Governo Sírio aceita destruir armas químicas para evitar ataque dos EUA
O jornal O Estado de São Paulo noticia que a Síria, para evitar ataque dos EUA, aceitou, nesta 2ª feira, 09.09, pedido da Rússia para dispoinbilizar ao controle internacional a totalidade das armas químicas existentes no território sírio, bem como sua destruição completa.
O ministro sírio das Relações Exteriores, Walid al-Moallem, foi o porta voz:
"A Síria aceita a proposta russa por se preocupar com a vida do povo sírio, com a segurança do nosso país e porque acredita na sabedoria da liderança russa, que pretende evitar uma agressão americana contra o nosso povo",
Sua proclamação foi apresentada logo após John Kerry, secretário de Estado americano, haver afirmado que a destruição das armas químicas impediria o ataque norteamericano e de seus aliados.
"Assad poderia entregar cada uma de suas armas químicas à comunidade internacional na próxima semana",
Articulação Russa
A Rússia fortalece sua frota bélica no mar Mediterrâneo, deslocando vasos de guerra a partir do Mar Báltico e do Mar Negro e, simultaneamente, desenvolve a estratégia diplomática de conter os americanos.
Assim, Serguei Lavrov, o ministro russo das Relações Exteriores, reuniu-se com Moallem na manhã desta 2ª feira, 09.09, em Moscou, para desenvolver e apresentar a proposta.
Apoio da ONU
Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, já apoiou a proposta síria e parte para a institucionalização dos termos orientando o Conselho de Segurança da ONU a exijir que a Síria assine a Convenção Internacional Contra Armas Químicas.
Após a declaração do ministro sírio, autoridades americanas disseram que vão "analisar cuidadosamente" a proposta de o país entregar suas armas químicas para o controle internacional.
Ceticismo dos EUA
As autoridades americanas, envolvidas no mito que ela própria criou, da truculência e falta de diplomacia de Putin, encararam a proposta síria com 'ceticismo' e disseram que vão 'analisa-la cuidadosamente'.
Marie Harf, porta-voz do Departamento de Estado, declarou que os EUA encaram a proposta com "ceticismo" porque pode ser uma tática já que a Síria se recusou terminantemente a destruir suas armas químicas no passado.
Tony Blinken, vice-conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, afirmou que apesar da proposta, o Congresso deveria aprovar uma ação militar na Síria.
"É importante lembrar que a proposta aparece no contexto da ameaça de uma ação e pressão dos EUA ... É ainda mais importante que não deixemos de pressionar e que o Congresso dê o aval que o presidente (Obama) está pedindo."
Reuters/AP e O Estado