$ 1,2 bilhão a R$ 1,4 bilhão em VGV.
Bom desempenho financeiro; leve redução das margens
O efeito positivo do empreendimento corporativo na formação do resultado fez com que a receita líquida tivesse um avanço de 114% A/A e 123% T/T.
As demais linhas (custos e despesas operacionais) acompanharam esse crescimento, muito em função da evolução financeira da obra e do reconhecimento das despesas comerciais relativas à sua venda.
De acordo com a companhia em teleconferência, aproximadamente 28% da receita já foi reconhecida, com margem bruta entre 50% e 55%, patamar de rentabilidade abaixo da média dos demais empreendimentos comerciais da EZTEC, que no 1T12 ficou acima de 65%, mas que não preocupa.
Posição de caixa permanece confortável
O aumento do número de repasses contribuiu para que a construtora permanecesse com uma posição de caixa líquido, que ao final do 1T13 chegou a R$ 75 milhões.
Ao mesmo tempo, o resultado financeiro (R$ 8,7 milhões) ficou estável em relação ao 4T12, e a queda de 20% frente ao 1T12 segue a tendência de menor contribuição das receitas financeiras na formação do resultado observada ao final de 2012, com maior número de clientes optando pelo financiamento bancário na entrega das unidades.
Sólidos fundamentos; boas perspectivas
Avaliamos o resultado da EZTEC como positivo, com perspectiva favorável no longo prazo. Acreditamos que a companhia, ao longo dos próximos trimestres, apresente margens estáveis e um bom ritmo de lançamentos no segmento residencial.
Muito embora o cenário seja favorável, entendemos que a valorização de 50% das ações nos últimos 12 meses (-5% do Ibovespa) já embute, de certa forma, a expectativa de investidores em relação à continuidade de consistentes resultados, limitando o upside. Nesse sentido, optamos por alterar o rating para market perform no curto prazo.