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Internacional

22 de Julho de 2013 as 19:07:19



QUESTÃO PALESTINA - Reinício das negociações entre Israel e Autoridade Palestina


Após três anos de paralisação, a Casa Branca anunciou o reinício de novas negociações de paz entre a Palestina e Israel.
 
Sob o stress do caso da espionagem na Europa, no Brasil e demais países da América Latina, Washington busca assim, nesta semana, pautar a imprensa com tema que afugente, do governo Obama, a imagem internacional de arbítrio e ilegalidade. 
 
Desde setembro de 2010, as negociações estavam paralisadas pelo impasse gerado pela continuidade de expansão habitacional israelense sobre o território palestino.
 
Estudos revelam que, desde 1993, passou de 100 mil para 300 mil o número de colonos israelenses na Cisjordânia. E 1993 é um ano importante como base de comparação, pois foi quando Itzhack Rabin e Yasser Arafat assinaram o celebre Acordo de Oslo, sob a intermediação de Bill Clinton e grande comoção internacional. 
 
Contribuíram também para a paralisação das negociações o bloqueio israelense que impediu navio turco com grupos humanitários, em 2010, de aportar na Cisjordânia pelo Mediterrâneo, para atender a população palestina, sem água, alimentos e remédios suficientes. Nove ativistas foram mortos durante a ação militar israelense.
 
Em 29.11.2012, com a oposição dos EUA e de Israel, a Assembleia Geral da ONU reconheceu implicitamente a Palestina como estado independente, ao aceitá-la como “estado não membro”. Com 138 votos a favor, 9 contrários e 41 abstenções, evidenciou-se ampla e inequívoca maioria de apoios de países à causa palestina e no reconhecimento, como território palestino, das áreas ocupadas por Israel.
 
Contribuíram também para a paralisação das negociações, as insistentes solicitações, dirigidas a Obama pelo governo israelense, para bombardeio das usinas nucleares iranianas, inclusive com arsenal atômico.
 
A esse respeito, considera-se que esse impasse tenha sido a razão para a saída de Hilary Clinton do governo Obama, onde ocupava a Secretaria de Estado. O fracasso em fazer valer a posição norteamericana promoveria desgastes políticos que a impediriam de lançar-se, em 2016, candidata a suceder Obama. 
 
Na estratégia de fazer o governo Obama sair da condição de vidraça e torná-lo protagonista da humanidade, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou, na última 6ª feira, 19.07, a retomada do diálogo direto de paz entre Israel e a Palestina. 
 
Assim, o veterano negociador palestino, Saeb Erakat, que tem participado das negociações desde 1995, e a ministra da Justiça israelense, Tzipi Livni, reunir-se-ão em Washington para programarem as primeiras reuniões dentro de uma semana.
 
Antecipando-se, o governo de Israel anunciou no último sábado, 20.07, que libertará prisioneiros palestinos. A despeito do gesto de boa vontade, o ponto de disputa mais importante é a definição de fronteiras. 
 
Assim, enquanto os palestinos defendem a recuperação das demarcações existentes antes da Guerra dos Seis Dias, em 1967, do lado israelense, partidos vinculados à direita consideram inaceitável essa proposta e ameaçam abandonar a frente de apoio ao governo se Benjamin Netanyahu leva-la em consideração.
 
No domingo, 21.07, Netanyahu afirmou que o diálogo de paz “não será fácil”. Ponderou, contudo, que "o processo será responsável, sério e direto ao ponto, e nas fases iniciais, também discreto".
 
Referendo Popular
 
Lançando aos adversários marcos iniciais para negociação, Netanyahu declarou que os interlocutores das negociações terão de fazer concessões que favoreçam a segurança do Estado de Israel e a proteção de seus interesses. Ressaltou que qualquer acordo de paz deverá ser referendado pela população. 
 
"Não acredito que decisões desse tipo possam ser adotadas por uma ou outra coligação, mas que têm que ser levadas ao povo para que dê a última palavra",
disse.
 
Os presidentes de Israel, Shimon Perez, e da Palestina, Mahmoud Abbas, conversaram por telefone sobre a retomada das negociações. Segundo comunicado do gabinete de Perez, ele parabenizou Abbas pela decisão “corajosa e histórica” e disse que não há outro caminho para ambos os lados e que não se deve dar ouvidos aos céticos.
 


Fonte: da Redação do Jornal Franquia e da Agência Brasil





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