BB Investimentos analisa 1T13 de ROSSIe revisa preço - potencial de valorização p/ dez/2013 é de 44,2%
Market Perform
Ticker RSID3
Setor Construção Civil
Preço de mercado em 14/05/2013 R$ 3,19
Preço para 31/12/2013 R$ 4,60
Fraco: recuperação distante
A Rossi apresentou mais um trimestre de resultados fracos. Do ponto de vista das operações, o grande volume de receitas proveniente de safras de lançamentos anteriores a 2010 carregou margens muito baixas (16%), enquanto o alto endividamento continuou a pressionar também o bottom line.
A grande questão referente à visibilidade dos resultados futuros é em que momento se dará o ponto de inflexão para a esperada recuperação (que não ocorreu no 1T13).
Foco na venda de estoques
A companhia optou por não realizar lançamentos no período, direcionar os esforços para a venda de estoques e agilizar o processo de repasses. As vendas brutas totalizaram R$ 471 milhões, queda de 42% em relaç ão ao 1T12.
O indicador VSO (velocidade de vendas) trimestral ficou em 13%, praticamente estável em relação ao 4T12, mas em patamar ainda baixo. As entregas não foram suficientes para acelerar a geração de caixa, fazendo com que a dívida líquida permanecesse em nível elevado (124% em relação ao PL).
Mais um trimestre de prejuízo
Dos R$ 720 milhões reconhecidos como receita líquida no 1T13, aproximadamente 50% foram provenientes de projetos lançados até 2010, cujas margens já vinham pressionadas pelos problemas de estouro de orçamentos.
Ao mesmo tempo, segundo a companhia, a receita referente aos lançamentos de 2011 carregaram os descontos concedidos para comercialização de unidades em estoque. A margem bruta, nesse contexto, foi 15 p.p. menor que a do 1T12.
A redução de 40% das despesas operacionais A/A não foi suficiente para neutralizar o impacto que o resultado financeiro teve sobre o bottom line, que ficou negativo em R$ 10 milhões.
Planejamento estratégico 2013-2015
Em abril, logo após a divulgação dos resultados do 4T12 e ao final dos principais ajustes, a Rossi divulgou sua nova estratégia para os próximos anos, pautada pelo foco na geração de caixa e rentabilidade, que serão perseguidos por meio de:
a) redução das praças de atuação para 7 regiões metropolitanas com eventual desmobilização de landbank;
b) direcionamento dos lançamentos para imóveis de valor entre R$ 200 mil e R$ 1 milhão – média e alta renda;
c) melhora da relação dívida líquida / PL (85% até 95% ao final de 2013), com redução do endividamento corporativo a “zero” em três anos; e
d) implementação de plano de incentivo de executivos baseado nos indicadores de geração de caixa e rentabilidade.
Revisão de preço
Aproveitamos a oportunidade para atualizar as premissas do modelo de avaliação da Rossi, incorporando a nova estrutura da companhia e a expectativa de redução do endividamento ao longo dos próximos anos.
Não obstante o potencial upside, optamos por atribuir o rating market perform no curto prazo por acreditarmos que ainda serão necessários alguns trimestres para que a companhia apresente números mais consistentes.