Ticker BBDC4
Setor Bancos
Preço em 19/07/2013 R$ 27,77
Preço para 12 meses Em Revisão
Resultado consistente com revisão de guidance
Mais uma vez o Bradesco apresentou um resultado consistente e sem surpresas, mostrando que continua preparado para a nova realidade do setor financeiro.
O lucro líquido foi de R$ 2,9 bilhões (+1,2% T/T) com destaques para:
a) queda, pelo quarto trimestre consecutivo, na despesa de PDD (-0,5% T/T) e
b) despesas operacionais sob controle, com evolução de 4,1% A/A.
Os pontos negativos do resultado foram:
a) recuo de 4,6% no Patrimônio Líquido, impactado pela marcação a mercado da carteira de títulos de renda fixa e
b) queda de 90% T/T na parcela de não-juros da margem financeira.
O pior desempenho da receita de não-juros desde o 4T08
Conforme esperávamos, seria difícil para o banco atingir o crescimento da margem financeira prevista no início do ano, que estimava alta entre 7% e 11%, tanto que o guidance para a margem financeira foi revista para um crescimento entre 4% e 8%. O ROAE apresentou avanço de 30 bps e encerrou o trimestre em 17,4%.
Crédito – Arrefecimento do crescimento
A carteira de crédito do Bradesco, excluindo avais e fianças, apresentou evolução de 9,5% A/A com destaque positivo para:
a) financiamento imobiliário (+33,0% A/A) e crédito pessoal (+21,8% A/A) no segmento de pessoa física e
b) financiamento à exportação (+29,1% A/A) no segmento de pessoa jurídica.
Ao contrário do que esperávamos, o ritmo de crescimento de crédito está desacelerando, assim como a perspectiva de crescimento da economia que, segundo o relatório Focus do BACEN, apresentou queda na expectativa de crescimento do PIB pela décima semana consecutiva.
Índice de inadimplência em trajetória de queda
A inadimplência (NPL 90), beneficiada por todos os segmentos, apresentou queda de 30 bps T/T chegando a 3,7%. A maior redução foi verificada na carteira de PF, com queda de 50 bps T/T. Nos segmentos de PME e de grandes empresas, as quedas verificadas foram de 20 bps. e 10 bps, respectivamente.
O banco continuou a trajetória de queda na inadimplência iniciada no 3T12, o que demonstra um crescimento com maior qualidade de sua carteira de crédito, assim como esperávamos.
Eficiência operacional
O índice de eficiência operacional acumulado em 12 meses apresentou ligeira piora no trimestre, ficando em 41,8%. O indicador foi impactado pela queda no resultado de não-juros.
Nossa expectativa é de que o Itaú apresente uma ligeira melhora na eficiência operacional, porém o Bradesco deverá continuar a apresentar o melhor indicador dentre os grandes bancos privados.
Veja no Anexo, o Relatório completo de análise do desempenho do BRADESCO, de responsabilidade do analista Carlos Daltozo, do BB Investimentos